quinta-feira, 30 de maio de 2013

um cupido chamado '' destino''

Sabe aqueles acasos do destino? Aqueles esbarrões na esquina ou um pequeno desentendimento que depois viram um amor? Então, isso aconteceu também com esse casalzinho que falaremos aqui, mas o lugar onde eles se conheceram foi um pouquinho diferente: no pronto-socorro. Certamente, aquele não é o local mais romântico do mundo... Ela estava com uma crise de enxaqueca e ele havia fraturado a perna em um acidente de moto. Ela tinha seus dezoito anos e ele seus vinte. A idade perfeita para encontrar um grande amor...
O destino se encarregou de colocá-los sentados um ao lado do outro na fila de espera. Depois de uns cinco minutos, Milena, já bem entediada, resolveu puxar assunto para ver se passava o tempo:
— Ei, o que houve na perna? Quebrou?
— Acidente de moto. Mas graças a Deus não quebrou, só fraturou. Agora tenho que pegar mais essa fila para tomar injeção. E você, o que tem?
— Nossa! Deve estar doendo “pakas”, né?
— Muuuuuito!
— E eu estou com crise de enxaqueca. Vou tomar uma injeçãozinha também...
Sabe como funciona a fila de espera de um pronto-socorro, não é? Pois é... Meia hora se passou e os dois ainda conversavam quando ela foi chamada. Na volta, ele a chamou e pediu seu telefone para que mantivessem contato. Trocaram os números e ela se foi.
Dois dias depois, Gabriel resolveu ligar e perguntar como ela estava. Ela respondeu que estava bem melhor e ficaram conversando até que, em determinado momento, ele perguntou se os dois poderiam se ver novamente quando ele tirasse o gesso da perna.
— Sim, claro! Foi a resposta dela, para sua surpresa.
— Eba! Mas só tem um probleminha: eu moro um pouco longe de você. Só nos encontramos naquele P.S. por mero acaso do destino, pois eu havia saído com uns amigos para andar de moto e aconteceu o que aconteceu...
— Ah, poxa — respondeu ela com uma voz triste. Preciso ver com meu pai e te falo, tá?
— Tá bom. Beijo, tchau!
Milena resolveu falar primeiro com a mãe, que não deixou, pois ele era um estranho. Depois foi falar com o pai, que de primeira não deixou também, mas que queria conhecer o garoto para ver com quem sua filha iria dar uma volta.
Quando ela contou para Gabriel, ele disse que “tudo bem” e que falaria com o pai dela, afinal, ele era um bom garoto e não tinha nada a esconder. Marcaram um dia de se encontrarem na metade do caminho e saíram os três: Gabriel, Milena e seu pai. Quando os dois se reencontraram, se abraçaram e olharam olho no olho... Rolou um climaço, é claro. Só deram uma piscadinha um para o outro e se voltaram para o pai dela. Foi uma tarde muito agradável: o ancião gostou muito do moleque e disse:
— Agora podem parar de fingir que não há interesse entre os dois.
Todos riram e o casalzinho se beijou na frente dele, que liberou geral.
É engraçado como o cupido destino se encarrega de ajeitar tudo para que sejamos felizes, não é? Quem diria que nasceria um romance a partir de uma conversa numa fila de espera de pronto-socorro? Ah, fiquei sabendo que eles vão casar em breve e que a mãe dela fez questão de pagar a festa!
Ei, você aí! Está preparado? O cupido destino pode te acertar a qualquer momento...


A tragédia do Natal

Era Natal! Um dia lindo, sem igual. E foi justamente naquele lindo dia que eu tomei a pior atitude da minha vida. Atitude essa que vou carregar em minha mente para sempre.
Qual era a minha situação na época? Desempregado, abandonado pela família, fugitivo do manicômio e o pior... usuário de todas as drogas possíveis e imagináveis. Com sete passagens pela polícia (todos por assalto à mão armada) e com o caixa quase zerado, minha vida estava um verdadeiro inferno!
Sem emprego, roubar era a única forma que eu tinha para conseguir dinheiro e trocar por drogas. Só que estava difícil até de roubar: os “home” (polícia) estavam em uma operação de paz na comunidade e eu não consegui repor a grana que gastei nos últimos dias. Como “cliente especial”, consegui do chefão uma permissão para levar drogas e pagar depois. Eu não sabia, mas aquela foi a pior regalia que eu já tive na minha vida... Pode acreditar!
 
 
Passaram-se alguns dias e meu estoque acabou: sem dinheiro, sem drogas. Mulher e até mesmo amigos eram coisas do passado. Foi aí que as coisas pioraram.
Já estava sendo cobrado pelo chefão que, após várias tentativas de paz, foi até meu barraco as seis da manhã, arrombou a porta e me acordou com uma arma apontada para a minha testa, dizendo:
¾ Ou você me paga até amanhã meio-dia, ou pode preparar o caixão.
Eu tremia e suava. Estava muito tenso e só consegui responder:
¾ Tá-tá... tá bom.
¾ Amanhã... Meio-dia. Lá em cima!
Eu estava totalmente ferrado: sem dinheiro, sem drogas e agora jurado de morte.
Porra!!! Isso não pode ficar assim. Pensa, mano. Pensa!
Eu tinha que fazer alguma coisa. O fato é que eu já estava loucão a essas alturas do campeonato... A abstinência de dois dias sem usar drogas já me dominava e meu raciocínio já não era tão bom. Só me sobrou uma opção: roubar. Mas como roubar com a polícia no morro? Já sei.
Minha única chance era o busão. A polícia não entrava nos ônibus; estava fácil. Peguei meu revolver, encaixei-o dentro da caixa com o cabo para fora, cobri com a camisa e fui... Saí de casa com uma angústia no peito; algo me dizia que eu não voltaria.
A polícia estava rondando por lá: viaturas, homens fardados e até à paisana. Não ser pego seria sorte. E por falar em sorte, consegui escapar da revista. Eu estava bem vestido; de boné e óculos escuros. Acho que não despertei suspeitas.
Cheguei no ponto de ônibus. Olhei para um lado... ninguém! Olhei para o outro... uma mulher grávida. Só eu e ela no ponto. Eu estava nervoso, sei lá! Parecia que estava com medo de fazer o que fiz durante tanto tempo. Enfim, o ônibus passou e ela subiu primeiro, seguida por mim. Assim que entrei, passei o olho por todo o ônibus: algumas cadeiras ocupadas, outras vazias... Diria que metade do ônibus estava ocupado. Enrolei um pouco lá na frente. Minhas pernas tremiam feito vara verde; estava meio zonzo (acho que era o efeito da abstinência). Saquei a arma e resolvi anunciar o assalto:
 ¾ Aê, aê. Isso é um assalto! Todo mundo passando a grana. Vai! Vai! Vai!
A primeira vítima foi um senhor que estava na frente, depois "rapei" o cobrador e parti para a parte de trás do ônibus. Vi novamente a grávida, e em seus olhos o pânico. Ela estava lá no fundão. Não pretendia machucá-la, mas as coisas não funcionaram como eu havia planejado...
Ao lado dela estava um rapaz de cabelo espetado e de óculos escuros também. Já estava na metade quando ele me grita:
  Aí moleque! Abaixa essa arma! Polícia.
Ferrou.
Não, não e não! Era tudo o que eu não queria aquelas horas: um policial a paisana.
  Não, mano! Foi mal, mas isso aqui é para pagar uma dívida.
  Não quero saber! Abaixa essa arma ou você vai tomar tiro!
  Não vou abaixar.
 
