segunda-feira, 30 de junho de 2014

Ela

Sabe o que é o mais engraçado ? é que tudo que escrevo tem como inspiração maior você, mas quando quero falar diretamente da sua pessoa, eu me enrolo todo, não consigo me expressar, ou se quer escrever algo decente que não seja tão meloso assim, porque sei que você não gosta de muito romance, e é meio impossível não ser romântico quando se trata de você, mas tudo bem, não preciso citar seu nome, pois o vento sopra a BRISA, e de repente você aparece por aqui e lê tudo isso.
 Dia 07 de maio, me lembro exatamente o dia, estava péssimo, não tinha vontade de entrar na internet, ou em qualquer outro site de entretenimento, mas nesse dia resolvi entrar, alguma coisa me disse que eu tinha que entrar, acessei minhas mensagens e olhei para o feed de notícias, aquelas babaquices que os outros postam sabe ? nada de tão interessante assim, mas dentre tantas coisas desnecessárias, uma me chamou atenção, uma menina loira, batom vermelho, aqueles vermelhos bem fortes mesmo, não tinha como não chamar atenção, e ela me chamou, na sua postagem existia os seguintes dizeres: '' WhatsApp alguém ? passa o número que eu adiciono''. Bom, eu não sou de passar meu número para quem não conheço, mas ela eu já conhecia, não assim pessoalmente, mas conhecia, lembrava dela de uns tempos atrás, uma pessoa doce, ou como ela diz ''doce como um limão''. Mas enfim, chamei ela no privado e passei meu número a ela, que minutos depois já me chamava para confirmar.
 A partir dali, ela começou a perceber que eu não estava nada bem, e não era pra menos, terminar um relacionamento de 5 meses não é muito fácil, ela começou a me falar algumas coisas, eu falava tanto do meu sofrimento com ela, que as vezes pensava que logo ela iria passar a me ignorar, mulher nenhuma gosta de ouvir você falar da sua ex, e vice-versa, mas não, ela continuou conversando comigo,e de repente ela saia e só voltava no outro dia de manhãzinha, e todas essas manhãs na qual ela entrava, eu lhe mandava uma mensagem dizendo '' Está ai ? '' e uma vez ela me disse '' Levantei para ir ao banheiro, mas pode falar'' e eu começava minha manhã bem, conversando com ela.
 Ela me disse que se fosse para me ver ficar bem, ela encheria meu saco o tempo todo se fosse preciso, e eu disse que seria um favor ela me fazer isso, só que o que era pra ser só me fazer ficar bem, se tornou maior que isso, não só ela me fez ficar bem, como eu também a fiz ficar bem, se sentir bem, era palavras carinhosas a todo momento, que foi melhorando ao passar dos dias, porque começamos um a xingar o outro, mas aqueles xingamentos fofos sabe? como babaca, idiota, otário, jumento, burro, asno etc.
 E era todo dia assim, dava 7 horas da manhã e essa dita cuja me vinha com um ''bom dia m.amor'', eu nunca fui de acordar cedo, mas estava passando a acordar, porque sabia que teria uma mensagem dela, e ficávamos o dia todo conversando, ou melhor, até as 14:30, porque era o horário que ela saía para trabalhar, ela trabalha na TAM, as vezes a conversa se estendia até umas 17:30, porque ela colocava créditos e assim que entrava no ônibus, já ligava o celular e me chamava novamente, aiai quanto love.
 Ela chegava em casa as 22:15 por ai, e sempre me chamava claro, ''Boa noite m.amor'' e eu respondia ''Boa noite minha princesa'' e agora vem a explicação do porque ela saía sem falar nada das outras vezes, era porque chegava cansada do serviço, e bastava apagar as luzes para que ela esquecesse o mundo e caia no sono.
