quarta-feira, 18 de março de 2015

Sempre existe um aprendizado

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Impossível é enganar a morte. Impossivel é vestir uma calça 36 depois dos 25 anos de idade. Impossível é não fazer careta comendo chouriço. Isso é impossível. Amores, não.
Amores impossíveis não precisam de tempo, de paciência ou de remédio. O que eles precisam é serem encarados como verdadeiramente são: Amores que não querem acontecer.
O que ocorre é que é mais bonito culpar o pobre do amor do que os envolvidos nele, ou na falta dele. Ninguém escreve livros ou faz filmes sobre pessoas com preguiça de amar. A verdade não vende. As pessoas querem sempre comprar a dor. Por mais mentirosa que a causa dela seja.
E coitado do amor. Não tem nada a ver com isso e sempre acaba levando a culpa. Tá ele lá, super disposto a nascer mas sem ninguém disposto a parir.
Quem já amou sabe o quão possível o amor é. Quem não amou, sabe o quão acomodado ele pode ser. Ninguém tira a bunda do sofá por amores que se esqueceram de acontecer. O amor move. O desamor acomoda.

É ruim pro ego aceitar que aquela pessoa que você amou, não estava tão disposta a amar você de volta, e então você procura novos culpados. Culpa o amor, nunca o amado. Culpa os deuses, que não tem nada a ver com isso mas estão lá levando a culpa também. Culpa a vida, que de alguma forma te avisou – ela sempre avisa – mas você resolveu não considerar. Culpa até mesmo você, mas o amado não. O amado é intocável. Ninguém pode culpá-lo de nada. Nem você. O amado tem a licença não tão poética assim de quebrar seu coração quantas vezes você deixar, e quantas não deixar também. O amado pode impossibilitar o possível, seja por preguiça, por capricho ou por falta de amor. Ele pode se retirar e voltar à cena quantas vezes e quando quiser, e você que antes era diretor, vira espectador da sua própria vida.
Os amores mentirosamente impossíveis são o que fazem valer a pena esse lance de amor. A graça do amor é sofrer por ele. A graça do amor são as madrugadas chorando no chão da cozinha, para no dia seguinte enxugar as lágrimas e ir em busca de um novo amor fresquinho, saindo do forno. A graça do amor é se quebrar e se reconstruir para depois se quebrar novamente. O amor é contrário a ele mesmo. Tá ruim, mas tá bom. Dói, mas conforta. É amargo, mas é doce. É vilão, mas é mocinho. Mas ele é possível. O amor é sempre possível.

Carregue suas ''bagagens''

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Seria ótimo se conseguíssemos apagar o passado das pessoas com quem nos relacionamos. Seria ótimo se no momento em que decretado o fim, a terra se abrisse e sugasse para dentro, sem possibilidade de retorno, o ex conjugue da outra pessoa. Seria ótimo se existisse um aparelho de apagar memórias, igualzinho o que Will Smith usa em M.I.B, e a outra pessoa nunca mais lembrasse de ninguém antes de nós, não é? Imagina só se pudéssemos num passe de mágica, ser sempre os primeiros a chegar naquela vida, a mexer naquele coração, a dar voltas naquela cabeça.
Seria ótimo! Seria? Será que nosso ciúme bobo e incabível do passado é tão incontrolável assim que preferiríamos apagar um passado que como a própria palavra diz, já passou, do que aprender a lidar com ele? Porque nos incomodamos tanto com as bagagens que o outro carrega, se também carregamos as nossas?
Infelizmente, ou felizmente, o passado não se apaga. Ele acontece para todos, e não há nada que ninguém possa fazer para mudar o que já passou. O passado pode ter sido lindo, pode ter sido terrível, pode ter sido intenso, pode ter sido frio como uma geladeira, não importa, o passado é a página virada, a esquina que ficou pra trás, o assunto que nunca mais voltará a mesa. Acabou. Fim. C’est fini. E ele não representa perigo nenhum.
É difícil imaginar o coração que hoje te ama, amando outras pessoas. A boca que hoje te beija, passeando por outros corpos. As juras feitas para você, sendo destinadas a outras pessoas. É difícil, eu sei, mas a boa notícia é que você não precisa imaginar nada disso. Você não precisa ocupar nenhum espaço da sua mente com o que ficou pra trás na vida do outro. Pra quê tanto masoquismo desnecessário? O tempo que você perde odiando o que ficou pra trás, poderia estar amando o que está bem na sua frente.
Somos hoje, fruto do que o passado fez de nós. Não existe melhor professor do que as experiências adquiridas com os erros e os acertos de ontem. Seja grato pelo seu passado. Seja grato pelo passado das pessoas que você ama. Sem ele, elas não seriam quem são.
Tudo acontece no momento em que tem que acontecer. Às vezes somos apenas passagens nas vidas alheias. Às vezes somos nós os ensinamentos. E quando é assim, umas hora elas vão embora. Elas seguem seus rumos, e a gente segue o nosso. Mas outras vezes, nós somos a reta final. Nós somos o porto definitivo daquela vida e ela a nossa. E é de uma injustiça tamanha amaldiçoarmos as águas pelas quais aquela pessoa teve que navegar até vir de encontro à nossa. Ela precisou percorrer aquele caminho. E sem ele, ela não estaria onde está hoje.
Então seja grato pelas bagagens que o outro carrega. Todas serviram de ponte até você. E  quando o presente é lindo – quando temos realmente vontade de fazê-lo lindo – ele é tudo o que importa.

domingo, 15 de março de 2015

O termino


Em qualquer listinha de situações inesquecíveis, a primeira desilusão amorosa sempre figura o topo. É impossível se esquecer da primeira vez que se tem o coração destroçado em 27 pedacinhos. Eu lembro da minha, e tenho certeza que você também se lembra da sua. Pela ordem natural da vida, as desilusões que se seguem a partir da primeira, deveriam ser mais fáceis e menos duras, mas sabemos que não é assim. A teoria do aprendizado e do preparo se vai no momento em que uma nova dor chega. Dói como se fosse a primeira vez, dói ainda mais forte talvez justamente por não ser a primeira vez. E a cada nova dor, você sofre em dobro, em triplo. Cada novo “não” te remete aos “não” passados e não completamente digeridos. Superar uma desilusão é ter que superar todas as desilusões da vida ao mesmo tempo.
Amar é estar constantemente em queda livre e torcer para o chão nunca chegar. Não existe amor sem entrega. Não existe amor sem risco. Ou você ama completamente, ou você não ama nada. Não existe meio termo quando se trata de amor. É tudo ou nada. Essa é a primeira regra do amor. E é por isso que tantas pessoas permanecem tão receosas em amar. Uma vez que você se joga, não existe mais volta. Ou você se joga com fé, com medo, e com todo o resto, ou permanece no topo se agarrando à ressentimentos passados.
Cair faz bem, já dizia o comercial de sabão em pó. Se espatifar também, diz a experiência que ecoa em qualquer um que tenha se aventurado em se jogar no precipício do amor. É a tal da dor que desatina sem doer que Camões tanto tentou te ensinar.
Quebrar a cara é subestimado por aqueles que se esquecem da liberdade que vem depois. Desilusão é o acordar de algo que só existia para você, de algo que talvez nunca tenha existido ou que existiu um dia mas hoje já não existe mais. É o despertar da Matrix. É encarar de frente a única verdade que você tanto se negou em enxergar.
Ninguém quer viver de mentiras, mas poucos são os que possuem a coragem de lidar com as verdades por pior que sejam. É difícil, mas é necessário. Te destrói por completo, mas é só depois do abalo que você tem em mãos a oportunidade de se reconstruir. E dessa vez ainda melhor. Ainda mais forte. Ainda mais verdadeiro.
Toda desilusão traz consigo algo de bom. Talvez não de imediato, mas um dia você se pega pensando numa terça nublada que está bem melhor do que antes. Quando passa, você agradece. Quando acaba, você valoriza. E em casos ideais, você até esquece. Você só para de odiar o seu passado, quando abre os embrulhos do presente e se dá conta de que o novo é o que você sempre quis mas não sabia.
Com experiência no assunto, digo do fundo do meu coração, que agradeço aos que me levaram à lama e me deixaram lá. Descobri sozinho o caminho de volta, e por esse caminho descobri quem eu sou, descobri o que eu quero e principalmente o que não quero. Tive a oportunidade de me encarar no espelho da verdade e mesmo sujo, cansado, nu e vulnerável, me achei mais incrível do que nunca. Jogar-se de volta à vida é uma graça. Nunca uma maldição. De todas as desilusões da minha vida, só ficou o que realmente valia a pena: mais de mim mesmo.