 
Eu realmente estava decidido a não abaixar a arma. Foi aí que o motorista fez uma curva brusca e eu caí e o policial também. Ele disparou a arma e me atingiu no braço. Que dor aquela! Eu tremia e não conseguia focar no policial. Foi quando eu atirei... e acertei... a mulher grávida! Justo ela. Inocente, ela não merecia aquilo.
Ela gritava, meu Deus como ela gritava. Ao ver aquilo perdi minhas forças; meu braço doía muito e quando dei por mim, já estava imobilizado pelo policial.
A grávida parou de gritar e o sangue escorria dentro do ônibus. Antes de ser levado, ainda pude vê-la por uma última vez: estava caída, de olhos abertos, sem piscar... Ela havia morrido!
Como aquilo me atormenta até hoje! Um ano já se passou e me lembro daquela cena como se fosse hoje. Aquela terrível tarde me atormenta todos os dias. Hoje, preso, descobri de alguma forma que não sei explicar, o verdadeiro sentido da vida: o amor, o carinho, o afeto. Coisas que eu não tenho há muito tempo e que eu tirei de uma família. Hoje é Natal e comemoraremos entre nós, detentos. Só me resta a certeza de que Deus perdoa aqueles que se arrependem de verdade e que o próprio nos dá uma nova chance.
Foi preciso uma grande desgraça acontecer para que eu abrisse meus olhos para tudo de ruim que eu estava fazendo. Hoje não penso mais em drogas, bebidas, roubos etc. E hoje também descobri que a felicidade é o que mais importa nessa vida, independentemente de onde e com quem você está. Tudo depende de você!
Hoje sim, por incrível que pareça, sou feliz!

O Palacio da Condessa

A noite já ia alta quando o pequeno barco atracou no rio Guadalquirir. Vestida toda de preto, uma mulher subiu e rapidamente o barqueiro se afastou sem nada falar. Depois de quase uma hora navegando, o barco alcançou uma pequena ilha particular. Ali ficava o castelo de Catarina Grimaldi. Ela ganhou este castelo quando deu o primeiro neto homem ao Duque Grimaldi. Seu marido, único herdeiro do Duque, estava navegando a mais de seis meses e ainda não tinha data prevista para retorno.

Desembarcou assim que o barco parou. Com a ajuda do barqueiro saltou para terra firme. Antes de se afastar, retirou o lenço que cobria o rosto e falou.
- Me pegue aqui no horário de sempre. Não tolerarei atrasos.

Uma senhora de seus 50 anos já a guardava na porta com um lampião na mão.
- Entre senhora, seus convidados já chegaram.
- Serviu os drinques?
- Sim senhora.
- Daqui vinte minutos mande eles subirem.

 Alberto, Robson e Elias, estavam sentados confortavelmente em poltronas de veludo bebericando seus drinques e conversando sobre quem seria aquela dama misteriosa que mandou aquele convite diretamente para a universidade onde eles cursavam o ultimo ano de direito. O convite era claro: Eles deveriam estar pontualmente na hora e local descritos ali.
 Depois de se perguntarem se aquilo era uma piada, eles resolveram aceitar, mesmo com receio, pois há dias vinham desaparecendo jovens estudantes.  Mas a curiosidade falou mais alto. Afinal estariam em três.

 Depois de serem transportados por um barqueiro que durante todo o trajeto não deu uma única palavra, desembarcarem e foram conduzido por um mordomo tão calado quanto o barqueiro para aquele castelo e depois  instalados naquela sala, lhes foram servido uma bebida de gosto amargo com a promessa que em breve seriam apresentados a anfitriã.
Agora, quase duas horas depois uma senhora entrou na sala e anunciou.
- Por favor, me acompanhem. Vocês estão sendo esperados. 
Seguiram por uma grande escadaria e depois de passar por um sombrio corredor, finalmente pararam em frente a uma porta e foram convidados a entrar:
- Entrem...
De inicio eles pensaram que estavam tendo uma visão. Apesar da bebida ter deixando ambos um pouco tonto, não restavam duvidas, aquela mulher espetacular, vestida apenas em um espatilho vermelho recostada na cabeceira da grande cama de casal, era nada mais, mais nada que  Catarina Grimaldi, a nora do Duque de Sevilha! A mulher mais cobiçada da cidade, ou porque não dizer... Da Espanha! 
- Entrem meninos, o que foi? Perderam a coragem? A cama é grande o suficiente para nós quatro. Venham!

 O convite não precisou ser repetido. Como que impelido por uma coragem sobrenatural, ambos se jogaram na cama e sem esperarem por mais nenhum convite, cada um fez sua parte da melhor forma possível...
Catarina era insaciável as cenas que se seguiram foram de pura depravação.

 Exaustos os quatro quase desmaiaram quando se deram por satisfeitos. Suando as bicas os três jovens adormeceram quase que em seguida. Catarina levantou-se e depois de um banho reconfortante em sua tina que já tinha sido devidamente cheia com seus sais prediletos, vestiu suas roupas e desceu.
Encontrou o mordomo com um lampião na mão que a acompanhou até o barco.

- Por aqui senhora – Falou a criada assim que ela apareceu na passagem secreta na ala sul do castelo.
Quase correndo atravessou os sombrios corredores que naquela hora ainda era iluminados por lampiões.
Enquanto se dirigia ao quarto não viu que era observada.
Depois de trocar a pesada roupa que vestia por uma camisola branca que lhe cobria até os pés, se jogou na cama exausta.
- Senhora – Arriscou a criada , mesmo correndo o risco de ser repreendida pela ousadia – sei que nada tem haver com isso, mas ontem no mercado ouvi comentários sobre alguns jovens estudantes que foram encontrado boiando no rio.
Fingindo não ter sido abalada pela noticia resmungou.
- E o que eu tenho com isso?
- Nada senhora, é que os corpos foram encontrados boiando bem atrás de seu castelo.
- Sai do meu quarto sua ordinária! Saia antes que eu mande meu sogro lhe acorrentar em grilhões na masmorra mais fedida desse castelo! – Gritou enquanto jogava o vaso de agua que tinha em sua mesa de cabeceira.

Parado a frente do Duque, estava o chefe de policia, que timidamente procurava as palavras certas para abordar o assunto que o levou até ali.
- Perdão pela ousadia Duque, mais como chefe de policia estou investigando um caso que vem aterrorizando o campus universitário de Sevilha.
- Fale homem! Você sabe que sempre foi muito bem vindo ao meu castelo, o que tanto o atormenta?
- Há alguns meses alguns jovens universitários começaram a desaparecer misteriosamente! Alguns foram encontrado boiando nas aguas do rio Guadalquirir, outros nunca foram encontrados.
- Continue – pediu o Duque, quando sentiu que o chefe de policia estava tendo dificuldade em prosseguir.
- Pois bem. A dois dias, recebi mais uma denuncia do reitor da universidade de que três de seus alunos teriam desaparecido, tão misteriosamente quanto os outros.
- Onde diabos quer chegar homem? vai direto ao assunto! – gritou o Duque já perdendo a paciência.
- O problema é que todos os corpos encontrados até agora, estavam flutuando ao redor do castelo de vossa alteza que fica do outro lado do rio. Isso passou despercebido até hoje alteza. Ate que um dos jovens que foi encontrado trazia sinais de luta corporal e fechado em sua mão um pedaço de tecido que é usado para confeccionar uniformes dos serviçais gravado com o brasão de sua família.
Tentando folgar o colarinho de sua camisa o Duque falou:
- Agradeço sua informação e não preciso pedir sua discrição sobre o assunto certo?
- Claro alteza, tinha certeza que podia contar com vossa ajuda.


