Seus cabelos ao sol da tarde
Trigo maduro sobre o vale
Deus se mostra é nos detalhes
Rio que aprende a fluir
Nasce da montanha para o mar
E perpetua-se no devir
Quando as fadas falam
Só a natureza de dentro ouve
Pois ao falar se calam
Não se engane ao olhar
O ser da abelha não é fazer mel
Mas ter asas e voar
A criança transforma a vida
Numa brincadeira contínua e feliz
Adulto é criança esquecida
Se amar pode ser um poema
A incompletude pode ser a razão
Da alma não se tornar pequena
Deixe-se levar ao vento
Ao menos uma vez na vida
Abandone todos os lamentos
Chegue-se, sente-se, abrace-se
Não seja um estranho em tua própria casa
Desarme-se, convença-se, aqueça-se
As espadas nunca ferem a alma
Mesmo que a carne sempre padeça
Lá dentro, longe, mora a calma
Viajar é sempre a maior das artes
Não pelo que se vê no exterior das coisas
Mas pelo prazer de reencontrar suas partes
A insônia nem sempre é um mal
A noite mal dormida pode também ser fértil
Pensamento brilha como cristal
Alimentando oásis, irrigando os desertos
Acordar nem sempre é o ideal
Sonhando temos o mundo mais perto
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