Coincidências ou Destino

about time

Aquele dinheiro que você achou no bolso de trás da calça quando precisava.
O ônibus que chegou bem na hora que você chegou no ponto.
Chame de coincidência. Chame como você quiser.
Eu acredito em causa e efeito. Ação e reação. Efeito borboleta (sim, tipo o filme mesmo).
Uma única ação cria uma grande sequencia de ações que chegam a um resultado inesperado. E no final você fica com cara de idiota pensando “Nossa! Que coincidência! Como a vida é incrível/horrível comigo!”
As coisas acontecem baseadas numa sequência de ações sem proposito que vieram antes dela. As coisas simplesmente acontecem, né?
Mas a gente sempre tenta dar motivos pra tudo, achar razão e lógica pra tudo.
Pra quê?
“(…) moleque, sabe aquela social de ontem que você furou comigo? (Cara, eu nem confirmei que ia). Ela tava lá. (E você não sabia que ela ia? Valeu…). Não, juro. Não olhei o evento no Facebook, só fui. E nem era de amigos em comum, muita coincidência ela estar lá. (Pois é, muita coincidência, né… O que aconteceu?) A gente se esbarrou algumas vezes mas estávamos em rodas de amigos diferentes. Nem ia falar com ela, nada a ver. Fiquei na minha trocando ideia com o pessoal, tentando não pensar que ela tava ali. Tava levando de boa e me controlando pra não fazer nada. Dai na hora de ir embora uma amiga minha pede carona… e ela veio junto! Porra! (hahaha e você deu, claro). Claro! Vou falar o quê? Ela ficou toda sem graça quando viu que a carona era comigo, mas veio mesmo assim. (Perai, qual foi a ultima vez que vocês se falaram ou se viram?) … Que eu me lembre… Umas 5 vezes, sei lá. (5 vezes? Por coincidência? Continua…) … Bem, lembro que passei por ela no shopping uma vez, ela tava com um cara. Outra vez na Lapa. Uma vez na fila do cinema também… Mas tem um tempo que não nos falamos, só essas visões aí do nada. (Entendi… dai você deu carona pra sua amiga e pra ela e ficou o tempo todo sem nem trocar um “oi”?) Então, cara… to te mandando mensagem com ela aqui do meu lado na cama. Ela dormiu aqui! (hahaha a vida é foda, né?)”

Acredito que as coisas simplesmente acontecem, sou racional.
Não acredito em coincidências quando se trata de pessoas, sou passional aí.
Eu acredito em destino.
Acredito que nada é por acaso.
Talvez várias “coincidências” aconteçam com você e seu outro alguém.
Não foram sem motivo.
Você pode não entender agora. Você pode ficar puto agora.
Pode achar que teve uma grande perda agora.
Mas em algum momento as coisas farão sentido.
Lá na frente.
Ok, essa é a parte que fico meloso, tá bem?
Eu acredito que as pessoas possuem destinos. Cada um com o seu.
Claro, a gente nunca sabe o nosso. Talvez a gente nem perceba quando finalmente chegar no nosso destino.
Mas a gente, secretamente, anseia que nosso destino cruze com o destino de alguém.
Todo mundo.
Ninguém quer ficar sozinho.
Me recuso a acreditar que o destino de alguém seja ficar só. Não é certo!
Conheço pessoas bem resolvidas e que curtem sua “independência de não precisar estar numa relação”. Respeito.
Conheço pessoas que pulam de relação em relação, parece que não conseguem se ver sozinhas. Respeito também.
Mas quando é pra ser, é. E é melhor você nem tentar reagir.
Porque vai chegar o momento de você se apaixonar por cada maldito defeito daquela pessoa perfeita. Cada mania irritante vai se tornar seu TOC preferido de assistir. Cada mensagem recebida vai ser um frio na barriga novo.
E aí você vai perceber que o destino pode estar batendo à porta, deixa ele entrar e “não repare a bagunça”.
Uma parte incrível (e igualmente assustadora) da vida é “a busca por encontrar alguém”, que caminha lado a lado com “à procura da felicidade”.
Ter alguém pra andar contigo na direção do seu destino.
E você, na direção do destino dele.
Conseguir isso.
Conseguir isso deve ser o destino de todos.
Porque, na boa, respeito você, amiga independente que não precisa de ninguém, mas realmente é impossível ser feliz sozinho…


Eu nem quero que a gente tenha o mesmo destino. Não precisa.
Só quero ser testemunha do seu destino, e que você seja testemunha do meu.
Mas e se acontecer de a gente não percorrer o mesmo caminho durante a vida, bem, azar da vida.
Porque eu sei que vou te encontrar quando chegar no meu destino.
Estaremos juntos, afinal.

sábado, 14 de março de 2015

Diário de uma paixão

Não teve castelos, fadas, e nem melodia de fundo.... o cavalo branco do seu príncipe foi transformado em um ônibus, a espada que ele segurava em um celular, e a coroa em um boné. Ao te abraçar pela primeira vez, pude entender o que as pessoas diziam, em que amando você abraça o mundo, pois naquela noite, naquela hora, naquele segundo, meu mundo inteiro era você. Ainda me lembro do seu olhar de não acreditando que eu estava ali, parado em sua frente.... e eu conversando com a garota que eu queria ver daquele jeitinho..... uniforme de trabalho, cabelo solto, sem muita maquiagem, totalmente linda haha Levantando aquele olhar e dando um sorriso lindo, fazendo eu querer aquele sorriso por uma vida inteira.... mesmo que uma vida fosse muito pouco. Queria que o que estávamos sentindo fosse como uma corda sem nós, uma corda reta e infinita..... uma corda sem pontas por perigo de cair, ou que um de nós soltasse uma das pontas. Seus olhos, caramba... os seus olhos faziam as estrelas parecerem que não tinham brilho algum, seus cabelos recaiam perfeitamente sem que você precisasse fazer nada. Quando eu olhava o seu rosto, não havia nada que eu quisesse mudar, pois você era, e é incrivelmente incrível do jeitinho que você é. Pois se é perfeição que você busca, continue exatamente assim! Apenas quero te agradecer por tudo, por ter sido a rara lembrança do que eu tive de felicidade um dia, por ter feito eu ter a certeza de que meus sentimentos não eram transformado somente em palavras, pois te amei com a força de um cometa, e talvez por isso eu seja uma luz em sua vida, quando está entrando em uma escuridão, e não tem mais onde correr, você vem até mim, pois minha luz só funciona, porque tem você como energia para fornecer. Enfim, apenas quero te dizer MUITO OBRIGADO... Um dia ainda irei escrever um livro contando o dia em que eu estive nas trevas, e você apareceu e me tirou dela. E só pra terminar esse meu relato, quero lembrar daquele cara que foi apaixonado por você ontem, que te admira hoje, e que vai estar do seu lado sempre, e que saiba que sempre que digo ter um sonho em ser pai, imagino você do meu lado sendo a mãe, mãe de duas lindas crianças de olhos azuis e cabelos loirinhos.

Ela gosta que reparem no cabelo dela

o jeito que ela arruma o cabelo
Quem é a pessoa que mais te conhece?
Seus pais? Algum amigo? Namorado?
Não.
Em teoria, você deveria ser a pessoa que mais te conhece. Que mais conhece sua personalidade, suas manias, gostos, opiniões e seu corpo.
Porque ninguém vai te conhecer completamente. Geralmente o interesse em conhecer alguém só vai até o capítulo do livro que o mocinho consegue beijar a donzela.
São raras as pessoas que realmente querem te conhecer a fundo.
Fazer parte de você.
E anos de relação não garantem anos de conhecimento.
No final vocês podem ser dois estranhos um ao outro. E nem sequer reconhece mais quem esteve contigo por anos.
A verdade é que ninguém conhece a gente, afinal. Ninguém.
E nem deveriam conhecer.
Mas, talvez, entender.
“(…) que besteira isso! Eu sou a pessoa que te conhece melhor! Claro que sou! Eu sei quando você ta brincando ou falando sério. Eu sei sua música preferida, a comida e o filme. E sei o que não gosta de comer, assistir ou ouvir. Sei o que você mais gosta de fazer no tempo livre. Cara, sei até qual é seu sonho na vida! É óbvio que eu te conheço muito bem! Com certeza eu sou a pessoa que te conhece melhor… e você nem deve saber a minha cor preferida.  (Eu não faço ideia qual seja sua cor preferida…) Eu sei disso! Você não sabe nada sobre mim… (Bem, dá pra dizer que você memorizou muitas coisas sobre mim, e eu não memorizei muito sobre você. E nem quero! Pra quê memorizar essas coisas? Não faz diferença pra mim. Aliás, você memorizou coisas sobre mim tipo quando a gente memorizava a matéria da escola. Mas lembra que na escola o maior desafio não era memorizar, era entender a matéria…? Eu te entendo. Eu sei o jeito que você fica quando ta ansiosa, eu sei quando você ta triste e precisa de um abraço, e eu sei o jeito que você sorri depois que eu te beijo. Mas não tenho a menor ideia qual é sua cor preferida…) … Entendi… Faz sentido… E minha cor preferida é… (Sério, eu não vou memorizar isso).”
O que acha de continuarmos sendo dois desconhecidos,
que se conhecem todos os dias?

Acho engraçado quando duas pessoas estão se conhecendo e a conversa parece um interrogatório. Pressa e sede de achar coisas em comum.
Mas pra quê? Você vai mesmo memorizar que ela gosta de comer “pastel de frango com salsicha” junto com café sem açúcar? (Sério, conheço quem goste e só gravei porque é bizarro)
Qual a real relevância de querer memorizar cada coisinha sobre aquela pessoa, como a cor preferida?
Por que não procurar entender aquela pessoa?
Melhor que memorizar coisas sobre alguém é dar atenção à detalhes. E isso, infelizmente, pouca gente faz.
Eu não lembro de quase nada sobre quase ninguém.
Nome: ok!
O que faz: ok!
Endereço: Google maps…?
A roupa que eu usou na segunda vez que nos vimos, naquele sábado à noite que fomos jantar naquele lugar que não lembro o nome: risos.
Mas se eu me importo contigo, certamente tenho algum detalhe guardado sobre você.
Pra mim isso vale mais que memorizar qualquer outra coisa cliché.
“Pequenos detalhes“.
É o que constrói uma relação.
Aquele sorriso que só você conhece. O modo que ela te olha querendo algo. A expressão dela quando ta concentrada. O cheiro no cabelo dela. A voz no seu ouvido…
Dar atenção à esses detalhes é onde mora o diferencial de um cara que presta atenção em você, pra um que só te memoriza.
Ver e enxergar são coisas muito diferentes.
“(Eu achei que a conhecia.
Óbvio.
Tantas conversas. Horas de assunto. A convivência.
Mas um dia eu percebi que não sei nada sobre ela.
Passou tempo. Deveria conhece-la. Mas não. Nada.
Aliás, qualquer um pode saber qualquer coisa sobre ela.
Alguns minutos de conversa e uma busca no Facebook e você já sabe os gostos, hobbies, opiniões, aonde vai e o que gosta de fazer.
Qualquer um pode conhecer essa garota. É fácil.
Isso me incomodou, mas só no começo.
Até lembrar que qualquer um pode conhecer, mas poucos vão entrar na vida dela. Ela não permite qualquer um. E vários tentaram, vários ainda tentam, claro. Mas ela não permite facilmente assim.