Apesar da idade avançada, o Duque Grimaldi conseguia governar seu castelo com mãos de ferro. Seu neto estava agora com oito anos e estudando em Madri, seu filho não tinha ainda data para retorno, no momento sua única preocupação era a vadia de sua nora. Há dias vinha desconfiando que ela traia seu filho.

Catarina estava se deliciando em seu banho matinal, quando sua criada entrou apresada no quarto e disse,
- Perdão senhora, mas o mordomo do vosso castelo particular veio pelos fundos da ala sul e pede sua presença urgente.
- Você ficou louca mulher? Que diabos o Germano faria desse lado do rio? Que assunto tão urgente o traria aqui.
- Não sei senhora, eu o acomodei em uma sala desativada que outrora foi quarto de criados e o deixei esperando.

Catarina não poderia imaginar o que levaria Germano até o castelo do sogro, mas de certo ele tinha que ter bons motivos.
- Fale Germano! O que diabos faz aqui?– pediu Catarina depois de ver o idoso homem sentado em um banco de madeira.
- Senhora, aconteceu uma catástrofe.
- Fale de uma vez!
- Na ultima noite que a senhora visitou o castelo, depois de sua saída, como das outras vezes, eu fui até o vosso quarto e transportei os jovens para a torre do castelo, um a um joguei rio abaixo, mas infelizmente parece que a dose de tranquilizante de um deles não foi suficiente. E enquanto estava quase jogando esse ultimo do alto da torre, ele reagiu e travamos luta corporal! Claro que levei vantagem, mais o infeliz levou junto com ele um bolso de meu uniforme. Ontem estava no mercado e ouvir murmúrios de que a policia encontrou o corpo com um tecido fechado na mão.
Germano não esperava o tapa que lhe foi deferido no rosto, com o impacto, sua cabeça virou para o lado.
- Seu maldito incompetente! – gritou Catarina em ira.

No castelo dos Grimaldi, o Duque falava com seu criado de confiança.
- Você tem certeza que na ultima noite que a vadia foi ao castelo estava sozinha?
- Claro alteza, certeza absoluta.
- Certo, não tenho motivos para acreditar que mente pra mim. Chame aqui o barqueiro.

O homem estava em frangalhos. Preso com correntes pelos braços, seus pés quase não tocava o chão. As costelas era visíveis, seu rosto estava ensanguentado. Na masmorra só ele e o carrasco que só parava de bater para perguntar.
- Já estar preparado para responder as perguntas de vossa alteza?
Quase sem força para falar ele grunhiu.
- Sim, respondo o que ele quiser ouvir.
Como em passe de magica o Duque surgiu por trás do pobre barqueiro.
- Fale miserável! Quantas viagens você dá por noite quando aquela vadia o contrata?
- Duas majestade, na primeira eu levo alguns rapazes e na segunda eu a levo até o castelo, fazendo o retorno só quase ao amanhecer.
- Desde quando ela faz essas viagens?
- Sempre que sua majestade, o Duque Luiz Alves, sai em viagem.

Fazendo um sinal com a mão no pescoço o Duque selou o destino do barqueiro.
Durante o jantar, o Duque Grimaldi nada demostrou de anormal. Na imensa mesa, só ele e a nora jantavam em silencio. Catarina estava em pânico, não sabia até onde os boatos chegaram, temia por sua vida caso alguma coisa fosse descoberta:
- Tudo culpa daquele maldito Germano! - Pensou.

Depois de tomar um aperitivo em sua biblioteca, acompanhado de seu mais fiel criado, mais uma vez se dirigiu a ala norte do castelo, onde um grade corredor levava as masmorras.

Catarina caminhava de um lado ao outro do quarto. Sua criada não tinha aparecido para ajuda-la com sua higiene noturna. Já se preparava para sair a sua procura quando a porta do quarto foi aberta e uma outra criada entrou.
- Com licença senhora. Fui designada para servi-la essa noite.
- E a Maria?
- Não sei informar senhora, só mandaram que eu viesse servi-la.
Sua preocupação só aumentou.

Atados a grilhões de ferros que ficavam na parede úmida e mofenta encontrava-se Maria, a criada particular de Catarina, Germano o velho mordomo do castelo e Nezilda, a governanta que trabalhava também no castelo de Catarina. Nezilda e Germano foram pegos de surpresa no castelo no inicio da tarde. O chefe de policia os abordou enquanto faziam a sesta, e sem explicações foram conduzidos ao barco da policia e transportados diretamente à masmorra, onde foram desprovidos de suas roupas.
 Germano encontrava-se só de ceroula e sem camisa, Nezilda portava somente uma anágua e um corpete de tecido grosseiros. Maria por ser jovem, tinha sido mais humildada, atada junto aos outros, estava completamente nua.
- Então eram vocês que partilhavam com a devassa da Duquesa Catarina para atrair e assassinar os jovens universitários? - Perguntou o chefe de policia, que encontrava-se sentado em uma cadeira frente ao trio que de tanto medo tinham as pernas molhadas de urina.
- Respondam seus ordinários!
- Perdão senhor, eu só fazia o que era ordenava! – Tentou Maria em lagrimas, com a face arroxeada dos tapas que já tinha levado juntamente com Nezilda, dos guardas do castelo.
Os depoimentos e castigos duraram quase a noite inteira. Já amanhecia o dia quando por fim o policial se deu por satisfeito e com uma faca e um alicate, aproximou-se primeiro de Maria e ordenou.
- Bota a língua pra fora, vadia!
Mesmo com as forças no limite, ela ainda tentou resistir, um dos guardas a forçou a abrir a boca, enquanto com o alicate o chefe de policia puxava sua língua pra fora. Com uma única facada corto-a. Maria desmaiou sem um único gemido e ficou pendurada pelos braços, enquanto o homem encaminhava até Nezilda que nem tinha mais reação. O medo e os castigos sofrido durante a noite a tinha paralisado de terror. Com a mesma agilidade e frieza que fez com Maria, com o alicate puxou a língua da velha senhora e cortou em um único corte. Talvez pela idade, Nezilda sofreu um infarto antes mesmo de ter sua língua cortada.
- Vocês devem saber o que fazer com essa velha inútil.  – disse o chefe de policia se dirigindo aos guardas do castelo. Quanto à criada, levem-na até a zona de baixo meretrício e a deixe por lá. – em tom de deboche continuou – com certeza ela não dará com a língua nos dentes...

A praça da cidade estava repleta de gente. O povo de Sevilha queria o culpado pelas mortes dos jovens universitários. A noticia de que a policia finalmente tinha desvendado o mistério fez com que a multidão se aglomerasse em frente a forca que já estava pronta esperando o  condenado.  

Ao longe foi avistado o condenado acompanhado pela cavalaria da policia local.
Montado em um cavalo, vestindo apenas um camisolão branco coberto de sangue, Germano tinha a língua e os testículos cortados. Quando se aproximou da multidão precisou que a policia intervisse para que ele não fosse linchado antes de chegar a forca, onde seria seu destino final.

