domingo, 16 de junho de 2013
O lobisomem no milharal
Meia
noite e quinze, minha avó acorda por causa de um barulho seguido de
estalos que vinham do quintal que ficava entre a casa de madeira com
janelas e trancas de ripa e o milharal de mais ou menos dois alqueires
que meu pai plantava todo ano. Ela vai "nas pontas dos pés" até a
cozinha, pois o assoalho também de madeira rugia ao pisar. Por uma
fresta observa o terreno iluminado por um luar lindo, porém por de traz
daquela maravilha, surge um vulto negro e rápido saltando pela
plantação, sumindo derrepente. Aterrorizada minha avó não sabia o que
poderia ser e por uma outra fresta colocou seus ólhos, então percebeu
que estava sendo observada por alguma coisa grande e negra que mais
parecia um grande cão com grande orelhas pontudas. Logo ela sussurra
para meu pai que estava dormindo na tentativa de acorda-lo. Ela disse:
filho! levante rápido acho que o "coisa ruim" está quebrando nosso
milho. Meu pai levantou pegou uma espingarda antiga que estava na
parede, ainda meio sonolento fez a mira por uma abertura na parede, viu
que era um suposto animal, mas tinha certerza que não era um lobo Guará,
porque conhecia bem os animais, então disparou, o "bicho" deu um pulo
de mais de três metros e caiu. Se acertou, nunca soube, pois ao
amanhecer no local não havia nenhum bicho , só achou grandes pelos
grossos que pareciam crinas de cavalos e sinais de unhas perfurando o
chão. A grande suspeita seria um senhor espanhol que não tinha amigos,
se isolava e era difícil ve-lo de dia na varanda de sua casa, ele era
alto e "cara fechada". Por varias noites o quintal estava sob guarda da
mira da espingarda até altas horas, mas sem sucesso porque o bicho
nunca mais voltou, apenas coisas estranhas aconteceram na região, uma
dessas foi que um galinheiro inteiro fora devorado em uma só noite
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