Escrevi sobre uma rã que encontrei
no jardim, com uma das pernas presa numa cerca de arame. Ela não podia se
soltar. Eu tirei a perna dela da cerca, mas mesmo assim ela não podia se
mover. Por isso eu peguei ela no colo e conversei com ela. Disse que eu
também estava preso, que minha vida tinha ficado presa em alguma coisa.
Conversei com ela durante um longo tempo. Finalmente, a rã saltou do
meu colo e saiu saltando pela grama afora, e desapareceu num matagal. E
eu disse a mim mesmo que ela era a primeira coisa de que eu já sentira
saudade em minha vida.
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