Catarina andava de um lado para o outro do quarto, a nova criada se negava a responder suas perguntas. Mesmo sobre ameaças a menina moça se mantinha calada sem levar nem trazer nenhuma informação para sua senhora. Ela sabia que estava em perigo, já fazia dois dias que tinha sido trancada em seu quarto. A criada entrava só para trazer sua alimentação e nem para ajuda-la com o banho ela ficava. Mais uma noite chegava, mais uma noite que de certo ela passaria em claro. Não vinha conseguido dormir, desde que Maria desapareceu.
Estava sentada na cama quando a porta abriu e o criado particular do Duque entrou sem bater. Ia reclamar da falta de educação quando o ouviu dizer.
- Me acompanhe Duquesa, vosso sogro deseja vê-la.
Mesmo com medo, era melhor que essa tortura acabasse. De cabeça erguida passou pelo criado se encaminhou para a biblioteca. Era ali que sempre tratou com o sogro. Mas para sua surpresa, o criado pediu.
- Senhora, o Duque, esta em vosso castelo na ilha dos pássaros.
- Como? O que o meu sogro faz em meu castelo?
- Nada sei condessa, só tenho ordens de acompanha-la.
A viagem foi povoada de mistérios e medos. Antes mesmo de adentrar em seu castelo sabia que tinha algo errado. Germano não estava ali para recebe-la , nem Nezilda veio ajuda-la a subir até seu quarto como sempre fazia.
Seu sangue gelou quando viu sentado em sua sala de inverso, seu sogro e o chefe de policia.
Antes que abrisse a boca para protestar, o policial que estava de pé ao lado dos dois homens que tomavam uma bebida, a imobilizou pelos braços e sem explicação de nenhuma das partes, foi posta nos ombros e esperneando, xingando e dando fortes tapas nas costas do policial, foi levada até um quarto na ala mais sombria do castelo.
 Lá foi posta no chão e com um tapa do policial, caiu. Antes de se levantar, foi mais uma vez agredida e puxada até uma parede onde já tinha um grilhão. Foi acorrentada, seus gritos pareciam que acordariam toda Sevilha, mas o guarda não se intimidou. Deu dois tapas violentos em seu rosto, para em seguida rasgar suas roupas e ali mesmo a violentou.
Gritou durante toda anoite. Não tinha ideia de que horas eram quando ouviu seu sogro junto com o chefe de policia entrar.
- Então? Minha nora querida se divertiu com o guarda? Ou você preferia homens mais jovens?
- Por Deus meu sogro, o que o senhor estar falando? – Gritou com as poucas forças que tinha.
- Não seja cínica sua vadia! Seu mordomo confessou tudo antes de ser enforcado em praça publica! Sua governanta deve estar fazendo companhia a ele no inferno e sua criada deve estar gesticulando para implorar um copo com agua, na zona, já que teve sua língua arrancada para evitar falar besteiras. Quanto a você, pensei muito nesses últimos dias e cheguei à conclusão de que não merece uma morte rápida. Aqueles jovens tinham famílias e sonhos que você destruiu para saciar seus desejos carnais! Não minha querida nora, e nem tão pouco meu filho merece sofrer por uma vadia como você! Você não deve se lembrar deste quarto não é mesmo? Claro que não. Ele foi construído nesses últimos três dias especialmente para recebe-la. Você deve ter percebido que ele não tem janelas certo? Claro que não tem janelas, afinal túmulos não tem janelas. E nisso que esse quarto se transformara assim que eu sair daqui! Em um grande tumulo!
Catarina ouvia tudo catatônica. Nem em seus piores pesadelos poderia imaginar um final tão medonho para sua existência.
- Há sim, – continuou virando-se quando já se retirava com o chefe de policia em seu encalce – só para lhe informar, direi a seu marido e seu filho que você morreu afogada enquanto se banhava nas aguas do rio Guadalquirir.
 Quando atravessou a estreita porta o homem com a massa já pronta se preparava para fechar para sempre o tumulo de CATARINA GRIMALDI, a Duquesa de Sevilha.
Ao longe já no final da escadaria o Duque ainda conseguia ouvir os gritos da Duquesa.
- Lacre toda aquela ala e deixe um aviso de que ali morreu um criado que não se sabe como adquiriu a PESTE. Isole até ela perder as forças para gritar. Que apodreça em vida, da mesma forma que aqueles pobres rapazes...

domingo, 26 de maio de 2013

Antes de sofrer, reflita.

Olhos que não enxergam, bocas que não falam, corpos que não andam. Almas cansadas, mentes vazias. Quão bonito é a poesia dos deprimidos, repleta de palavras que tocam, que fazem refletir, mas que ao mesmo tempo não consegue passar o que se esperaria. Todo o caminho pelo qual já percorri, estradas lotadas de multidões solitárias. O peso do arrependimento e a amargura da insatisfação. Como dói não ser suficiente. Teu eu que agora chora, em busca de uma libertação, pois viver assim já não é aceitável. Você não quer muita coisa, mas o pouco que quer já é muito para quem não tem nada. O que fazer, quando nem mesmo as lágrimas são capazes de expor o cansaço emocional? Tu não sabes, eu não sei, ninguém se importa mais. Eis então uma única solução: mate o que está matando você, ou não se importe em morrer.
Quer contruir uma vida com alguém, certo ?  mas '' CONSTRUIR UMA VIDA É COMO PREENCHER UM ÁLBUM DE FIGURINHAS, A FIGURINHA MAIS DESEJADA É SEMPRE A MAIS DIFÍCIL''
e outra coisa muito simples de botar na cabeça, antes eu vivia me culpando por nunca ter sorte no amor, mas ai eu pensei, pessoas morrendo de fome em todos os lugares, pessoas sem moradia, pessoas que vivem com sobras de lixo, eles não tem nada, certo ? e mesmo assim não reclamam, então porque eu reclamaria por não tem '' quem amar '' ?
faça o mesmo, quem for gostar de você, vai gostar pelo que você é, não vai borrar a sua make fazendo você chorar, ele vai borrar apenas o seu batom, com aquele super beijo de amor verdadeiro, esse trechinho de uma das minhas histórias, serve para ti.
''Acorda pra vida, Rapunzel
Que essa torre não é o problema
Nem tampouco qualquer dilema
Que tu tenhas pra resolver
Tua tarefa é ser mais que és,
Ser mulher neste mundo-revés
Aprender que nada vem de graça
Que existe medo e trapaça
Fadas são bruxas e bruxas são nada
Mais importante que ser encantada
É saber sua medida-mulher
Entender-se como ser humano
Ver o sofrer como parte do plano
E aprender dele a lição de moral
Que é trazer um mínimo encanto
Para essa dura vida real.''

Espero muito, muito mesmo, que o que acabou de ler faça com que seu coração tome outros rumos, é que quando as palavras do outro lado, são de alguém que já sofreu muito, e mesmo assim deu a volta por cima, com certeza vai fazer você dar também. 

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Realmente, a morte não me engana, não mesmo.

