sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Não tenho medo da morte

Meu nariz está sangrando. Fui conferir há poucos minutos, na pia do banheiro do meu quarto. Isso vem ocorrendo a 3 meses. Tenho preguiça de pesquisar algo que tenha a ver com sangramento do nariz e minha internet não colabora. Bom, não estou nem aí, para falar a verdade. Nunca me preocupei muito com minha saúde. Ano passado quase tive um ataque cardíaco, o médico alegou que eu me descuido demais. Beleza. Tanto faz, não gosto muito da vida. Suicídio parece ser uma bela opção, mas tenho contas a prestar com a minha família que ainda está por aqui, amorosamente falando. Porém, isso é meio estranho de dizer, pois não consigo olhar para eles e falar algo do tipo: “Pô, amo vocês”. Sou um babaca que ama demais e pouco é valorizado, e isso me frustra desde o dia em que comecei a ser solitário. As namoradas que tive foram embora. Todas elas, sem exceção de nenhuma, saíram pela porta da frente, balbuciando algo em relação a minha mania de amar demais,consideração e afeto e se queixando por ter ficado comigo por muito tempo, como se amor demais enjoasse. Eu já fui uma pessoa bacana e cheia de amigos, mas alguma coisa fez com que eu me afastasse de tudo isso. E o pior, eu não sei que porra de coisa é essa. Hoje olho no espelho e observo essa minha inércia, que não me atrapalha e nem me dá prazer, apenas servindo de indiferença no contato com a vida. Acostumei a viver assim, eu acho. Está caindo sangue sobre o papel, e isso não é nenhuma referência poética. Agora, se me dão licença, tenho que lavar o meu nariz.

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