 Os dias se passaram, 16 de maio eu resolvi fazer algo, porque ela merecia não é mesmo ? me tirou da tristeza, me fez bem, me mostrou a pessoa maravilhosa que era, foi então que esperei ela entrar, e enfim pedir ela em namoro, eu me lembro a felicidade que ela ficou '' Mas é claro que eu aceito, óbvio, com certeza, sim, sim, sim....'' E lá estava eu, em um relacionamento sério com uma mulher séria, que sabia o que queria, eu estava no auge da felicidade, sorrindo de tudo, rindo para todos, como pode uma pessoa transmitir um bem tão enorme assim ?
 Eu sabia que ela também estava do mesmo jeito que eu, ela vivia falando de mim para os amigos dela, na escola todos já sabiam que ela estava namorando sério, os meninos, e até algumas meninas que eram afim dela, tomavam tocos como um '' Sai, eu tenho namorado''. Na real ? como era bom ter enfim uma pessoa que falasse isso para quem quer que seja, ter uma pessoa que era só minha, e não de todos, menina, porque tão perfeita ?
 Passaram mais alguns dias, até o primeiro '' Eu te amo'' sair da minha boca, ou dos meus dedos né, porque foram ditos por mensagens, foi em um sábado frio, dia da final da champions ligue entre Real Madrid e Atlético de Madrid, ela me chamou de bobo, pois ela queria falar isso pra mim pessoalmente, olho no olho entende ? mas ainda sim ela disse '' Eu amo você também meu babaca''. Não preciso dizer que me derreti todo né ?
 Minha melosa, ela odiava que eu chamasse ela assim, porque ela não é, só que do nada ela começava a ser e nem percebia, ai eu deixava, rsrs tudo culpa do amor, e da sementinha que eu havia plantado no coração dela.
 Algum tempo depois, conheci a irmã dela, a SAGUI, eu sei que você vai ler isso e vai lembrar do quanto riu quando disse isso, na verdade é samara o nome dela, como se já não bastasse a namorada perfeita que eu havia conquistado, ganhei em dobro, pois a cunhada também era super gente boa, e super torceu pra gente ser feliz juntos.
 É meu amor, o tão sonhado primeiro encontro, o que é o primeiro encontro para as mulheres ? é o momento perfeito, em um lugar perfeito, com tudo perfeito, só você e a pessoa que ama do seu lado, um momento especial, mas o nosso foi totalmente diferente, aconteceu numa noite fria, em frente a um terminal, e cheio de gente ao redor mesmo, ela com a sua roupa social, havia acabado de chegar do trabalho, eu desci para encontrar ela, fiquei meio assim, vesti todas as roupas do armário para ficar a altura dela, e por fim acabei indo de qualquer jeito mesmo, essas coisas de se arrumar perfeitamente não é comigo, mas por fim fui ao encontro dela, assim que olhei para o outro lado da rua, já tinha visto ela, e meu sorriso já era notável, assim que ela me viu, já veio correndo em minha direção, toda contente e me abraçou forte ( Pausa para eu cair em lágrimas, pera ai) .... pegou no meu rosto, e disse '' Olha o que você fez comigo seu babaca'' e fez aquela carinha de mulher apaixonada, foi ai que eu a beijei rapidamente, e levei ela para sentar do outro lado da praça, e ali ficamos olhando para cara um do outro, mas também nem precisava mais não é mesmo ? a gente conversava por olhares, dois apaixonados se entendem até calados, eu a beijei novamente, e dessa vez pude sentir o que havia despertado nela, logo depois fui levar ela até o terminal, para pegar sua pirua e voltar para casa, porque já estava muito tarde, então entrelacei minha meus dedos com os dela e assim fomos, e esse foi nosso primeiro....E ultimo encontro, isso porque a minha perfeição em estragar tudo falou mais alto...
