– Ei,
menina porque esta tristeza? Não vê que essas lágrimas enegrecem sua
beleza. Creio que deve ter seus motivos, mas uma moça tão linda como
você, não merecia estar assim em pleno dia dos namorados – Estendeu um lenço e a entregou.
Gabriele
mais calma se alegrou pela bondade do gentil rapaz, pegou o lenço e
enxugou suas lágrimas, respirou fundo e o respondeu serena:
– Pois é; É realmente por isto que estou triste, já faz um ano que estou solteira, um ano!
O bom homem agarrou a pequena caixa e a entregou.
– Pegue esta caixa. Eu tinha reparado em você e creio que isto lhe alegrará um pouco, é simples... Mas é de coração.
– Não! Não posso aceitar – Respondeu Gabriele - Você nem me conhece, eu realmente não posso aceitar...
O homem passou as mãos no rosto da moça, se aproximou e sussurrou em seu ouvido.
– Posso não conhecê-la, mas já estou encantado por tão bela mulher – A beijou no rosto e continuou – Aceite por favor, ou eu ficarei chateado.
Gabriele
agarrou a pequena caixa vermelha e retirou o laço branco que a
decorava, de dentro do pequeno embrulho, retirou um lindo enfeite de
sala, era um casal abraçado em um banco feito de cerâmica. Visualmente
encantada, Gabriele estampada por um lindo sorriso o agradeceu:
– Meu Deus... Estou sem palavras, lindo, lindo de mais, muito obrigado senhor...?
– Me chamo Carlos - Respondeu o homem – Carlos de Andrade. Mas não me chame de senhor, tenho apenas 26 anos. E você menina, afinal qual seu nome?
– Gabriele, Gabriele De Souza - Se aproximou e lhe deu um abraço.
Diante
da cena inusitada, Carlos retribuiu o abraço e a beijou no rosto, seus
lábios escorregaram para boca e o primeiro beijo brotou do casal.
Os
dias passaram alegres e em um mês já estavam namorando. Hoje
completavam um ano de namoro. Carlos a tratava como uma rainha, era
carinhoso e todos os dias lhe dava presentes e recitava poemas de amor.
Gabriele quase não conseguia acreditar, estava vivenciando um sonho,
Carlos é o que ela sempre sonhou para sua vida. Hoje o bom rapaz iria
conhecer sua sogra. Gabriele já havia preparado o jantar com dona Dulce,
só faltava a chegada de seu namorado. O carro logo estacionou na
entrada da casa e Carlos caminhou sorridente até a porta
A campainha tocou, Dulce caminhou até a porta e atendeu.
– Nossa! Você dever ser o Carlos, eu me chamo Dulce – Abriu os braços e o abraçou entusiasmada – Gabriele acertou em cheio, você é realmente um homem bem bonito.
Carlos se assustou, sua sogra era linda, uma bela mulher de 45 anos de idade.
– Sim senhorita, sou eu mesmo, Carlos. Saiba que é um grande prazer conhecê-la.
A
mesa estava posta e juntos caminharam e se juntaram a Gabriele. No fim
do jantar, Carlos se levantou e chamou a atenção das duas.
– Dona Dulce... Gabriele – Puxou de seu bolso uma pequena caixinha preta e continuou – Gabriele,
já faz um ano que te vi triste naquela praça, e desde aquele dia jurei
para mim mesmo que te faria feliz para o resto de nossas vidas – Se aproximou, ajoelhou-se na frente de sua amada e fez o pedido - Gabriele.... Quer se casar comigo?
A emoção tomou conta da jovem de 23 anos. Em lágrimas Gabriele respirou fundo e gritou em extrema felicidade.
– SIM! SIM! SIM! Eu aceito Carlos!
Meses
depois o casal estava na igreja. Os sinos anunciaram a chegada da
noiva, Carlos aguardava ansioso ao lado do padre. Tudo ocorreu bem, os
noivos agora eram marido e mulher. Depois da cerimonia veio a lua de
mel, e exatamente dois meses depois veio a noticia para completar ainda
mais a felicidade do casal. Gabriele estava grávida! No começo era tudo
alegria, Carlos estava entusiasmado em ser pai, mas ao longo dos dias,
sua esposa decidiu não fazer mais amor com ele. Acreditava ela que isso
daria mais segurança para o bebê. Foram um, dois, três, quatro, cinco
meses... E Carlos já não aguentava mais aquela monotonia de sempre, era
chegar em casa e ajudar a esposa com os afazeres. Certo dia saiu de casa
a noite e desligou o celular. Gabriele sozinha na cama, começou a
imaginar coisas. No outro dia a mesma cena, e a longo de um mês, Carlos
saia todas as noites e sempre dizia que ia para um bar com os amigos. A
mulher indignada aceitava as mentiras tolas do marido.
Certo
dia Gabriele estava decidida a desmascará-lo. Chamou um taxi e o
seguio. O pesadelo então se confirmou, de relance a jovem viu seu
esposo pegar uma mulher no bar e levar para um motel. Mesmo com raiva,
Gabriele dicidiu não fazer nada. Queria ter certeza de quem era aquela
mulher, agiria novamente no outro dia. Voltou para casa e foi dormir
coberta de ódio. No outro dia, Carlos com uma cara de sinico disse a sua
esposa:
– Amor, vou sair – Pegou a chave do carro de cima da comoda e se despediu – Até mais...
Rapidamente Gabriele foi até o armário, de lá pegou o revolver calibre 38 dado de presente por seu falecido pai.
Chamou
o táxi e novamente o seguiu. Após parar em um sexy shop, Carlos
continuou. Gabriele estranhou o local, pois é o mesmo bairro onde vive
sua mãe.
O
carro de Carlos estacionou na entrada da casa. O homem abriu a porta e
Gabriele viu seu marido lhe trair com a própria mãe. Aquilo foi um
choque traumático para jovem grávida. Ela então pagou o taxista e
caminhou com sua bolsa até a casa da mãe. O ódio era evidente em seu
olhar, suas mãos tremiam de tanta raiva, Gabriele queria justiça. Chegou
na porta e de sua bolsa agarrou a velha chave que fora lhe dada na
época que morou ali. Girou a maçaneta e adentrou no covil das serpentes.
Os gemidos poderiam ser ouvidos, e o ódio da mulher só aumentava cada
vez mais. Empunhou firme o revolver e caminhou até o quintal, avistou da
cozinha seu marido e sua mãe transando na beira da piscina.
Em passos curtos ela se aproximou sorrateira e surpreendeu os amantes
– Seus filhos da puta! – Mirou a arma em direção ao marido e decretou – Vocês vão morrer desgraçados!
O choro forte descia por seu rosto. Logo sua mãe... sua tão amada mãe. Ela então chegou bem perto de Carlos que com vergonha apenas permaneceu calado. Sua mãe inerte e tremula, permaneceu quieta. O cano da arma então confrontou a testa suada do traidor.
– Você será o primeiro! – Não! disse sua mãe.
Dona Dulce se levantou e revelou a verdade para sua filha.
– Ele é seu irmão! Seu maldito irmão Gabriele.
Aquilo foi um choque ainda maior, Gabriele não conseguia acreditar em tamanha traição da mãe.
– Você está mentindo sua vaca! É mentira! É mentira! Não meu Deus não pode ser verdade!
Dulce com medo balbuciou em suas palavras.
– Ele é seu... Seu irmão por parte de pai Gabriele – Se aproximou da filha e ajoelhou-se aos seus pés – Por favor minha filha, me perdoe, eu só não disse antes porque não queria estragar sua felicidade.
O falecido pai de Gabriele na época recém casado, traiu a esposa e teve um filho fora do casamento. Para não causar problemas, junto da esposa mandou o pequeno para adoção. A pobre passou anos sem saber a verdade. O rapaz ao encontrar dona Dulce, se encantou e no auge do desejo traiu a mulher com a sogra. Depois de algum tempo Dulce em uma conversa com Carlos, descobriu a verdade, chocou-se ao rever o filho bastardo de seu falecido marido. Mas como estava envolvida e apaixonada, decidiu junto do rapaz não revelar nada para a filha.
O falecido pai de Gabriele na época recém casado, traiu a esposa e teve um filho fora do casamento. Para não causar problemas, junto da esposa mandou o pequeno para adoção. A pobre passou anos sem saber a verdade. O rapaz ao encontrar dona Dulce, se encantou e no auge do desejo traiu a mulher com a sogra. Depois de algum tempo Dulce em uma conversa com Carlos, descobriu a verdade, chocou-se ao rever o filho bastardo de seu falecido marido. Mas como estava envolvida e apaixonada, decidiu junto do rapaz não revelar nada para a filha.
A nefasta mulher então virou o revolver e colocou na direção de sua mãe. Respirou fundo e disse calma.
– Peça
perdão no inferno! A bala atravessou a testa de Dulce que caiu
ajoelhada no chão. A poça de sangue começou a se formar. Carlos percebeu
que seria o próximo, começou a chorar e pedir perdão a mulher. Estava
totalmente perdido.
– Amor... Perdão... Perdão! Não me mate por favor!
– Cale-se maldito! – Bradou Gabriele – Pegue
a maldita pá e cave fundo seu pecado. A jovem em posse da arma,
sentou-se na cadeira e presenciou seu esposo cavar fundo o buraco em
meio ao jardim.
Uma
hora se passou e tremulo, Carlos carregou o cadáver de sua sogra e o
arremessou. A pedido de sua esposa, lavou bem o sangue do chão e
caminhou até a cova aberta. Gabriele se aproximou por trás e disse ao
marido.
– Bom
trabalho amor. Disparou novamente, um tiro fatal que adentrou por sua
nuca, seu corpo caiu dentro do buraco e Gabriele mesmo grávida empunhou a
pá e terminou de jogar a terra. Fora de si a garota dirigiu com o carro
do marido até seu apartamento no terceiro andar. Mais calma tomou um
banho e sentou-se no sofá, começou a ver o rosto de suas vítimas lhe
atormentando, chorava e chorava de tanta raiva. Não conseguiria viver
com aquela traição, ainda mais sabendo que o fruto daquele pecado
crescia em seu ventre. Mesmo atordoada conseguiu dormir.
Na
manhã do dia seguinte a garota acordou decidida. Caminhou nua até a
cozinha e de lá empunhou faca e corda. Da sacada ela olhava as pessoas
indo para o trabalho, as crianças e os velhos na praça lendo jornal.
Subiu na mureta e amarrou a corda firme no alto do teto. A outra ponta
amarrou em seu pescoço. As pessoas logo notaram a garota nua lá de cima,
se espantaram ao notar que a mesma cometeria o suicídio, umas ligaram
para a policia, outras gritavam estagnadas. Gabriele no alto da sacada,
puxou a faca e com toda força penetrou por completa na lateral de seu
abdomên, arrastou a mesma na horizontal abrindo um enorme corte. A dor
era insuportável, golfando sangue ela tentava permanecer viva, agarrou
sua barriga mutilada e se jogou da sacada. O publico gritou desvairado
vendo o corpo da jovem girar três vezes no ar, até a corda esticar e
quebrar seu pescoço. As mãos de Gabriele soltaram-se de sua barriga, e
com a pressão, as tripas voaram juntas com o feto quase formado e se
espatifaram no chão, formando uma massa grotesca de carne e sangue. Em
pânico as pessoas fecharam os olhos, presenciando a cena mais macabra de
suas vidas.
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