Estão lembrados quando disse que a morte era apenas uma passagem de um plano para outro ? então, muitos duvidaram, ou até mesmo responderam em tom irônico, pois bem, eu já acreditava nisso antes, até acontecer isso que vou relatar a vocês agora, acreditem ou não, mas isso é real, e de uma forma ou de outra, um dia vocês vão passar por isso também, então vamos lá.
Dia 19/05/2013, as 03:30, um leve inêndio acontece em minha casa, e digo '' leve'' pois se fosse algo parecido com a boate kiss, eu não estaria aqui relatando isso a vocês, pois bem, eu estava trancado em minha casa, sem ter para onde sair, o fogo já estava se espalhando rapidamente por toda casa, ainda tive tempo de pedir ajuda em uma rede social, mas foi apenas isso, minutos depois a fumaça invadirá meu quarto só deu tempo de dizer '' Chegou a minha hora''   eu cai rapidamente por ter inalado aquilo, bom, acreditem se quiser, o relato que venho lhes trazer aqui é o que aconteceu comigo depois disso.
Eu estava desacordado, precisando rapidamente de ajuda médica, e eu me lembro muito bem que quando cheguei na sala, eu ouvia uma alguém gritando '' Os batimentos estão fracos, levem para a sala imediatamente'' e em seguida eu apaguei de vez, acontecendo algo incrìvel. Em algum momento , atravessei um túnel. Partes da minha vida passaram por mim. Eu havia fechado os olhos com força; lembro-me de alguém dizendo, abra seus olhos. Eu estava num espaço de puro branco e pude ver salas com espíritos andando ao redor. Comecei a chorar, mas não houve lágrimas. Lembro de ter olhado minhas mãos, e elas estavam translúcidas. Então uma mulher, uma mulher linda, toda de branco apareceu; ela tinha um brilho muito radiante em sua beleza, podia-se notar. Ela me consolou, dizendo-me que eu estava a salvo, e que estava tudo bem. Lembro de ter-lhe dito que eu não estava preparado para morrer. Ela disse que sabia disso. Em seguida, apontou para baixo, e eu pude ver os médicos fazendo ressuscitação cardiopulmonar em um garoto. Não entendendo realmente que era eu, observei os médicos tentando o trazer de volta o tempo todo, reanimação e tudo. Falei a ela que aquilo era tão triste, ele parece tão jovem. Então, ele me disse que eles o estavam trazendo de volta, e eu me senti como se tivesse sido empurrado e atirado de volta naquele corpo dolorido.
Você ai do outro lado da tela, pode ter suas duvidas quanto o que acabou de ler, pode não acreditar em mim, isso não cobro de vocês, mas eu não teria motivo algum para mentir a vocês, isso foi o que aconteceu de fato, para quem acha que é mentira minha, apenas aguarde, e eu digo para vocês, se o que vivemos aqui, é algo realmente muito bom, epere até passar para o outro plano, um lugar realmente lindo, e o melhor de tudo, não tem guerras, violências, fome, tragédias, catastrofes, muito pelo contrario, um lugar de extrema paz, e sim, de pessoas boas, muitas delas que se foram cedo demais, mas nada acontece por acaso, sabe todas aquelas 243 vitímas da tragédia da boate kiss ? engano seu achar que eles estão sofrendo, eles estão felizes, até mais do que nós aqui, pois lá eles estão seguros, lá eles não vão ter que se preocupar com a segurança do local, pois quem gerencia é nada mais nada menos do que Deus, preciso dizer mais alguma coisa ?
Agora estou aqui, me recuperando, digamos que de 100% hoje estou 27% apenas, mas quero muito me recuperar logo ao máximo, não quero deixar vocês, não agora.

domingo, 19 de maio de 2013

Então é assim

Pouco a pouco você vai perdendo o encanto que tem pelas pessoas. Dia após dia, você olha e olha de novo, daí começa a ver quem realmente são. Todo aquele brilho, todo aquela beleza se vai, como a água suja desce no ralo da pia, só então você percebe que o carinho na verdade era um interesse, que os segredos não passavam de embuste, e que o querer bem nunca existiu. Você se percebe apenas como uma companhia para diminuir a solidão, o mesmo tempo que serve para aumentar seu ego desmedido. É, mas a vida passa, o tempo ensina que ninguém é insubstituível. Que tudo na vida é uma questão de ângulo de visão. E hoje eu digo: quem me perde, perde o luxo e o prazer de ter na vida alguém tão ilustre e único como eu.

Rimando, Rimando, Rimando, ah....... e Rimando mais um pouco

Cabeça a milhão
vamos pras músicas então
Maior satisfação
ouvir aquele refrão
e ficar sossegadão
Se eu pudesse pararia
Com essa correria
Correria do dia-a-dia
Que tira minha alegria
E impede minha folia
O que fazer?
Vai saber!
Rimando sem saber
Se vou ou não convencer
Com esse modo de escrever
Pra isso virar
Musicas vou escutar
Palavras vou guardar
Um estoque vou juntar
Pra depois poder rimar
Deixando o Facebook de lado
Aproveitando o notebook ligado
Rimando feito louco, pirado
Fritando a cuca ao quadrado
Pra conseguir escrever isso, tá ligado?
Vou me despedindo assim
Bateria tá no fim
Mas já deu pra mim...
Por que se as rimas derem nota pra mim
Vai ser só nota azul meu boletim

Os segredos do seu coração

Ah, quem me dera, meu irmão...
Entender essa besta-fera
Que mora em teu peito,
E atende por coração

Quem me dera saber porque
Sofres tanto, tanto te feres
Choraste por tantas mulheres
E caíste em desgraceira,
De bebedeira em bebedeira
Erraste sem eira nem beira,
Quem me dera saber porque...

Queria saber onde está o amor
Que vive em teu coração.
Onde anda aquele sorriso
Que é perdido desde então,
Onde está ele, meu irmão?

Onde anda o amor de verdade,
Aquele que cura as feridas
Que supera as saudades
Que trata de dar guarida
Àqueles que encaram a vida.
Onde está?

Estará no próximo dobrar de esquina,
Numa próxima primavera,
Na chuva boa que se aproxima,
Nos braços de alguma menina,
Estará a paz que te espera?
Estará lá a paz de teu coração-quimera?

Acho que está por aí,
Ou será que está a fugir, a se esconder?
Estará onde não podes ver,
Ou se permitirá a você?

Mas se me respondes com tanta graça,
Que mesmo após tanto chorar,
Que por mais que teu pranto não passa
Por mais que tu desejes descanso
Deitar-te em um lento remanso
E teu coração descansar,
És guerreiro e não foges da lida
Por mais que espinhos enfrente
Continuarás em tua corrida,
Disposto a qualquer desafio
Se por mares, montanhas, ou vales, ou rios
Pra encontrar a tua paz afinal,
O teu amor, sol primordial
Que cessará todos os desvarios
E te dará tempo, luz e contento
E as benesses de um bom sentimento.

Ainda sou um romântico apaixonado

Tanto tempo esperei por esse dia
Que nem acreditei quando ele chegou
Te abraçar era o que eu queria
Mas foi ainda melhor: a gente se beijou
Na hora em que nos vimos, dei um sorrisão
Mal podia acreditar...
Que havia chegado então
O momento de a gente se encontrar
Tudo o que passamos só serviu para nos fortalecer
Fortalecer esse amor
Pra gente nunca esquecer
Que ele é mais forte que a dor
A dor de estarmos longe
E que não deixe a gente se ver todo dia
Mas que, como a sabedoria de um monge
Nos mostra como encontrar a alegria
Eu te amo, minha princesa
Minha musa da inspiração
Vou fazer de ti uma duquesa
Oh dona do meu coração

Acorda para a vida Princesa

Acorda pra vida, Bela Adormecida!
Desperta, ó nobre princesa
Que a vida anda bandida
Que a fábula já foi rasgada,
E os livros, jogados fora...