 Assim que cheguei na minha rua, alguém me disse as seguintes palavras '' Rafael, essa ai é pra sempre em, essa você não pode vacilar, essa menina é muito perfeita, muito linda'' eu balancei a cabeça e concordei, quando entrei em casa pensei '' Nossa, mas será que eu não sou ao menos bonitinho pra ela ? '' e foi ai que o grande otário se deixou levar por esse pensamento, e começar uma briga besta com a mulher da minha vida, que mais pra frente levaria ao fim do nosso namoro, eu comecei a sair de mim, me confundi com as minhas próprias palavras, um mal enorme tomou conta de mim, não machuquei apenas ela, como me machuquei também, comecei a me cortar ( Deus tenha perdão disso tudo) e como se não bastasse também mandei fotos pra ela desses cortes, CARALHO O QUE DEU EM MIM ? digamos que fui perdendo ela aos poucos com isso, e quando tentava consertar, acabava piorando tudo, quando o mal entra no seu corpo, tudo é motivo para briga, e esse mal me fazia pensar que ela me ignorava porque não gostava mais de mim, ou porque conversava com outra pessoa no meu lugar, mas não, eu mesmo provoquei isso, ela fez o certo em se afastar de mim, se eu não tivesse dito nada depois que sai daquele encontro, estaria tudo as mil maravilhas com a minha princesa agora.
 Hoje, dia 30 de junho, 03:50 da madrugada, estou aqui, sentado em uma cadeira escrevendo isso, acompanhado de uma xícara de café bem quente, e do mesmo jeito que eu estava no dia 07 de maio, estou agora, triste, mal, para baixo, só que dessa vez ainda pior, pois não fui abandonado por ela sem explicação, teve sim uma explicação, várias por sinal, a explicação que define o quão idiota fui, deixei passar a mulher que daqui uns anos, seria a mãe das minhas duas filhas, e um filho, a mulher que ama desenhos, a mulher que ama Adventure Time, a mulher que trabalha na TAM, a mulher que tem uma irmã perfeita, a mulher que vez por mim em 1 mês, o que nenhuma outra havia feito antes, que foi me fazer sentir vivo novamente.
 Há, se eu tivesse como voltar no tempo e observar mais o seu rostinho todo bobo e apaixonado me beijando, seus olhos fechados, meu deus, como pude ter sido tão I-D-I-O-T-A de não perceber que você estava completamente apaixonada por mim ? você ali me beijando, toda apaixonada e olhos brilhando, aaah como eu me culpo por isso.
 Hoje vou fazer algo que já tinha em mente a alguns dias, mas que vai ser pro meu bem, e que vai me fazer bem com certeza, que é voltar a frequentar minha igreja, voltar a fazer parte do coral da igreja, me tornar uma pessoa melhor do que era antes, e desse vez sem o mal do meu lado, ele nunca mais me afetará, e amanhã eu enfim começo a trabalhar no Hopi, são mudanças acontecendo na minha vida. e você, minha princesa caroço, ao contrário de tudo que vou afastar de mim, você vai ficar, do lado do meu coração existe o seu nome gravado, e digo do lado porque não considero que esse seja o fim, quando eu achei que deveria colocar um ponto final, uma voz me disse que deveria acrescentar uma vírgula e um sinalzinho de ''?'' e essa voz foi da minha mãe, e assim quando eu de fato estiver melhor e recuperado disso tudo, basta empurrar seu nome pro lado, que ele vai voltar para o lugar de onde jamais deveria ter saído, do meu coração.
 Você não é obrigada a me esperar, mas eu sei que mais cedo ou mais tarde a gente vai estar junto de novo, e dessa vez meu bem, sem erros, sem sustos, porque a vida já me ensinou da maneira mais cruel possível, que não devo deixar você escapar, se tem um lugar para onde eu quero voltar, esse lugar tem seu nome, sobrenome, endereço, tem seu rostinho de boneca, sua boquinha pequenina, e seu jeito babaca de ser.
 O destino reserva algo especial pra gente, eu sinto isso.