Mas me permitiu.
E quando pude entrar e enxergar como ela é de verdade, muito além de todas aquelas conversas e risadas e gostos em comum, eu percebi a sorte que eu tinha de poder ter todos aqueles detalhes que a fazem ser tão única e diferente das outras.

Se teve outros caras? Sim.
Mas não me importo. É sério.
Nenhum deles vai enxergar o que eu enxerguei nela.
Nenhum deles vai ter os abraços que eu tive com ela.
Nenhum deles vai olhar da forma que olho pra ela.
Nenhum deles vai viver o que eu vivi com ela.
E nenhum deles vai ficar hipnotizado com o jeito que ela arruma o cabelo, como eu fico.
Uma coisa tão simples, mas que tá na minha memória em cada detalhe, e é só meu.
É meu detalhe especial.

Nenhum deles.)”

E você? é um repolho, ou um repolhador?

Benefcios-do-repolho
Quem nunca levou um fora na vida? Um toco? Um bloqueio triplo da Rússia? E ainda assim continuou insistindo em conquistar a outra pessoa, mesmo que todas as informações e sinais recebidos tivessem deixado bem claro que não, meu amigo, você não vai conseguir nada? Isso é normal e saudável até certo ponto. É tomando na bunda que se aprende a deixar de ser mané, certo? Nem sempre.
Há situações pelas quais todos nós já passamos um dia (e ainda vivemos e viveremos) em que tomar um fora, um chega para lá e insistir no erro é apenas o primeiro passo de um longo e tenebroso processo de destruição da auto-estima. É quando viramos “repolhinhos”. Tem o outro lado também: quando estamos por cima da carne seca, criamos “repolhinhos”. Somos os “regadores” ou “repolhadores”. Não entendeu? Fácil explicar. A história é comprida, mas vou tentar resumi-la aqui.

Quando você tem uma hortinha, tem ali um repolhinho, que você rega toda semana, para não deixá-lo morrer. Ao mesmo tempo, o tal repolhinho é uma parada que não vai te saciar, que vai apenas servir para você passar o tempo e comer enquanto a refeição principal não chega. Por isso mesmo, você não pode perder todo o seu tempo adubando esse repolho para deixá-lo crescer. Tem que dar uma mijadinha básica nele ou tacar um pouco de estrume apenas o suficiente para não deixá-lo morrer. Assim, o pobre diabo agoniza em vida, mas fica ali, sempre dando as caras na sua horta.
Repolho branco
Na vida real é assim também. Em qualquer relação amorosa desequilibrada, a gente tem repolhinhos e é repolhado. O repolhinho é aquela pessoa que se pegou contigo algumas vezes e, coitado, caiu na besteira de gostar mais de você do que você dela. O problema é que você vai brincando de dar uns amassos na pessoa, evolui um pouco o nível de sacanagem, a pegação esquenta e, de repente, você se dá conta de que, apesar de estar na maior curtição descomprometida, tem um ser humano ali do outro lado, com sentimentos, emoções e coração, que está perdidamente apaixonado por você. E é aí que mora o perigo. Assim como o repolho da horta supra-citada, o seu “repolhinho” real não vai crescer nunca, mas é bom pro seu ego e pra sua saúde que ele fique ali, sempre disponível. E, invariavelmente, o pobre do repolho se fode até o pescoço nesse tipo de relação. O repolhinho humano, por assim dizer, tem duas características bem típicas:
1) Ele está sempre disponível para quando você (o repolhador) quiser. Ele tem aniversário do pai, casamento do irmão e formatura da melhor amiga no mesmo dia e você liga, bêbado às 2h da manhã de uma sexta pro celular do simpático vegetal folhoso e pergunta: “Tá fazendo alguma coisa? Vem aqui pra casa para a gente ver um filme e comer uma pizzazinha”. O repolho, na condição de refeição sempre a postos, não titubeia e, esquecendo-se do mundo que o cerca, responde: “Não, não tenho nada demais pra fazer hoje não. Tô indo aí já”. E aí, o repolho “fode” (com o perdão da palavra, mas não tem outra mais apropriada) a noite inteira e acorda com uma sensação de ressaca moral no outro dia. Se sente um merda, usado, manipulado. Mas nada disso faz diferença. A essa altura do campeonato, o pobre repolho já está coberto de folhas até o pescoço. Não conseguirá tão cedo sair de tal condição. Uma semana depois, o repolho vai estar fazendo a mesma coisa, cometendo os mesmos erros. Sempre a postos!!!
2) O repolhinho mantém uma vã ilusão de que vá um dia ser içado à condição de prato principal na refeição do regador. Isso não acontece em 99,99% dos casos. É fato. É uma situação patética, porque coitado, o repolho não se esquece de que, assim que começar a ganhar vida, o “repolhador” vai parar de regá-lo e o jogará para escanteio. E essa esperança mínima, contudo, é a força-motriz que coloca o pobre repolhinho de volta ao item 1: ele está sempre disponível.
O pior de tudo isso é que, mesmo sabendo desse triste fim dos repolhinhos, todos nós incorremos ou incorreremos no erro de repolhar e ser repolhado muitas vezes na vida. Resta saber acabar com a história antes de apodrecer. E procurar outra horta pra morar.

Não tenha duvidas

howimet
Quando a gente quer muito uma pessoa, a gente se engana. A gente tenta encaixar aquele outro ser humano em posições que nunca foram dele. A gente clama ao universo para um sim em algo que já começou destinado ao não. A gente quer, e a gente bate o pé e faz pirraça feito criança para conseguir. Mas um dia a gente percebe que amor tem que ser uma via de mão dupla. Amor tem que ser fácil, tem que ser bom, tem que ser complemento, tem que ser ajuda. Amor que é luta é ego. Amor que rebaixa é dor. E então a gente aprende que amor que não é amor, não encaixa, não orna, não serve.
Fique com alguém que não tenha conversa mole. Que não te enrole. Que não tenha meias palavras. Que não dê desculpas. Que não bote barreiras no que deveria ser fácil e simples. Fique com alguém que saiba o que quer e que queira agora.
Fique com alguém que te assuma. Que ande com orgulho ao seu lado. Que te apresente aos pais, aos amigos, ao chefe, ao faxineiro da firma. Que segure a sua mão ao andar na rua. Que não tenha medo de te olhar apaixonadamente na frente dos outros. Fique com alguém que não se importe com os outros.

Fique com alguém que não deixe existir zonas nebulosas. Que te dê mais certezas do que perguntas. Que apresente soluções antes mesmo dos questionamentos aparecerem. Fique com alguém que te seja a solução dos problemas e não a causa.
Fique com alguém que não tenha traumas. Que não tenha assuntos mal resolvidos. Que saiba que para ser feliz, tem que deixar o passado passar. Fique com alguém que só tenha interesse no futuro e que queira esse futuro com você.
Fique com alguém que te faça rir. Que te mostre que a vida pode ser leve mesmo em momentos duros. Que seja o seu refúgio em dias caóticos. Fique com alguém que quando te abraça, o resto do mundo não importa mais.
Fique com alguém que te transborde. Que te faça sentir que você vai explodir de tanto amor. Que te faça sentir a pessoa mais especial do universo. Fique com alguém que dê sentido à todos os clichês apaixonados.
Fique com alguém que faça planos. Que veja um futuro ao seu lado. Que te carregue para onde for. Que planeje com você um casamento na praia, uma casa no campo e um labrador no quintal. Fique com alguém que apesar de saber que consegue viver sem você, escolhe viver com você.
Fique com alguém que não se esconda. Que não te esconda. Que cada palavra seja direta e clara. Que não dê brechas para o mal entendido. Que faça o que fala e fale o que faça. Fique com alguém cujas palavras complementam suas ações.
Fique com alguém que te admire. Que te impulsiona pra frente. Que te apoie quando ninguém mais acreditar em você. Que te ajude a transformar sonhos em realidade. Fique com alguém que acredite que você é capaz de tudo aquilo que queira.
Fique com alguém que você não precise convencer de que você vale a pena. Que não tenha dúvidas. Fique com alguém que te olhe da cabeça aos pés e saiba, sem hesitar, que é você e só você.
Fique com alguém que te faça olhar para trás e agradecer por não ter dado certo com ninguém antes. Fique com alguém que faça não existir mais ninguém depois.