As contas não estão pagas
E os gigantes na tua porta
Estão cobrando tua postura
E essas jóias da sua tiara
Descritas numa fatura
Pendente pro fim do mês
Pra tirar tua sanidade
Foi tua madrasta quem fez

Embora na tua idade
Madrasta não ser problema,
Nem fazer parte da solução
Problema é o dramalhão
De estrela de cinema
Que insistes em se fazer
Nessa sua atuação
De musa, de Prima Donna
Sem grana nem razão de ser.

Acorda pra vida, Branca de Neve
Antes que o príncipe se desfaça,
Se mostre dragão e te leve
Para o meio de uma praça
E lá exponha tua nudez,
Não de corpo, mas de alma
Que te humilhe de uma vez
E te faça perder a calma,
O senso, o ritmo, o rebolado
Por ter se deixado de lado
Quando você mais precisou.

Acorda pra vida, Rapunzel
Que essa torre não é o problema
Nem tampouco qualquer dilema
Que tu tenhas pra resolver
Tua tarefa é ser mais que és,
Ser mulher neste mundo-revés
Aprender que nada vem de graça
Que existe medo e trapaça
Fadas são bruxas e bruxas são nada
Mais importante que ser encantada
É saber sua medida-mulher
Entender-se como ser humano
Ver o sofrer como parte do plano
E aprender dele a lição de moral
Que é trazer um mínimo encanto
Para essa dura vida real.

Eu quero escrever

Que vontade de escrever
Só não sei o quê...
Abro o caderno, vejo as folhas em branco
E procuro uma inspiração.
Não quero escrever poema
Nem conto
Nem poesia
Nem crônica
Nem desabafos
Não! Na verdade, não sei o que quero escrever
Não quero métricas, nem rimas
Quero algo diferente.
Mas o quê?
Sei lá...
Para ajudar, procuro uma música
Entre as setecentas não encontro nenhuma...
Nenhuma que me inspire.
Procuro na mente
Mas nada me vêm de interessante
Ah, quer saber?
Não vou escrever nada!

sábado, 18 de maio de 2013

Nada mais, Nada menos, do que uma piada pronta

A morte, por si só, é uma piada pronta.
Morrer é ridículo.
Você combinou de jantar com a namorada,
está em pleno tratamento dentário, tem planos pra semana que vem,
precisa autenticar um documento em cartório, colocar gasolina no
carro e no meio da tarde morre. Como assim?
E os e-mails que você ainda não abriu, o livro que ficou pela metade, o telefonema que você prometeu dar à tardinha para um cliente?
Não sei de onde tiraram esta idéia:
MORRER!!!
A troco? Você passou mais de 10 anos da sua vida dentro de um colégio
estudando fórmulas químicas que não serviriam pra nada, mas se manteve
lá, fez as provas, foi em frente. Praticou muita educação física,
quase perdeu o fôlego, mas não desistiu. Passou madrugadas sem dormir para
estudar pro vestibular mesmo sem ter certeza do que gostaria de fazer
da vida, cheio de dúvidas quanto à profissão escolhida, mas era hora
de decidir, então decidiu, e mais uma vez foi em frente...
De uma hora pra outra, tudo isso termina numa colisão na freeway,
numa artéria entupida, num disparo feito por um delinqüente que gostou do seu tênis.
Qual é?
Morrer é um chiste.
Obriga você a sair no melhor da festa sem se despedir de ninguém,
sem ter dançado com a garota mais linda,
sem ter tido tempo de ouvir outra vez sua música preferida.
Você deixou em casa suas camisas penduradas nos cabides, sua toalha úmida no varal, e
penduradas também algumas contas.
Os outros vão ser obrigados a arrumar suas tralhas, a mexer nas suas gavetas,
a apagar as pistas que você deixou durante uma vida inteira.
Logo você, que sempre dizia: das minhas coisas cuido eu.
Que pegadinha macabra: você sai sem tomar café e talvez não almoce,
caminha por uma rua e talvez não chegue na próxima esquina,
começa a falar e talvez não conclua o que pretende dizer.
Não faz exames médicos, fuma dois maços por dia, bebe de tudo, curte
costelas gordas e mulheres magras e morre num sábado de manhã.
Isso é para ser levado a sério? Tendo mais de cem anos de idade, vá lá, o
sono eterno pode ser bem-vindo. Já não há mesmo muito a fazer, o corpo não
acompanha a mente, e a mente também já rateia, sem falar que há quase
nada guardado nas gavetas.
Ok, hora de descansar em paz.
Mas antes de viver tudo? Morrer cedo é uma transgressão,
desfaz a ordem natural das coisas. Morrer é um exagero.
E, como se sabe, o exagero é a matéria-prima das piadas. Só que esta não tem graça.
Por isso viva tudo que há para viver.
Não se apegue as coisas pequenas e inúteis da Vida... Perdoe... Sempre!!!"
Adiar...Adiar...Adiar...será Sempre o melhor dos caminhos?


quinta-feira, 16 de maio de 2013

A Morte não é nada

A morte não é nada.
Eu somente passei
para o outro lado do Caminho.

Eu sou eu, vocês são vocês.
O que eu era para vocês,
eu continuarei sendo.

Me dêem o nome
que vocês sempre me deram,
falem comigo
como vocês sempre fizeram.

Vocês continuam vivendo
no mundo das criaturas,
eu estou vivendo
no mundo do Criador.

Não utilizem um tom solene
ou triste, continuem a rir
daquilo que nos fazia rir juntos.

Rezem, sorriam, pensem em mim.
Rezem por mim.

Que meu nome seja pronunciado
como sempre foi,
sem ênfase de nenhum tipo.
Sem nenhum traço de sombra
ou tristeza.

A vida significa tudo
o que ela sempre significou,
o fio não foi cortado.
Porque eu estaria fora
de seus pensamentos,
agora que estou apenas fora
de suas vistas?

Eu não estou longe,
apenas estou
do outro lado do Caminho...

Você que aí ficou, siga em frente,
a vida continua, linda e bela
como sempre foi.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

A chapeuzinho vermelho do tempo moderno

Maria colocou todos os remédios que possuia na sua antiga bolsa. Sua avó estava doente, e sua mãe, drogada, não seria de muita serventia. Vestiu sua unica calça, uma blusa surrada qualquer e sua unica blusa de frio: um moleton vermelho que encontrara jogado na rua há muito tempo. Calçou seus chinelos e tentou se concentrar apenas em sua avó, e não no frio. Saiu pelas ruas frias de São Paulo, dirigindo-se para a favela ao lado. Era preocupante o fato dela e de sua avó morarem em 'complexos' diferentes. Visitá-la era sempre uma luta constante contra a morte. De beco em beco, Maria tentava não ceder ao medo e correr, pois isso poderia aletar os traficantes locais.
Na virada de uma esquina, porém, toda uma vida mudou. Maria deu de cara com um traficante. Como ela sabia? Ela simplesmente sabia. A vida lhe ensinara a diferenciar, e nesse momento o desespero tomava conta dela. Ela se virou para correr, mas vou agarrada pelo pescoço. Desmaiou.
Maria acordou e se viu amarrada em uma cadeira, sau mochila jogada num canto. Os traficantes a observavam, sorrindo. Ela sabia que era o seu fim. "Você vai fazer uma entrega pra nós. Levar os bagulho pra um playboy da região. Tá ligada? Faz isso e a gente deixa você sair". Seu coração, por um segundo, palpitou aliviado. Mas ela logo desanimou. Eles prepararam sua bolsa, e a deram o endereço.
Maria saiu da casa desnorteada. Precisava fazer a entrega, não ser pega, voltar e devolver o dinheiro. E, talvez... talvez saisse viva.
Três horas depois Maria estava de volta. Sã e salva e com o dinheiro. Estava começando a acreditar que as coisas podiam realmente dar certo. Mas ela não contava com uma coisa: o chefe da quadrilha. Ele estava lá, e foi só vê-la para perder a noção do juizo. Maria foi usada e abusada como se o mundo fosse acabar no momento seguinte. A dor e a humilhação eram insuportáveis.
Maria tentou fugir no dia seguinte bem cedo. Levou oito tiros a queima roupa. Maria se foi, foi para um lugar melhor.
 "O lobo mal de hoje é apenas um homem 'comum'."