domingo, 29 de junho de 2014

Lágrimas

Minhas lágrimas nunca foram argumentos para explicar a real obsessão que eu sentia por ela, nunca foram argumentos para explicar porra nenhuma, na verdade. Eu só chorava, chorava, chorava, baixinho, e ela fingia que não ouvia porque é isso que em geral fazem quando encontram alguém chorando, não? E quanto mais eu tentava parar com a choradeira, mais eu chorava, me debruçando igual criança querendo o suco de uva da geladeira. E eu ainda esperava, cara, esperava um tocar de dedos sobre os ombros e aquela voz mansa tocar-me os tímpanos, ou qualquer voz mansa, qualquer uma, só para me dizer qualquer coisa dessas não-chora-estou-aqui-fica-tranquilo-meu-bem, mas não. Não veio toque e voz nenhuma para dizer o que eu deveria ou não fazer, e por isso não fiz coisa alguma, só continuei aqui, me relacionando com o vazio, esperando respostas das perguntas que já nem lembro de ter feito, olhando pela janela do quarto e tentando entender o porquê das coisas serem tão cruéis comigo como são.

Escrever por escrever

Entrei no quarto e escrevi uns dez poemas sobre a vida, um atrás do outro, com vontade de rasgar o mundo e jogá-lo no vaso, com direito à descarga e tudo. Mas o mundo é grande demais pra isso, então me contentei em rasgar só meus braços, e alguns papéis. Jogo sempre o que não presta ao lado da cama. Pilhas e pilhas de papéis amassados, rasgados, trucidados, sem esperança. Minha irmã reclama. Joga logo essas porras no lixo, ela diz. Não jogo. Esses pedaços de papel valem muito, cara. Eu achava que não valiam, mas valem. Toda e qualquer coisa sempre vale alguma coisa para alguém. Ah, isis, vou jogar nada no lixo não, eu berro do quarto. E deito por uns vinte segundos, e nesse meio tempo lembro de ter escrito um artigo sobre estupros coletivos na Índia quando fazia o primeiro ano do ensino médio, mostrei pra minha irmã e ela me perguntou pra quê caralhos eu estava escrevendo sobre estupros coletivos na Índia. Sei lá, porra, escrever não tem porquê. Saí do quarto. Vi minha irmã deitada no sofá. Voltei pro quarto e escrevi sobre minha irmã deitada no sofá assistindo domingão do Faustão. Escrevi um página e meia falando mal do Faustão e esqueci que o foco do texto era minha irmã. Saí do quarto, peguei a xícara e procurei pela garrafa de café. Não tinha café. Guardei a xícara. Voltei pro quarto. Escrevi meia página sobre uma xícara de café solitária que não tinha um companheiro, pois as garrafas de café andavam meio difíceis, fazendo cu doce. Mais uma página, agora sobre pessoas que fazem cu doce. Agora mais uma, sobre pessoas que fazem cu doce mesmo quando não querem fazer. Mais uma, sobre pessoas que não fazem cu doce porque sequer conseguem ter a chance de fazê-lo, de tão solitárias e desprezadas. E outra página, agora sobre aquele cara que nadava num rio da Austrália e deu de cara com um tubarão que sequer o atacou (porra, como assim?), e mais uma, sobre aquele gol do Van Persie no primeiro jogo da Copa do Mundo no Brasil, puta que pariu, que golaço. Ou então sobre a seleção da Alemanha, Müller joga muito, não acha? E a mordida do Suárez, então? Caralho, eu ri bastante, ele deve ter alguma doença. Bem, fodam-se essas coisas todas. Vou dormir, esquecer o mundo, porque agora também perdi o que mais me inspirava a postar nesse blog chato e parado, que ela ainda deve acompanhar, um salve pra você branquela. É isso. Ah, antes disso, mais uma página, agora sobre…

Voltando ao estado da amargura

Me arrependo por não ter te ensinado a ser um pouco mais forte comigo. Por não ter te dito o que me deixava destruído por dentro. Por ter deixado passar tantas oportunidades de recomeço com você. Me arrependo por não ter te mostrado que existem belezas escondidas na dor. Por não ter segurado teu coração com força na hora em que você precisava de um pouco de paz. Por não ter suportado conviver com o seu sofrimento silencioso. Me arrependo pelos sorrisos que não te dei, pelas desculpas que não pedi, pelos abraços que nunca aconteceram. Por convidar o orgulho para entrar e não ter te percebido na hora exata. Me arrependo por tudo que joguei no ralo, por não saber o que te dizer para entender o quanto te amo. Por engolir palavras e cuspir rancores. Me arrependo por ter acreditado que as coisas são eternas. Por não ter compreendido que tudo na vida tem um fim. E por não ter aproveitado melhor cada instante em que ainda tinha você só pra mim.
Finjo te entender, porque não quero magoar ninguém. Este é o único ponto fraco que tem me levado à maioria das encrencas. Tentando ser bom com os outros, muitas vezes tenho a alma reduzida a uma espécie de pasta espiritual. Deixa pra lá. Meu cérebro se tranca. Eu escuto. Eu respondo. Eu me culpo e me mato a cada dia, cada vez um pouco, por perder a pessoa que eu tinha certeza que levaria junto a mim a vida inteira, a minha branquela azeda, todos olham para mim e pensam que só estou deprimido, mas eles são burros demais para perceber que não estou mais ali.