“- Existe uma palavra em alemão: Lebenslangerschicksalsschatz. E a mais próxima tradução seria ‘O tesouro do destino ao longo da vida.’ E Victoria é  ’wunderbar’, mas ela não é minha Lebenslangerschicksalsschatz. Ela é minha Beinaheleidenschaftsgegenstand, sabe? Isso significa ‘Aquilo que é quase aquilo que você quer, mas não completamente.’ E é isso o que Victoria é pra mim.
– Mas como sabe que ela não é Lebenslangerschicksalsschatz? Talvez com o passar dos anos ela se torne mais Lebenslangerschicksalsschatz.
– Não, não, não. Lebenslangerschicksalsschatz não é algo que se desenvolve ao longo do tempo, é algo que acontece instantaneamente. Atravessa você como água de um rio depois da tempestade, preenchendo e esvaziando você ao mesmo tempo. Você sente isso em todo o seu corpo. Nas suas mãos. No seu coração. No seu estômago. Na sua pele. Já se sentiu assim com alguém?
– Acho que sim.
– Se tem que pensar a respeito é porque não sentiu.
– E tem absoluta certeza que encontrará isso um dia?
– É claro. Eventualmente todo mundo encontrará. Só que nunca saberá onde ou quando.”
(How I Met Your Mother)

Meu primeiro amor

Meu primeiro amor se chamava Carina, ela era morena alta de olhos pretos igual uma jabuticaba, estudava na mesma classe que eu.

Eu era apaixonado por ela, me lembro que sempre dava um jeito de chegar antes na sala, pra sentar na carteira de trás dela, só o fato de eu estar perto dela fazia meu coração bater forte, e minhas mãos suarem, pra mim ela era perfeita.

Na metade do ano, implementaram na escola uma caixinha de correio, onde os alunos poderiam destinar cartas uns a outros alunos, era só colocar o nome do destinatário, número da sala, e seu texto.

Foi a solução dos meus problemas, por eu ser tímido demais, nunca conseguia me declarar, então todo dia eu escrevia poemas, colocava numa carta, e jogava todo disfarçado na caixinha da escola, no outro dia eles entregavam na sala, e eu observava eles chamarem “Carina, carta pra você”, Era tão gostoso ver os olhos dela brilhando ao ler a cartinha, de ver aquele sorriso bobo por algo que eu escrevi, porem tinha apenas um problema, eu nunca colocava meu nome nas cartas.

As amigas dela morriam de inveja, por ela ser a única que recebia cartas a beça, graças a mim ela recebeu o nome da “garota popular”, mal eles sabiam que as cartas era só um apaixonado bobo que mandava. (risos)

Chegando final do ano, tomei a coragem e em uma das cartas decidi me revelar, coloquei “assinado Rafael”, Tudo saiu perfeito, se ela não tivesse confundido o rafael com o da sala ao lado, e o pior é que ele teve a cara de pau de assumir que era ele que enviava as cartas, meu tempo, meus poemas, e meu plano de conquistar a garota dos olhos de jabuticaba foi pra água a baixo.

Se passaram mais de 10 anos, e acredita quem achei no facebook? sim ela mesmo Carina, e em uma das nossas conversas recentemente perguntei sobre a cartas que ela recebeu quando pequena, e o mais surpreendente de tudo, ela tem todas guardadas, me contou que na época ela demonstrava ser feliz, mas no fundo era triste, todos os dias pensava em acabar com a própria vida.

Disse que o rafael salvou ela de todas as formas possíveis que alguém poderia salvar, que graças a algumas palavras, fez ela se gostar, e de se olhar no espelho e admirar o que via, a saber que era amada.

Percebi então que meu tempo, meus poemas, minhas cartas nunca foram pra água abaixo, de alguma forma eles precisavam ser escritas e lida por alguém.

Talvez Carina não saiba que era eu o rafael que escrevia, agora não mais.

sexta-feira, 13 de março de 2015

Ela gosta de rosas

Ela gostava de rosas, porém era alérgica a elas. E por mais que houvesse tantas outras ''flores'' em seu jardim, não adiantava, ela sempre se pegava observando e tocando naquele mal que a fazia tão bem...

Só mais uma historinha de amor

 Cê vai ficar comigo?
— Vou.
A noite toda?
—É Agora dorme. (15 min. de silêncio)
Mor?
— Fala.
 E se a ligação cair? 
—Você já vai estar dormindo.
 E se eu tiver acordada?
— Você me liga de volta.
— Fecha os olhinhos.
Tá. (10 min. depois)
 Ei, amor, está aí?
— Tô, bê. Não vou sair daqui.
 E se o seu telefone descarregar?
— Abateria tá cheia.
E se o meu descarregar?
— Perdeu o carregador?
 Não, mas eu tô no escuro.
— Bri, só dorme.
 Tá bom.. (Meia hora depois, a respiração dela ainda podia ser ouvida)
— Bri? Está aí?
 Tô, amor.
— Minha nossa senhora, cê não vai dormir?
Acho que eu tô com medo… De ficar sozinha.
— Eu sei, te conheço. Pois bem. Vou te ensinar uma coisa. Pega três travesseiros e coloca ao seu redor.
 Tá.
— Agora pega um lençol aí e os cubra. Direitinho.
Ok, e agora?
— Agora fica deitadinha. Você tá no quadrado mágico da proteção. Fecha os olhinhos. Estou do seu lado, te abraçando, ok? Melhor agora?
— Muito melhor.
— Fico imaginando quando é que a gente vai poder dormir juntinho assim, sabe, bri. Eu tenho esse meu jeito babaca, chato de ser, você sabe, mas eu sou pura manteiga derretida por dentro. Não consigo dormir enquanto você não dorme, sabe? Parece que qualquer coisa vai te acontecer e eu não vou estar por perto pra te proteger, sabe assim? E eu não suporto a ideia de alguma coisa atingir a minha pequena. É isso que você é, sabe, bri? (silêncio) bri? (Ele ouvia apenas a respiração lenta, quase inaudível dela).
— Ih, dormiu.
— desligou o telefone e continuou falando sozinho..
— Missão cumprida, a MINHA princesa está salva s2

Será?

Será que alguém já colocou uma foto minha como papel de parede? Será que alguém já foi a um lugar só por minha causa? Será que alguém esconde ciúmes por mim? Será que alguém já se distraiu no meio do dia para ficar lembrando do meu sorriso ou algo do tipo? Será que alguém abre minha janela do facebook e fica sem coragem de falar comigo? Será que alguém pensa em mim sempre que vê um filme romântico? Será que alguém esta lendo isso e respondendo “eu” para cada pergunta? Será?

O inferno

O inferno está lotado ainda, você sempre pensa que você está sozinho. E você nunca pode dizer a ninguém que você está no inferno ou eles vão pensar que você está louco. Mas ser louco é estar no inferno e ser sensato também. Aqueles que escapam do inferno nunca falam sobre isso e nada mais os incomoda depois disso. Quero dizer, coisas como falta de uma refeição, ir para a cadeia, bater seu carro ou mesmo morrer. Quando você perguntar-lhes, ‘como as coisas estão indo?’ eles vão responder: ‘bem, muito bem…’ Uma vez que você foi para o inferno e voltou é o bastante, é a mais silenciosa celebração conhecida. Uma vez que você foi para o inferno e voltou, você não olha para trás quando o chão range. O sol está no alto à meia-noite. E coisas como os olhos de ratos ou um velho pneu em um terreno baldio pode torná-lo feliz. Uma vez que você foi para o inferno e voltou.

Me peça

Perca o ônibus por mim. Diga que vai esperar o próximo, mas quando o próximo passar, finja que não viu, não ouviu, não estava interessada no tempo. Quando tiver na hora de ir embora, peça com carinho pra que eu fique um pouco mais. Veja o dia virar noite em uma conversa besta e informal. Use a desculpa de que ainda é cedo ou ainda temos tempo sobrando - ainda temos nós. Deixe mil ônibus passarem, mas por favor, não me deixa passar. Fala, grita, segura com força a alça da minha bolsa, sei lá. Perde o assento principal na janela, mas não se perde de mim.

quinta-feira, 12 de março de 2015

O playground da vida

despedida
Sobre chegadas, despedidas e o valor do que você perdeu.

Algumas pessoas chegam na nossa vida devagar.
Alguém que você acaba de conhecer e aos poucos vai ganhando espaço no seu tempo.
Alguém que você acha que conhece há tempos, mas só recentemente foram se aproximar e notar as coisas em comum.
Ou alguém que já chega com o pé na porta.
Sem nenhum anúncio ou cerimônia invade sua vida, toma seu tempo livre, te perturba, te indica músicas/livros/filmes, e é sintonia de como já se conhecessem desde sempre…
É o seu primeiro “bom dia” e seu último “boa noite”, todos os dias.
Rápido ou devagar, a gente só tem que deixar entrar na nossa vida quem realmente vale a pena.
Quem a gente sabe que pode até entrar sem limpar os pés no tapete, desarrumar sua cama e esvaziar sua geladeira, mas que quando ela for vai deixar a bagunça mais gostosa que você já teve.
“Por favor, volte (sempre)!”

