segunda-feira, 8 de setembro de 2014
Pensamentos noturnos 2
Há quem diga que um sonho quando sonhado sozinho é apenas um sonho, mas que um
sonho compartilhado se torna realidade. Da mesma maneira, há quem diga
que a vida só ganha sentido quando conhecemos o amor. Talvez isso seja
verdade. Talvez estejamos mesmo fadados à sina de amar errado e sofrer
da maneira correta. Talvez seja mesmo necessário derramarmos tantas
lágrimas para podermos descobrir que a culpa não é do amor, e sim do que
esperamos receber em troca dele e que nunca virá. Se a vida só passa a
ter sentido quando conhecemos o amor, que sentido é esse? Nascemos mesmo
fadados a sofrer? Para criarmos sonhos que não serão compartilhados?
Ilusões que nunca serão realizadas? Se for verdade que a vida só passa a
ter sentido depois de conhecermos o amor, por que cargas d’água
permitimo-nos ferir tanto? É deturpada a ideia de um amor que não
implique em dor, não há como passar pelas terras doces sem conhecer o
amargo gosto de amar errado. Mas ninguém ensina qual é o jeito certo de
amar, a vida não vem com um manual de instruções, não há como antever o
que irá acontecer. Nesse jogo, nem sempre justo, somos responsáveis por
todo amor sofrido, quando na verdade, tudo o que mais queríamos era
apenas sermos responsáveis por todo amor amado, sem culpa, sem dor, sem
lágrimas ou tormento… Sim… Há pessoas que acreditam que um sonho
sonhado sozinho é apenas um sonho, mas há outras pessoas que acreditam
que um sonho bem sonhado, ainda que individualmente, é o suficiente para
dar paz ao coração. Se debaixo desse céu há quem acredita que nascemos
para sermos plurais, bem… Só posso dizer que pluralidade é um equivoco
de tentar encontrar no outro aquilo que falta em nós mesmos.
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