A senha

A melodia que ecoa aos ouvidos dos mortos são os lamentos dos que vivem.    Enquanto Augusto tenta convencer seus carrascos a deixá-lo a ver Miguel, ele teme ver seu pai morto e não se segurar, mesmo sendo ele uma maquina de luta, a dor de ver seu pai morto o faria se lamentar em grandes amarguras de alma.
          Em sua volta o terror predomina.
          Muitos mortos em decomposição caídos bem a sua volta.
          Ossos de crânio largados pelo caminho, membros inferiores, superiores.
          A cena contemplada pelos olhos de Augusto revela a pratica de uma carnificina naquele lugar infernal, bem no fundo de uma caverna deteriorada por bombas e tiros de fuzil.
          Ao continuar a caminhar em frente, Augusto vê o anãozinho voltar, em seguido um grito de horror, era o homem que sangrava tendo a vida ceifada pelo capetinha dos infernos, ele viu o olhar do homem ferido procurando o olhar de Augusto e temeu que ele pudesse fornecer alguma informação para Augusto, assim, melhor acabar logo com a chance do cara.
          Ao se aproximar de um veio de água, Augusto vê Miguel acorrentado numa armação de ferro cravada numa parede de pedra, bem acima dele um revoado de morcegos aconteceu, seu pai tinha pavor destes bichos.
          Augusto se irrita e tenta reagir.
          Mas João aponta-lhe uma pistola 9 milímetros para a cabeça do Grandalhão e diz – nem pensar, eu não terei problemas em te estourar os miolos.
          Eu sei que Miguel é seu pai, sua justificativa na entrada da caverna não me convenceu.
          Por isso, se controla.
          João chama Alfredo e diz o prisioneiro esta se descontrolando.
          Augusto – eu não sou prisioneiro, Gino me permitiu vir aqui para reconhecer o prisioneiro, ele esta a minha espera.
          Não, ele nos informou que você também é prisioneiro e como tal, vai ajudar na mina, Miguel é velho, não agüenta nada, mas você é forte e vai abrir o lado norte para nos, se conseguir, voltara e aguarda a próxima missão, se não conseguir, ficara aqui com os outros cadáveres.
          Você não deixou a gente gravar a senha, problema seu, não conseguira sair, sem a senha.
          Agora é tarde, você já era. Augusto – porque acorrentaram um homem velho? Ele é tão perigoso? Alfredo levanta o olhar com dificuldade, retirando a bandagem do olho cego e mostra a Augusto.
 – esta vendo isso? Foi um maldito velho, igual este ai quem me cegou.
          Eu o subestimei e ele me atacou com uma faca de pão.
          Sem contar; que sua língua é mais perigosa que ele.
          Isso fala mais que papagaio de pirata.
          Bom para dar localização aos comparsas.
          Por isso, fica ai, bem acorrentado, com olhos vendados e boca fechada.
          Enquanto isso, Gino é informado na cidade que Augusto não colabora.
          João pergunta a Gino se deve dar tratamento diferente para Augusto.
          Gino diz; não.
          Porem faz um alerta, mantenham-se afastado dele, pois tenho informação que o cara é fera, se reagir de fato, poderá vencer vocês e daí eu terei problemas.
          Mantenham os homens do lado de fora informados e lhes dêem ordens para atirar sobre qualquer ameaça.
          Gino – chamam mais homens para dar apoio, eu não quero arriscar.
          Fiquei sabendo que tem homens dele na cidade de onde veio se preparando para virem para Ca, se isso acontecer, teremos uma guerra.
          E eu não posso mais perder dinheiro.
          Gino – haverá um torneio de lutas na cidade, eu quero que você peça ao Anãozinho para vir para cá.
          Vou precisar dele para ficar de olho no movimento da cidade.
          Ao chegar à cidade, Gino ordena o baixinho para organizar alguns bons lutadores para lutarem no torneio.
          Mal sabe Gino; que os lutadores são homens da academia de Augusto.
          Ao sair da cidade para procurar por seu pai, Augusto combinou com Wagner, um lutador com vasta experiência nos ringues e amigo de Augusto para ir a sua procura, caso não voltasse em três dias.
          A única forma de entrar na cidade levando vinte lutadores sem chamar atenção de Gino, era inscrevendo a equipe de lutadores para lutar na cidade do cartel do general do trafico.
          Embora o torneio fosse idéia de Wagner, quanto menos despertar Gino, melhor. Na caverna, João e Alfredo acompanham Augusto de perto.
          Augusto esta preso próximo a Miguel.
          Miguel não consegue se comunicar com o filho, ele tem os olhos vendados e a boca cerrada com ataduras.
          Mas Augusto tenta tranqüilizar ele falando as escondidas.
          A noite chega e Alfredo leva Augusto para detonar dinamites e limpar a caverna. É preciso levar os corpos de homens mortos para serem queimados logo depois que as dinamites fossem detonadas.
          Augusto desconfia que João queira matar Miguel.
          Eles já sabem que o velho é pai de Augusto.
          O tempo passa, a noite é barulhenta.
          Num vacilo dos capangas, Augusto retira a mordaça de Miguel.
          Ele informa o filho que tem prisioneiros feridos num lugar próximo de onde eles estão.
          Por pouco Augusto explode o local e todos morreriam.
A cidade esta em grande festa na noite da luta.
          O evento trás os mais perigosos bandidos e lutadores sanguinários.
          Hoje, a noite promete.
          Gino nem desconfia que os homens de Augusto estejam dominando a cidade, entre os homens de Augusto esta um investigador de policia realizando o serviço de inteligência, ele esta tentando encontrar pistas para chegar ao amigo.
          Próximo ao ginásio aonde será realizada a luta, Gilmar encontra o Anãozinho folgado, eles se encontram e o Anãozinho do capeta desconfia do Gilmar.
          No ringue iniciam as lutas, os lutadores de Augusto vencem fáceis os lutadores de Gino.
          Na caverna Augusto conversa com Miguel e da inicio a ação.
          João descuida e augusto lhe quebra o pescoço.
          O homem cai no chão e Augusto lhe toma a arma, um fuzil de grosso calibre. Batista esta na parte de fora dando instruções aos homens pra que eles fiquem atentos. Podem ser surpreendidos e isso não seria nada bom, mal sabe Batista que João esta morto dentro da caverna.
         Augusto desamarra Miguel e o carrega nos ombros para colocá-lo em segurança. Ao olhar para baixo, ele leva um susto, vê mais de oitenta homens acorrentados, feridos, doentes.
         São homens prisioneiros cuja família vivem sobre ameaça de morte por Gino. Batista vem retornando e chama por João, mas o amigo não responde.
          Batista com dificuldade para enxergar para e decide chamar ajuda.
          De fora, vêm três homens armados.
          Augusto esta aguardando, ele surpreende os bandidos e desfere golpes de Kung-fu mobilizando os caras e em seguida quebrando-lhes os pescoços.
          Da mesma forma ele domina Batista e lhe toma o radio HT, assim ele força Batista a se comunicar com o Anãozinho.
          Em seguida ele mata o homem cego de um olho e em seguida, lhe toma as chaves para libertar os prisioneiros.
          Gilmar esta próximo do baixinho feioso e ouve a comunicação.
          Enquanto isso, Gilmar grava o endereço que ouviu e volta para o ginásio.
          Os homens de Augusto partem ainda de madrugada e vão ao caminhão que transportam o armamento na entrada da cidade.
          Porem, Gino desconfiado que seu império de crimes esteja ameaçado, vão ele e o Anão para a caverna para agrupar os homens e lhes fornecerem o armamento pesado.
          O dia ainda não nasceu e o crepúsculo começa a se formar por de trás das montanhas acinzentadas de poeira tóxica.
           Ao ver os cadáveres pelo caminho que leva ao interior da caverna, Gino vê João e Batista mortos, ambos com pescoços quebrados.
          Agora a guerra já é anunciada, Gino arma seus homens e ficam de prontidão, aguardando a chegada dos policiais da cidade de Augusto.
          Porem, ele não sabe que não é a policia, e sim os lutadores que detonou seus homens no ringue.
         Durante as lutas, os homens de Augusto quebravam os braços e pernas dos lutadores de Gino, pois entendiam que assim, eles ficariam mais fracos para um possível combate em campo aberto.
         Dentro da caverna o clima estava agitado.
         Augusto já sabia que seus homens estavam chegando.
         Graças à autoconfiança dos bandidos, Augusto ouviu que Gino estava próximo com seus homens.
         Pelo fato de estarem sendo atacados.
         Agora, Miguel esta em segurança.
         Miguel esta entre os prisioneiros e começa a libertá-los, um a um.
         Augusto junta as armas dos bandidos mortos e vai para a entrada da caverna.
         Ele para e ouve barulho nos trilhos de ferro.
         Ele se esconde e vê Gino e o Anão dentro do carrinho.
         Junto com eles vem mais dois homens, Augusto precisa parar o carrinho, caso contrario os homens que estariam sendo libertados por Miguel seriam atacados. Augusto lança uma bomba em direção contrario e isso desperta Gino e seus homens, eles voltam para traz.
         Ao chegarem à porta, dão de cara com os Lutadores de Augusto, a guerra se inicia, por todo lado se ouve tiros de metralhadoras, Augusto vem para fora, ele tem três armas com ele, para todo lado se vê homens caído, tiros pra todo lado.
         Os homens de Gino começam a morrer iguais moscas.
         Sem contar os que morrem em combate corporal, alguns homens se arriscam enfrentar os lutadores e são mortos tendo o pescoço quebrado.
         Augusto luta com dois homens e em seguido os vencem, mesmo assim ele pega a arma e atira.
         Ninguém sai vivo.
         Gino decepciona Augusto, um homem de tanta fama, ate de meter medo em Chuck Norris. Agora se esconde feito um coelho assustado, têm muitos homens mortos, muito sangue, num momento, ouve-se uma terrível gritaria vinda de dentro da caverna, é Miguel vindo para fora com os homens que estavam como prisioneiros de Gino.
         Ao saírem, um vento assopra vindo em direção a Augusto, ele sente como uma premonição e tenta se jogar em cima de Miguel, mas não da tempo.
         Uma bala acerta o velho bem no peito e ele cai lentamente no chão batido daquela terra irrigada de sangue.
         Augusto olha para o alto da montanha e vê Gino segurando uma metralhadora na mão, mais a baixo o Anãozinho endiabrado.
         Ao ver o desespero de Augusto, o Anão levanta sua peixeira como se saudasse seu inimigo, num gesto de quem diz; eu não disse que vocês não sairiam vivos deste inferno.
         Augusto pega uma moto e parte em direção ao homem que teria atirado em seu pai.
         Um dos homens de Augusto pega Miguel e o coloca na caçamba da pick-up e sai em alta velocidade para um hospital mais próximo.
         Augusto encontra Gino e o Anão capeta bem lá no alto da montanha.
         Sem pestanejar, Augusto pega o Baixinho e joga ele lá de cima a baixo.
         Quando ele ainda estava em queda, ouviram-se tiros de metralhadoras cravejando o pequeno corpo revestido de maldade, que ao cair em terra firme, partiu-se em pedaços de carne podre.
         Gino – porque teve de acabar assim? Augusto – você quis assim, eu te avisei que se ferisse o homem que eu procurava, ia se ver comigo.
         Gino – todos aqui têm medo da minha ira.
         Agora, você é quem deveria ter medo da minha ira diz Augusto.
         Meu pai esta morto e você esta aqui ainda, mas por pouco tempo.
         Os dois começam a lutar uma luta onde o vencedor é o que ficar vivo.
         Gino luta bravamente, porem inútil diante de tanta destreza de Augusto.
         O homem, o general, o temido homem que liderava um cartel do crime, cai de joelho e implora por sua vida.
         Augusto, impiedosamente pega uma banana de dinamite enfia na boca de Gino, ascende o estopim e sai correndo, ao se jogar numa vala coberta de gramas, ouve-se a explosão.
         Nada sobraram de Gino, apenas um mutuado de carne dilacerada e sangue. Augusto desce e vai com seus homens para o hospital para ver seu pai.
         Miguel esta vivo, fora de perigo.
         Augusto o abraça e juntos se alegram.
         A cidade livre do cartel de Gino respira aliviada.
         Os homens que antes estavam refém de Gino reencontraram suas famílias e uma nova vida se inicia em Cruzeiro.
         Gustavo olha para trás e faz uma promessa, voltarei nesta cidade um dia, mas para tomar uma cerveja com aqueles homens que sobreviveram.
Bons homens.  Balbucia Miguel.


                                          FIM

segunda-feira, 13 de maio de 2013

O banheiro feminino

Aquela gordinha estava no banheiro de um restaurante, diante do espelho, retocando a maquiagem, quando chega uma linda ruiva de olhos azuis. Ela tinha uma delicada cintura e usava uma calça justíssima de couro. Enquanto a gorda observava essa escultural criação divina, a ruiva se olha no espelho e fala:

— Obrigada Herbalife.

A gordinha ficou paralisada com o lápis labial na boca, enquanto a vê sair.

Continuou o que fazia, quando de repente entra uma maravilhosa loira duas vezes melhor que a ruiva, corpo escultural, cintura mínima, se admira no espelho e diz:

— Obrigada Coscarque.

A gordinha ficou paralisada com o tubo de rímel na mão enquanto vê sair a tremenda loira. Continua sua maquiagem quando entra uma linda morena três vezes melhor que a loira, corpo escultural, pele suave, cintura ultra fina, lindas pernas, uma deusa! A garota se olha no espelho, observa o "corpão" e sussurra:

— Obrigada Diet Shake!

A gordinha termina de se pintar, se prepara para sair se mira novamente no espelho e exclama pê da vida:

— McDonald's filho de uma puta!


Aleixenko e de domínio público