Ninguém gosta de despedidas, certo?
Conheço um cara que gosta delas, e eu não concordava.
Depois de muito pensar sobre o lado bom e ruim das despedidas meu pensamento mudou, e eu concordei.
É preciso se despedir das pessoas pelo mesmo motivo que é preciso voltar à elas.
É preciso ficar longe um tempo. É preciso ter um espaço. É preciso fazer aquela saudade que dói. Mas principalmente: é preciso fazer sua ausência ser sentida.
Mas despedidas são terríveis. É saudade antecipada, choro, incerteza.
É vazio de ver de longe o que se quer abraçar de perto.
Então… como despedida pode ser algo bom?
Acredito que nós somos idiotas com a certeza de que sempre teremos algo/alguém à nossa disposição.
E por isso valorizamos cada vez menos o que temos ao nosso alcance. É “qualquer coisa”.
Quase descartável.
Precisamos desses sentimentos “ruins” pra saber valorizar os sentimentos bons.
Temos que ver de longe pra querer ver de perto.
Porque nós somos extremamente burros… só não sabemos disso.
“(…) aqui, ela me mandou mensagem agora. Por quê? O que ela quer? Ela já deve tá com outro, e nem quero saber se tá ou não, então não tem motivos pra vir falar comigo! (Claro que tem. Ela sente saudades, você também não sente? É normal! Muito tempos juntos, né). Sinto, mas não estamos mais juntos. A vida segue. Quando a gente terminou ela ficou sem falar comigo e eu levei de boa, entendi, respeitei. E agora me procura…por quê? (Você sabe. Saudades! De você, da amizade, do abraço, sei lá, de tudo. A gente é tipo criança brincando no playground, sabe? A gente tem um brinquedo que gosta, brinca com ele pra caramba, mas enjoa, cansa, dai larga no chão. Outra criança pega, brinca, cuida bem e dá carinho àquele brinquedo. E você começa a perceber como aquele brinquedo era legal, como você se divertia com ele, várias brincadeiras legais que não pode mais fazer, todos os momentos felizes no playground que você não valorizou mais. De repente aquele brinquedo é o mais foda do parquinho e você quer de volta! (…) ou porque você é uma criança mimada escrota que só quer implicar e ter posse, ou porque você só percebeu o quanto aquilo era incrível depois que deixou ir embora. Em todo caso, azar o seu. Cuida bem do seu brinquedo na próxima vez que descer pro play). Cara… você fez uma analogia pra falar de deixar as coisas irem usando crianças e brinquedos? (É, acho que fiz…). Porra, por isso você é meu amigo hahaha, mais um chope aqui, garçom!”

Isso é algo que me irrita, e eu sou uma pessoa extremamente calma e sempre bem humorada (segundo fontes não confiáveis).

Mas… por quê só damos valor pra algo depois que perdemos?

E isso é recorrente. Já deve ter acontecido com você e certamente você conhece alguém que já passou por isso.
Existe a tendência de só valorizar algo depois que se perde, ou que está longe. E por mais que vejamos isso acontecer repetidas vezes com outros, ainda deixamos acontecer conosco.
Confirmado! Somos idiotas!
Já tive pessoas que depois de muito tempo afastadas se reaproximaram.
Outras que continuam afastadas, mas vejo quererem entrar de novo na minha vida.
Sejam bem vindos todos… Mas limpem o pé no tapete, não bagunça minha cama e… tá, pode abrir a geladeira.
É preciso dar valor quando se tem ao lado, não quando a saudade aperta.
Não cometa o mesmo erro de novo e de novo. Não espere que algo especial se perca pra que você precise dar valor à ele.
Reconheça os sinais!
Perceba o quanto isso é raro e único, e valorize ao máximo.
Por isso que em cada conversa, confidência, piada, risada, abraço, beijo…
De cada companhia tiro o melhor da pessoa e tento dar o máximo de mim.
Hoje.
Agora!
Porque amanhã você pode não estar mais aqui. E eu não estarei mais aqui.
E aí é tarde demais pra querer o brinquedo que ficou no chão do playground.

O espelho que existe em você

mirror-person
Muito se fala sobre encontrar a pessoa ideal. Como ela seria? Quais valores, quais defeitos, quais manias, quais objetivos teria? Seria utópico demais idealizar uma pessoa a ser buscada? Talvez. É errado? Creio que não.
Ninguém busca perfeição. Ou ao menos não deveria buscar, mas cada um sabe os itens que considera essenciais no outro. Ou, mais uma vez, deveria saber. Quem não sabe o que quer, aceita o qualquer. O primeiro passo para achar algo, é saber o que se está procurando. Afinal, contentar-se com pouco nunca foi sinônimo de felicidade.
E quanto ao que você transmite? Você se preocupa em se manter fiel aos seus próprios valores? Ou o que você busca só funciona para o outro lado?
Você quer uma pessoal sincera, mas e quanto as suas próprias mentiras? Você quer uma pessoal fiel, mas e quanto as suas próprias traições? Você quer uma pessoa digna e honrada, mas e quanto as suas próprias falhas de caráter? Você consegue enxergar a si mesmo verdadeiramente como é, ou prefere jogar tudo debaixo do tapete e torcer para que ninguém note a bagunça?
Não adianta idealizar se você nem ao menos consegue ser aquilo que idealiza. Como exigir receber do mundo o que você não consegue transmitir?

Então comece agora a dissecar suas próprias imperfeições. Aprimore ainda mais suas qualidades. Não seja perfeito, mas chegue o mais perto possível disso. A cada dia, a cada hora, a cada minuto. Seja seu próprio analista. Analise você mesmo antes de analisar os outros. Volte atrás hoje do que disse ontem. Desculpe-se. Livre-se do ego. Não se acomode nas suas próprias falhas. Mude. Destrua-se para se construir novamente em seguida. Ainda melhor. Ainda mais forte. Ainda mais você. E perdoe sempre. Perdoe os outros. Perdoe e si mesmo. Esteja em paz com quem você é, e o mundo estará em paz com você.
E se, por acaso, alguém te disser que a pessoa que você procura não existe, olhe-se no espelho e saiba que ela existe sim. E se ela existe em você, pode existir em outros cantos, em outros caminhos, em outras estradas também.
Seja a companhia que você gostaria de ter ao lado. Seja a pessoa que você recomendaria ao seu melhor amigo, a sua filha, a você mesmo. E depois de saber quem você é, e se orgulhar disso, busque alguém não que te complete, pois você já é inteiro. Busque alguém que te transborde.

A história do senhor morte

Andava com mania de suicídio e com crises de depressão aguda; não suportava ajuntamentos perto de mim e, acima de tudo, não tolerava entrar em fila comprida pra esperar seja lá o que fosse. E é nisso que toda a sociedade está se transformando: em longas filas à espera de alguma coisa. Tentei me matar com gás e não consegui. Mas tinha outro problema. Levantar da cama. Sempre tive ódio disso. Vivia afirmando: “as duas maiores invenções da humanidade foram a cama e a bomba atômica; não saindo da primeira, a gente se salva, e, soltando a segunda, se acaba com tudo”. Acharam que estava louco. Brincadeira de criança, é só disso que essa gente entende: brincadeira de criança – passam da placenta pro túmulo sem nem se abalar com este horror que é a vida. Sim, eu odiava ter que me levantar da cama de manhã. Significava que a vida ia recomeçar e depois que se passa a noite inteira dormindo cria-se uma espécie de intimidade especial que fica muito mais difícil de abrir mão. Sempre fui solitário. Você vai me desculpar, creio que não regulo bem da cabeça, mas a verdade é que, se não fosse por uma ou utra trepadinha legal, não me faria a mínima diferença se todas as pessoas do mundo morressem. É, eu sei que isso não é uma atitude simpática. Mas ficaria todo refestelado aqui dentro do meu caracol. Afinal de contas, foram essas pessoas que me tornaram infeliz.

terça-feira, 10 de março de 2015

Tive um sonho..

brilho
Depois de alguns eventos ruins, tanto com relacionamentos quanto familiares, eu tive um sonho com uma ''anja'', e ela me disse umas coisas...
 “Vamos ver se ela acerta alguma coisa”.
A anja me disse:
“(…) esse seu ultimo relacionamento … ele tá terminado. (Já até terminou – pensei). Mas vocês não estão acabados. Vocês ainda vão estar presentes um na vida do outro. Não vejo aquele casal que se separa e nunca mais se fala. Vocês ainda estarão presentes um pro outro… (Ok, isso eu já sabia, terminamos –  porém agora voltamos a nos falar, nos ajudar, pensei de novo) (…) mas você quer saber do seu futuro, não é? Bem, filho, eu vejo que você nasceu pra fazer alguém feliz. Você tem uma alma gêmea. Mas ela ainda não entrou na sua vida, não de verdade. E você é muito fechado, você não pode ser assim, viu? Você não pode se fechar e não deixar que ela entre, filho. (…) Você vai ser pai, você quer muito ser pai, dá pra ver isso. Você quer ter família grande e vai ter. (…) mas, filho, você tem que se permitir, você não pode ficar amargo, fechado, defensivo, achando que porque não deu certo uma vez, não vai dar certo nunca. Não era pra ser aquela! Porque vai ser com a próxima… você tem alguém especial na sua vida e se você ficar assim, nunca vai deixar que você faça ela feliz! Porque você nasceu pra fazer alguém feliz. Você tem uma alma gêmea por aí e você vai encontrá-la, só não vai perceber se ficar se cegando, se não quiser (To tomando da anja o mesmo sermão que tomo de amigos – pensei no fim).”
Sinceramente? Nunca acreditei muito nisso. Fui cético.
Ela acertou, nas descrições e previsões (conto melhor em outro texto).
E essa consulta me fez pensar que, talvez pelo lado mais romântico, talvez pela busca por encontrar alguém eu acredito, sim, em “almas gêmeas”.
Ou coisa do tipo.
Porque quando é pra ser, é. Não importa tempo, distância ou seja lá qual for a desculpa.
Quando duas pessoas devem ficar juntas, elas ficam. Sem dúvidas.
Ponto.

Se existe uma lei maior que a da gravidade, é a da atração.
E essa, cara… essa move o universo pra que duas pessoas se juntem!
Acredito que temos alguém que complete a gente.
Que faça a gente se sentir um todo, e não “só mais um”.
Que você não faz esforço pra agradar, e que te faz feliz com pouco.
Com um abraço, uma tarde na cama vendo filme, uma surpresa em uma “data não comemorativa”, um beijo na chuva.
Que seja.
E nem precisa ser alguém parecido com a gente.
Aliás, que saco alguém muito parecido com a gente.
Alma gêmea é quem te completa onde te falta, não quem empata onde você já é.
Eu quero. Quero muito.
Quero poder ter alguém que eu não precise dizer nada pra entender tudo.
Quero poder mostrar minha música preferida e, mesmo que ela odeie, ela fique feliz por eu ter mostrado.
Quero poder contar meus problemas sem medo de ser chato, porque sei que ela vai me fazer rir quando eu menos esperar.
Quero poder apresentar ela pra todos os meus amigos, porque sei que eles vão achá-la tão incrível quanto eu achei.
Quero poder ter a certeza de que ela é minha melhor amiga, minha melhor amante e um amor pra vida toda.
Eu quero muito.
E sei que você também quer.
Talvez eu já tenha.
Talvez você também tenha.
Você já olhou pro lado?
“Não se fecha, filho.”
//
E você, acredita em almas gêmeas?

Mais um desses encontros da vida

Ontem, atravessando a rua, esbarrei com uma daquelas pessoas que você nem se lembra onde conheceu e tem que se esforçar para lembrar o nome. Era algo como Bianca ou beatriz. Poderia também ser bruna. Tanto faz. Ela sorriu e perguntou trivialidades de respostas automáticas como “tudo bem?” e “como vai o trabalho?”. Retribuí todos os seus sorrisos e respondi cordialmente as perguntas vazias, embora não tenha me estendido no chatíssimo papo de elevador, mas então ela me fitou por alguns segundos como quem quase hesita, quase trava, mas algo a fez mudar de ideia e eu sabia o que viria depois disso. E veio. Ela me perguntou sobre você.
Eu não estava preparado. Na verdade confesso  que nunca estive. Como se preparar para dizer em voz alta o que tenho negado para mim mesmo por tanto tempo? Como olhar nos olhos de alguém, mesmo que um alguém qualquer, e confessar que sua alma gêmea se foi? E você se foi. Não por consequência do destino, mas por escolha. E essa é a parte que mais dói. Essa é a parte que deixo quietinha, no canto mais escuro dentro de mim e evito mexer, evito reviver, exceto nas madrugadas de insônia – essas malditas – quando a garganta não segura mais,  a cabeça não segura mais, o coração não segura mais e eu te vomito em pensamentos dolorosos de saudade e raiva.

E lá estava eu, parado, patético, cansado e mudo, revivendo a sua ausência, no meio da rua, observando os carros passarem, as pessoas passarem, a vida passar, implorando calado para que alguém me salvasse daqueles longos segundos que me esfaqueavam lentamente.
Ninguém veio em meu resgate. As pessoas só se compadecem de quem sangra. Mas eu sangrava. Dentro da minha casca – agora oca e vazia – que gentilmente ainda chamo de corpo, eu espirrava sangue, manchando paredes e memórias. Embora sorrisse, aquele sorriso já nada mais dizia. Eram só dentes, que antes te mordiam a bochecha, mas que agora enfileiravam toda a minha agonia da sua inaceitável partida.
Não haviam lágrimas para secar. Não haviam provas a serem evidenciadas para que aquela quase estranha me deixasse em paz – embora eu soubesse que palavras como “paz” eram pedidos grandiosos demais – eu as usava.
Eu queria que o mundo me esquecesse; eu queria poder eu mesmo esquecer de mim; assim como você me esqueceu. Então me ensina. Me ensina como apagar as lembranças que diariamente me levam à loucura. Me ensina como tirar você de tudo o que eu vejo, lembro, sinto. Me ensina como tirar você de tudo o que eu sou; de tudo o que restou. Me ensina como não ser mais você; como não ser mais nós. Me ensina como lembrar de quem eu era antes de você. Me ensina que há um “antes de você”. E depois ensina eles. Ensina como é não sentir nada. Porque as perguntas sobre você, meu amigo, um dia elas ainda me matam.

Encontros da vida

As pessoas acontecem em nossas vidas. Elas não são chamadas, elas não pedem licença. Elas simplesmente acontecem.
E eu tenho medo das pessoas acontecendo e desacontecendo dessa forma louca que não consigo controlar.
Tenho medo de quando elas acontecem e acontecem de forma linda, porque já penso no dia em que elas desacontecerão. E isso dói. Penso no dia em que elas morrerão, e isso dói. Penso no dia em que a vida as levará embora inconscientemente, e isso dói. Penso no dia em que elas escolherão ir embora, e isso dói ainda mais. Porque dói quando alguém escolhe ir sem você deixar. E quem sou eu para achar que devo assinar embaixo a permanência ou a ausência de alguém?
As pessoas ficam e vão quando querem, e isso dói. A escolha que não é minha, me afeta, e no final dói.
A vontade de querer que alguém fique, e raspar com a colher bem no fundo de tudo o que você é e tem a oferecer, vem também carregada do medo de que essa vontade possa ser tão grande, tão gigantescamente cheia de responsabilidades que essa pessoa não se sinta capaz de segurar, e que justamente essa sua linda e sincera vontade, seja a culpada por afastar aquela pessoa. Porque é natural do ser humano fugir quando se sente ameaçado. E quer ameaça maior do que ter a responsabilidade de um outro alguém?
É tão difícil cuidar de nós mesmos, fazer escolhas certas e inteligentes, que é assustador demais imaginar em ter que fazer tudo isso por outra pessoa. E ainda com o agravante de que se você erra com você, tudo bem, ok, você consegue lidar com a sua própria dor. Mas e quando o erro é na vida de outro? Você pode cuidar da felicidade, mas nunca será capaz de cuidar da dor de outro alguém.
Então eu abaixo a cabeça e aceito que a vida é mesmo uma grande filha da puta, uma mãe sádica que dá e tira as coisas mais lindas de seus próprios filhos: Eles mesmos. Uns aos outros. Com a missão de que escrevam logo suas histórias, porque tem uma data de validade a ser respeitada, e que quando a data de cada um chega, não tem lamentação que amoleça o coração da Sra. Vida. Ela tira, ela afasta, ela não avisa.
A vida, assim como toda mãe, não quer ensinar seus filhos a amar. Todo mundo sabe amar. Mesmo que ame errado, mesmo que ame torto. Ainda é amor. A vida quer ensinar a perder. E para isso, talvez sejam necessárias várias outras vidas para finalmente aprendermos.

segunda-feira, 9 de março de 2015

A história que não teve continuação


impossiblelove
A gente sempre idealiza. Não tem jeito né? Eu sei que não devia. Sei que idealizar é o caminho mais rápido para a frustração, mas mesmo assim, quando esqueço de me policiar por 2 segundos já me perco nas minhas próprias fantasias. E então eu sonho o sonho mais bonito. Um sonho que não tem a menor chance de algum dia se concretizar, porque sejamos sinceros, estamos falando da minha vida, e você sabe que as chances nunca estão a meu favor.
E eu idealizei você. Inteirinha. De cabo à rabo. Imaginava as suas falas, as suas ações, os seus desejos, os seus quereres. Me jogava na cama e fantasiava cenas inteiras entre nós que nunca nem chegaram perto de acontecer. Gargalhava alto com alguma piada sua que eu mesma havia inventado. Ou chorava com grosserias que você nunca havia cometido. Você era a personagem mais importante de uma história de amor que na vida só ameaçou, mas na minha fantasia, aconteceu.
Na minha imaginação, o nosso romance foi lindo. Foi forte. Foi verdadeiro. Na vida, você desistiu antes mesmo de tentar. Você quis e não quis mais rápido do que eu poderia prever. Mais rápido do que eu poderia consertar.

Eu tentei transformar em realidade o sonho mais bonito de todos. Um sonho que deveria ser nosso. Um sonho que me queimava por inteiro, enquanto você era à prova de fogo. E eu seguia todos os conselhos dos amigos, todas as dicas das revistas, tudo o que a televisão chamava de infalível, tudo o que era comprovado cientificamente pelos livros. E nada, absolutamente nada, te amolecia, te provava, te convencia à ficar. Nada mudava o enorme “não” que gritava de você sem que você precisasse abrir a boca. Nada mudava a rejeição que eu sentia cada vez que você me olhava. E então todos os meus esforços não valiam mais nada.
Eu quis tanto que você me amasse e tentei, de todas as formas, te mostrar que eu era bom pra você. Por mais que eu soubesse, que os seus amigos soubessem, que os seus pais soubessem, que o seu vizinho que espiava pela janela, soubesse, você nunca soube. Eu preparava os melhores beijos, as melhores palavras, os melhores abraços, as melhores caras. Eu preparava o melhor de mim pra você, e era sempre pouco, quase nada. Você nunca sorriu quando me viu. Você nunca tremeu quando eu te beijei. Você nunca se emocionou com nada que levava o meu nome.
E eu me culpei e ainda me culpo por não ter sido o suficiente. Por não ter sido o seu tipo. Ou por ter sido e errado, de alguma maneira tão grande e irremediável que a fez se desligar completamente de mim, sem chances de perdão, reconciliação, volta, beijo, declaração e nunca-mais-me-abandona-meu-amor. O nosso fim chegou antes de um começo. E você me pergunta o que eu queria exatamente de você. E eu não sei te responder com a exatidão matemática que você espera. Eu queria tudo. Eu não queria nada. Eu queria um começo. Qualquer começo teria sido bom para quem nunca teve nenhum.

Estive pensando

MCDLEWE WB009
O ano é 1989. Mel Gibson, no auge de sua forma e carisma de astro de cinema, entra no mercadinho, vê Rika, seu par amoroso, uma linda secretária interpretada por Patsy Kensit (procure no Google, vale a pena, eu aguardo) segurando uma cesta que tem alguns legumes e frutas. Eles flertam um pouco e ele pergunta por que ela está comprando tão poucos itens. Com um sotaque sul- africano e um olhar capaz de forçar a natureza a acelerar a chegada da puberdade em 50.000 meninos de 10 anos, ela responde:
- Porque eu nunca sei o que terei vontade de comer no dia seguinte.
Pronto. Essa é a lição mais importante que você deve aprender sobre relacionamentos, e ela não está em “E O Vento Levou”, “Titanic” ou uma das dezenas de comédias românticas que saem todos os anos. Ela está em Máquina fucking Mortífera 2.
E qual a lição? Esta: os seres humanos são imprevisíveis. Por quê? Porque nem eles sabem direito o que querem. E quando sabem, ninguém garante quanto tempo isso vai durar. Essa imprevisibilidade do desejo é o que deixa o jogo do amor tão excitante. Ou assustador. Decidir de que lado do muro você se encontra é uma das grandes questões filosóficas do nosso tempo.

Eu, por exemplo, já fiz as pazes com o fato de que gosto de surpresas. Ou sustos: quatro namoros, sendo o segundo deles marcado aos 2 meses de namoro, e duas separações, o segundo deles pedido por mim após 6 longos meses de vida.
Como Rika, eu também não sabia o que (ou quem) eu teria vontade de experimentar no dia seguinte. Mas ao contrário dela, eu não comprei poucos itens e fui logo enchendo o meu carrinho com um compromisso que deveria ser para o resto da vida. Uma atitude irresponsável e idiota? Óbvio. Uma experiência que aumentou minha coragem e autoconfiança? Hell yeah.
No final, tanto faz você saber o que quer, quando quer, quanto quer num relacionamento. As surpresas virão, e elas não se importam se você as convidou para passar um feriado em sua casa ou se você trancou as portas, as janelas os olhos e o coração. Elas vão aparecer sem avisar (senão não seriam surpresas, dã). E elas podem ser inesquecíveis ou traumáticas. Afinal, o nome surpresa vem da combinação do francês surprendre, de sur, “sobre”, e prendre, “pegar, prender”, do latim prehendere, “agarrar, prender, pegar à força”. Imagine o que o bandido sente quando está achando que escapou e o Mel Gibson, com revólver em mãos, pula de um muro em cima dele. Surpresa é isso. E um bom namoro também.

domingo, 8 de março de 2015

Todo dia é dia da mulher

Mulher.... seja branca, morena, negra, magra, gorda, alta, baixa, rica ou pobre, enfim, o ser mais lindo que já foi criado, se eu pudesse usar uma única palavra para defini-las, seria ''Flor'', porque no meio de tantas coisas ruins nesse nosso mundo, lá estão elas para nos encantar, e cada uma delas um tipo diferente de flor, algumas atraem pelo cheiro, outras pela beleza, e algumas seduzem pelo espinho e machucam pelas pétalas.
Se você ama uma ''flor'', não a colha. Porque, se você colhê-la ela morre e deixa de ser o que você ama. Então, se você ama a ''flor'', deixe-a estar. O amor não está na posse. O amor está na apreciação.
Não sei quem foi que disse que Mulher é o sexo frágil, conheço mulheres que trabalham duro, e homens que não tem onde cair duro, as mulheres só são indefesas quando o esmalte está secando..
A graça feminina tempera a tragédia masculina, esteja com elas em todos os momentos, princesas não existem, mas seja o cara que vai fazer ela acreditar ser uma, ela vai ter seus altos e baixos, mas a vida é assim, se seu coração não passar por ''altos e baixos'' você morre..
Quando você tiver uma briga com uma por exemplo, ela vai querer puxar assunto com você em algum momento,e é fundamental ter senso de humor nessa hora, se ela te dizer que você está um gato
Então diga para ela que você tem 7 vidas á dedicá-la...
Você não suporta TPM? case-se com um homem, Mulheres menstruam, choram por nada, gostam de falar do próprio dia, gostam de se arrumar e ver se você vai notar, gostam de perguntar se elas estão bonitas, Não faça sombra sobre ela, mulher tem luz própria, se você quiser ser um grande homem, tenha uma mulher ao seu lado, nunca atrás.
Assim quando ela brilhar, você vai pegar um bronzeado. Porem, se ela estiver atrás, você vai levar um pé na bunda, ACEITE, mulher é assim.
Não comemorem só hoje mulheres, porque todos os dias são os dias de vocês.
<3

sábado, 7 de março de 2015

A vida imita a arte

Eu sei que não fui o melhor pra você, sei que eu errei mais do que acertei. Eu sei que não dei tudo o que esperava, mas dei tudo o que pude por você. Eu sei que não sou a melhor pessoa do mundo, mas por você eu tentei ser. Não sou a pessoa do sorriso mais perfeito, mas por você eu sorri, como se fosse.

Talvez seja tarde demais pra ver que nada é como a gente planeja. Lembra das vezes que eu prometia estar contigo sempre? Eu nunca menti. Eu abriria mão de toda a minha vida por você, sem pensar duas ou até uma vez. Nem sempre consegui te fazer sorrir, mas eu sempre tentei, mesmo que parecesse um idiota, e de fato parecia mesmo, tanto que era chamado de babaca. E eu sei, que eu te fiz sofrer, que te fiz chorar, mas nada disso foi minha intenção. Todas as promessas que te fiz, todas, eram verdadeiras. Mas você, pelo que vejo, não acreditou.

Você nem se quer acreditou no amor que sintia por você. Dói. Tá doendo e vai doer muito mais. Mas vou colocar um sorriso no rosto, porque aprendi com você que ninguém precisa saber. E não vou mentir, não vou tentar me enganar dizendo que não tá fazendo falta, porque está, ainda mais nesse sábado frio e chuvoso, exatamente em um dia assim que a gente começou a namorar . E ainda há de fazer muita falta. Mas eu abro mão de tudo, desde que você esteja sendo feliz. Eu deixo tudo, só pra que alguém te dê tudo o que não consegui dar, alguém que seja melhor que eu, alguém que te ame, e que você seja capaz de acreditar.

Eu só espero, de todo o meu coração, que um você acredite no que ele sente por você. Porque eu não fui capaz. Mas não quer dizer que não tenha te amado. Não quer dizer que não te amo. Hoje, eu só te deixo livre, te deixo ir, pra ser feliz. Porque ninguém é feliz ao lado de alguém como eu. Eu te entendo, você se cansou né? Você merece alguém menos complicado. Alguém que realmente mereça o seu amor. Não sei se a gente vai se falar outra vez, não sei quando meu celular vai vibrar e vai ser uma mensagem sua. Não sei como será o amanhã, como vai ser daqui pra frente.

Mas eu quero te pedir uma coisa. Se é que tenho esse direito. Não desista de você, não desista da sua vida, não desista da sua felicidade por alguém como eu. Você merece muito mais do que isso. E saiba que eu nunca me cansei, e que nunca adiei nada. Eu permaneci contigo, porque eu te amo, de verdade. Eu nunca disse isso da boca pra fora. Talvez tenha te amado mais do que eu devia, mais do que eu aguentava ou até mesmo imaginava. Mas pra você, foi pouco,os meus erros falaram mais alto. Eu só espero, que você realmente seja feliz. Eu quero me desculpar pela última vez.

Me desculpar por ter cruzado teu caminho pra ser mais uma cicatriz, pra ser mais um dor e uma decepção. Me desculpa por ter ocupado o lugar que deveria ter sido de alguém que realmente merecesse.
Me desculpa por ter planejado uma vida ao seu lado, junto com nossas duas filhas luna e juju. Me desculpa por te atrasar em seus planos. Não queria ter sido isso. Hoje, eu vejo o mal que lhe fiz, e do fundo do meu coração. Me perdoa, por ter te prendido tanto tempo, te impedindo de ser feliz. Mas é agora, que em meio a todas essa lágrimas, eu deixo meu “adeus”.

É agora, com o nó mais bem dado na garganta, com os olhos cheios de lágrimas que eu digo, “Se cuida, e não desista nunca de você, do seu sorriso que é perfeito, da sua felicidade, que deve ser maior do que todo o bem que você me trouxe.” E a última coisa que quero te lembrar, algo que acho que jamais irei esquecer…

E não esquece. Ou melhor, espero que um dia acredite. Eu te amei e amo da forma mais profunda que já amei alguém. Eu te amo mais do que tudo o que imaginei chegar perto da definição do amor.


quarta-feira, 4 de março de 2015

Palavras doces......

É engraçado que sempre idealizamos um encontro perfeito, eu mesmo pensava assim, imaginava que se encontraríamos em uma praça repleto de flores, onde ela estaria com seu salto alto, usando pulseiras da jamaica, calça jeans, blusinha básica, e ao me ver daria aquele sorriso tímido e falaria, “você veio mesmo babaca”.

Mas como poderia imaginar que o nosso encontro seria totalmente diferente do planejado? que os sorrisos e risadas, seriam de lágrimas e sofrimento? ninguém está pronto pra perder alguém, mas as vezes temos que imaginar o ruim, somente assim cairemos na real que as pessoas não são eternas.

No fundo sei que ainda a gente vai poder se encontrar um dia, você vai estar com um vestido branco, cabelos soltos e com um arco de flores na cabeça, como um anjo, chegarei por trás e direi, “Desculpa a demora, mas acho que te devo um abraço.”

Uma menininha de olhos claros

Hoje ao deletar algumas coisas em meu laptop, me deparei com uma foto de uma menininha de olhos claros, minha memória é uma vaga lembrança do que essa foto significa ou significou pra mim, ela seria um espelho de como minha filha seria com uma determinada pessoa.

É estranho eu ter criado momentos nunca vividos, cenas criadas por um amor que talvez nunca volte a existir. Minha falha e vaga memória resgatou imagens e cenas dessa garotinha chamada Luna, seus pequenos e lindos olhos azuis me lembraria da perfeição do olhar que eu achava de sua mãe, seu estilo de se vestir lembraria de mim, meu cérebro consegue fazer eu sentir por um instante suas pequenas mãos se encaixando entre meus dedos, da sua linda risadinha e de ver suas pálpebra se mexendo ao dormir.

Faz-me lembrar dos seus pés descalços correndo pela sala, de seus brinquedos espalhados pelo chão, e de sua mãe furiosa pela bagunça feita, e do doce som de nossas risadas misturadas a dele, por pular em cima de nós.

Eu as vezes queria deletar várias coisas de minha cabeça assim como eu estou deletando essa foto, queria que apenas uma tecla “delete” tirasse tudo que eu senti, criei, e planejei. Mas percebo que não consigo, pois a vida é feita de momentos, por mais bestas que sejam como esse.

Já faz alguns meses que tento esquecer de tudo, mas todo esquecer é temporário, uma hora ou outra vai se dar conta de que algo esta faltando, esquecer pra mim não existe, não tem como, não a meios, não tem como esquecer o que já aconteceu, o que se planejou, o que se criou, o que se gostou, esquecer é temporário até você se lembrar de novo.

Mas por Deus, como eu gostaria mil vezes de tentar esquecer que uma linda menininha deixou de existir.

Carta de amor

Você não parece mais ser a mesma, de certa forma algumas atitudes suas no passado me magoaram muito, Apesar de todos seus erros eu sorria e fazia de conta que nada ali tinha acontecido.
Mas hoje as coisas estão totalmente diferente, Eu rezo toda as noite e peço para Deus que tudo na sua vida de certo, independente se está comigo ou não, o destino foi muito generoso quando te colocou em meu caminho, e sempre irei me lembrar do quanto você me fez bem.
Você foi diferente de todas as mulheres que já apareceram em minha vida, acima de tudo a mais louca. Se algum dia se lembrar de mim no futuro no qual eu sei que não farei parte, espero que se lembre de mim com muito carinho.
E quero que saiba, eu sou capaz de tudo, e espero que o futuro lhe de a chance que você deu a mim, que você sinta o que é amar!
Até mais!

terça-feira, 3 de março de 2015

Os lados da história

O lado dela da história:Eu terminei com ele hoje. Eu disse a ele que não estava feliz, e ele nem perguntou o motivo. Eu pensei que ele me pediria para ficar, mas ele não o fez, ele apenas me deixou ir. E eu simplesmente perdi o garoto que esperei por tanto tempo.
    O lado dele da história:Ela terminou comigo hoje. Ela disse que não estava feliz, e eu estava muito machucado para perguntar o motivo. Eu pensei em pedir pra ela não ir embora, mas se ela não estava feliz comigo, não há como pedir a ela para ficar. Então eu a deixei ir, e acabei perdendo a garota dos meus sonhos.

Um pensamento qualquer

 Porque você deixou ela ir? porque deixou seu sonho escapar de suas mãos e ir parar nas mãos de outro?
-Eu precisei deixar ela ir, por mais que eu quisesse eu não poderia deixar que ela continuasse naquele capitulo do meu livro, não sei exatamente onde ela foi parar ou viver, mais prometo que se um dia estiver por aí livre, irei ao encontro dela

Âncora

Eu vou segurar a sua mão, vou te ajudar a remar quando as águas ficarem turbulentas. Mas eu nunca vou deixar o nosso barco se perder, naufragar. E se por acaso tudo ficar complicado demais, eu te abraço até o mar se acalmar. Eu te dou todas as certezas do mundo de que se você vier e que quando tudo isso passar, estaremos em um lugar seguro. Mas você tem que me prometer que não vai desistir no meio do caminho, querer deixar a embarcação ou até mesmo querer remar sozinho. E se tudo parecer perdido me dê um pouco da sua atenção. Eu vou te fazer entender que tudo o que temos consegue ser maior que todos os males que o mar tende a oferecer. Porque o nosso amor é como uma âncora. Ela vai tratar de manter o nosso barco seguro nos momentos de tempestade.

segunda-feira, 2 de março de 2015

Alguns infinitos são maiores que os outros

Existem coisas em nossas vidas que mesmo questionáveis sabemos que deveriam acontecer. 
Às vezes fica difícil de aceitar ou entender pois a dor nos torna egoístas. 

Se lembra de quando prometemos nunca nos machucar? e que iríamos envelhecer juntos? Não cumprimos essa promessa nem dois segundos após a fazer, pois sem perceber cavávamos espaços em nossos corações para vivermos sempre juntos. Isso em meu ponto de vista é machucar, então não se preocupe com o seu grande erro, ele foi só mais um em meio a tantos outros que cometemos. 

Os céus mudam de cor às vezes e o sol nem sempre tem a mesma intensidade. Tudo já se provou relativo então porque nosso amor não seria?

Não é porque morremos que devemos eternizar erros como doces momentos. Os erros aconteceram sim mas os acertos também. 

Brigamos, erramos, exigimos, nos perdemos. Mas também brincamos, fomos companheiros em momentos bons e horríveis, cuidamos um do outra, sorrimos, amamos, nos demos apelidos fofos e engraçados....

Mas como no meu último texto referente a você, sabemos que alguns infinitos são maiores que os outros. 

Eu decidi que não quero mais impor competições com você, nada vai adiantar eu estar melhor ou você estar melhor pois lembra-se do que eu disse ali em cima? Tudo é relativo. 

Não vejo motivo para impor uma guerra com quem já foi o motivo para eu guerrear. 

Então pra que criar ilusões de vitória de uma guerra onde todos são fantasmas, uma vez que nós dois já estamos mortos em nós?

Então saiba minha pequena luna, que hoje às coisas podem ter mudado entre a gente, e o que foi já não existe, mas o nosso infinito existiu, e por grandes momentos você foi a razão de eu acordar e acreditar em um dia melhor. E que o príncipe dilacerado e a luna podem ter morrido no dia em que você me trocou, mas que o ''nós'' sempre será a imagem de juntos abraçados em um banco de praça, envergonhados e olhando um para o outro. Esse era o nosso infinito, que permanecerá sempre vivo aqui dentro de mim, mesmo que muita coisa aqui dentro tenha morrido, após o furacão que passou por mim.

Raramente alguém agradece aquele que errou conosco ou nos magoou muito, esquecendo que um dia esse mesmo alguém fez coisas notáveis por nós. Eu agradeço você por todos os beijos, por todas palavras, até mesmo por todos os erros e também por ter me amado.

E mesmo você nunca tendo me pedido perdão, bom... eu perdoo você!
 
 

O Karma

Talvez em uma outra vida teríamos tudo que tanto desejamos um dia ter nessa. Talvez em uma partição do multiverso seríamos protagonistas de um clássico.
Aos maldosos e incomodados, digo que sobreviveremos. 
Me sinto uma droga por tudo que já te disse, por não ter te agarrado com garras e unhas. Mas queria ultrapassar a linha de chegada.
Cúmplice de um erro que nem tenho tanta culpa assim... Minha cabeça estava uma loucura.
Eu poderia só chegar e ser alheio à sua vida. Ser bem filho da puta e te enganar, manter um personagem. Passar a mão na sua cabeça e te iludir com palavras fúteis. Bem, se fosse assim iria preferir ser esse carente arrogante.
Você era minha droga.
Te machucar acabava comigo, até mais do que se estivessem me machucando.
Precisava sumir.
Para qualquer lugar, pegar essa estrada e dar o fora... Passar fome, comer o pão que o diabo amassou. Descobrir o mundo.
Era tão inocente ainda.
Não tratava-se de loucura: era necessidade. Não sou vendedor, então desconsidere o fato de que exagerei/diminuí em algo para te agradar.
  Queria ter pego na sua mão, para fugirmos pra bem longe, viajar por todo o mundo..
Sabe, estava olhando sua foto hoje, e é como se eu pudesse viver o dia 18 a qualquer momento.
Não sei.
Vocês já tiveram uma sensação de ter conhecido a pessoa há milênios. E o novo dela nem parece novidade?
  Era irônico o fato de eu justificar sua importância na minha vida, já que qualquer um já sabia que pertencia a ti.
Bastava olhar nos meus olhos que eles diriam seu nome.
Caramba, estou mais uma vez sorrindo ao lembrar.
Eles fingiam não saber o motivo, mas é por causa daquele sorriso e daqueles olhos verdes que não estou em paz.
Vivendo uma loucura, seguindo o contrário do que já planejei um dia. A bagunça é tão grande que tem horas que nem sei onde estou.
E quer saber? Nem quero.
Vou apodrecer nesse lugar, sentindo as dores do purgatório. Enfrentando a mim mesmo todos os dias. Ora anjo, ora diabo.
Um louco.
Já que já existe um alguém que está desconstruído pelos seus encantos. Seguindo seus passos...
Inconsequente. Ingênuo.
Não planejo sair em busca de um amor por um bom tempo, e sei que isso não é o mais inteligente.
As pessoas estão falando que o correto é eu ir fundo, que pessoas me esperam...
Mas só me basta ver seu sorriso que a opinião delas se tornam apenas opiniões.
Perdoe-me pelo karma, mas eu também compartilho dele. Desculpa se te fiz uma bagunça quando estive do seu lado, mas aqui está bem pior.