Conheci
uma garota chamada Larrisa. Ela tinha marcas pelo corpo, sinais que
demonstravam seu sofrimento. Quando perguntei a ela se não havia outro
modo de exprimir sua tristeza, ela apenas deu de ombros.
Conheci uma garota chamada Joana. Ela tinha olhos extremamente
vermelhos, daqueles que se destacavam de longe. Quando perguntei a ela
se não havia outro modo de expulsar a dor, ela apenas fez uma careta.
Conheci uma garota chamada Olívia. Ela sorria como se houvesse algum
fio esticando os cantos da sua boca. Quando perguntei a ela se não havia
outro jeito de ser feliz, ela apenas continuou a sorrir.
Conheci uma garota chamada Nina. Ela vivia em bares como se eles fossem
algum tipo de salvação. Quando perguntei a ela se não havia outro modo
de esquecer as infelicidades, ela apenas pediu uma dose para mim.
Até que em um belo dia conheci uma garota chamada isis. Ela, de
longe, era a mais quieta de todas. Não se auto-mutilava, não chorava,
não sorria falsamente e não bebia. Apenas permanecia na sua, com grandes
olhos abertos e um nariz empinado. Quando perguntei se ela não tinha
nenhum problema, ela apenas balançou a cabeça incrédula e respondeu:
“Moço, todos temos problemas. O diferencial está em como lidamos com
tais fatos”.
Larissa era rejeitada por uma boa parte das pessoas ao seu redor.
Joana estava em uma crise de baixa auto-estima.
Olívia era infeliz com um marido que a traía descaradamente.
Nina havia levado um pé na bunda do namorado.
Já a minha pequena isis… Ah, pequena grande isis. Isis tinha
uma doença terminal e, por incrível que pareça, foi a que mais me
ensinou a viver.
Todos temos problemas, o diferencial está em como lidamos com tais fatos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário