"VIÚVA NEGRA"
Casou-se jovem, na flor da idade,
Forçada pelos pais, por sua tradição,
Nunca o amou, sentia sempre nojo,
Gordo velho e todo enrugado,
Tratava a jovem como um lixo,
Porco imundo, ela dizia...
O ódio sempre a dominava.
Caminhando pela casa o seguiu,
Com uma facada certeira o atingiu,
Perfurando-te o estomago,
Tripas caiam, e ela falava:
-Porco imundo! Morra lentamente,
Sinta minha faca penetrar seu estomago,
A sensação de dor era clara,
Morra vagabunda! Suas últimas palavras.
Sorrateira escondeu o corpo.
Cinco anos depois, tocam os sinos.
Mais uma vez na igreja...
Casamento discreto da viúva negra,
Em sua lua de mel, a obra-prima.
Deitou-se por cima do marido,
Beijando-o tirou sua atenção,
Um leve corte em sua artéria,
Na hora não sentiu seu braço,
Ao ver o sangue encharcado na cama,
Entrando em choque ele dizia:
- Como pode sua vadia.
Sua expressão era de insanidade,
Sorriso de assustar, gargalhadas macabras,
Completavam sua felicidade.
O sangue jorrava pela cama,
Então se deitou, banhada em sangue,
Caiu em sono no recinto.
Ao acordar olhou sua obra-prima,
Mais uma vitima ensanguentada,
O cheiro de morte a encantava,
Mais uma morte, a viúva nunca para.
Quem será sua próxima vitima,
Ela pensava...
"BEIJO VAMPÍRICO"
Ela deitou-se pela cama.
Expressando-te êxtase,
Caminhei por seu corpo,
Cada detalhe foi preparado,
Seduzindo-te a meus desejos,
Sem resistir entregou-se.
Beijo vampírico tocou meus lábios,
Sugou-me todo o prazer existente,
Sussurrava gemidos em meu ouvido,
Com um olhar penetrante se satisfez,
O suor escorregava entre os corpos,
O coração explodia em Delírios,
A sensação de prazer era clara.
Abocanhou-me o pescoço,
Paralisado sugou-me o sangue,
Meus olhos deliravam, a dor era demais.
Ao término entrelaçou-me em seus braços,
Estancando-me o ferimento,
Com seu beijo adormeci.
Horas depois estava de pé,
Completando a transformação,
De sua presa a caçador,
Vampiro hoje sou...
Acompanhado de meu amor,
Minha primeira vítima ela provou...
"VOZES DO ALÉM"
Ouvi sua risada macabra,
Alerto meu instinto em defesa,
Afinal essa é minha natureza,
Que som é esse que me devora,
Vozes do além me apavoram.
Diga-me quem és tu,
Que me assusta e conduz,
A esse lado obscuro...
Um medo exemplar,
Da minha mente, não vai passar.
Vejo vultos e sombras,
Percorrendo minha esperança,
Afasto-me do medo e me fecho,
Nada a falar, assim me despeço,
E com um sussurro adormeço.
Ao acordar uma cena,
Terrível e assustadora,
Moveis espalhados...
Vultos pra todo lado,
Barulhos de caminhar,
travei não conseguia falar.
Me lembro do psiquiatra me dizer...
-Você estava com uma faca,
E o sangue marcava seus paços,
Você não reagia, apenas falava...
Vozes do além, agora se calam.
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