sexta-feira, 13 de junho de 2014
Adoro te ver assim, fico todo orgulhoso de fazer você rir, foi pra isso
que eu vim ao mundo. Terminando de enxaguar esses pratos a gente vai até o sofá
dar um jeito nessa sua dor, talvez eu tire algum som do Creed ou
escove seus cabelos, pinte suas unhas, ou as minhas se for para te ver feliz, ou faça uma massagem profissional nos seus pés,
vamos tirar esse joanete da sua alma. Se nada funcionar, a gente cata
uma navalha e faz uns cortes sequenciais no seu braço pra liberar
endorfina e trapacear a dor, como fez o dr. House em um episódio, já viu? ou eu vi sozinho, sei lá, deve ter sido em uma daquelas noites em que eu conversava com você por WhatsApp, e você deve ter
embarcado no sono, como sempre. Como pode? É só puxar um assunto, falar algumas melosidades, contar até dez e pronto: você dormiu. E eu fico me sentindo o
cara-todo-poderoso que está lá pra te proteger. Amanhã, de rosto novo, a
gente pinta uma carinha feliz e circense, e eu te levo pra ver
o mar. Ninguém vai perceber seu riso postiço, o mundo inteiro vai estar
ocupado sorrindo com você. Confia em mim, às vezes quem está de fora
enxerga melhor. E daqui vejo seu sorriso, sei bem do que ele é capaz de
fazer
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