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Será que não percebe ?

Será que não percebe?
Meu amor, não sou mais uma pedra no seu caminho, quero te fazer feliz.
Meu amor, não te dou motivos para me odiar, então porque evitar o inevitável?
Meu amor,aquelas palavras ditas por ele são tão normais, tão óbvias, mas para você parece tão especial,será que ainda não sofreu o suficiente?
Meu amor, Eu te esquentaria nas noites frias,escolheria silêncio para te ouvir, faria com que cada palavra entrasse em seu coração .
Meu amor eu te faria rir ,eu te daria conselhos, amaria seus defeitos, tomaria suas dores, te faria brilhar mais que as estrelas .
Meu amor, eu abriria mão de cada momento importante da minha vida para ficar ao seu lado o menor tempo que fosse, faria com que me desejasse a cada segundo ,eu faria seu coração bater mais forte.
Meu amor ,você choraria cada vez que olhasse para a nossa foto, faria com que o tempo lembrasse você que eu existo ,mesmo que o tempo te machuque ,mesmo que o tempo te faça sofrer.
Meu amor ,eu brincaria de me importar com o que você pensa, eu ficaria do seu lado mesmo que os ventos soprem contra você.
Meu amor eu sou o ultimo grito ,sou tudo o que você não conhece, sou tudo o que dizem ,mas se me conhecesse veria que sou muito mai que isso ,posso te oferecer todos os sentimentos maravilhosos que não quiseram te dar.
Meu amor,não me subestime,um coração é muito mais do que os olhos podem ver, não me julgue por minhas atitudes, esqueça os falatórios inúteis , quero te sentir em meus braços ,será que não percebe?
Meu amor,eu faria a melhor das canções dedicada a você, faria com que te invejassem.
Meu amor ,eu te blindaria contra qualquer mentira, fecharia os seus olhos para o que há de ruim ,será que não percebe ?
Meu amor ,eu faria mil promessas de amor eterno ,seria seu orgulho matando seu rancor ,estou diante de seus olhos ,será que não percebe ?
Já não tenho forças para gritar mais alto, ainda sim um som tão perto do silêncio, você nunca levou a sério, não imaginou o que é ser feliz, estou na sua frente será que não percebe?
Amar fecha seus olhos ,sofrer os deixa abertos como meu coração, se sofrer te ajuda a enxergar, se sofrer te ajuda a não errar ,esperarei o tempo que for, mesmo que a ansiedade persista ,o sonho de ter você sempre falará mais alto e no final isso será mais forte do que qualquer sentimento, eu prometo.

Cruel realidade

Aí chega um ''clipe'' espertalhão, arromba a tranca com o único intuito de ''Abrir o cadeado'' e depois vai embora, Daí o cadeado começa a reclamar que toda ''chave'' não presta, mas na verdade é o seu segredo que não é nada seguro. Se é que me entende.

Morrendo por dentro

Olhos que não enxergam, bocas que não falam, corpos que não andam. Almas cansadas, mentes vazias. Quão bonito é a poesia dos deprimidos, repleta de palavras que tocam, que fazem refletir, mas que ao mesmo tempo não consegue passar o que se esperaria. Todo o caminho pelo qual já percorri, estradas lotadas de multidões solitárias. O peso do arrependimento e a amargura da insatisfação. Como dói não ser suficiente para alguém. Meu eu que agora chora, em busca de uma libertação, pois viver assim já não é aceitável. Eu já não quero muita coisa, mas o pouco que quero já é muito para quem não tem nada. O que fazer, quando nem mesmo as lágrimas são capazes de expor o cansaço emocional? Tu não sabes, eu não sei, ninguém se importa mais. Eis então uma única solução: mate o que está matando você, ou não se importe em morrer.
Hoje fui  fazer um teste para um emprego, haviam tantos adversários e o máximo que eu conseguia fazer na prova era rabiscar seu nome em todas as questões. Por fim, não passei no teste para o novo emprego.... Mas não foi isso que me intrigou. O mais engraçado foi que eu também reprovei no teste do seu amor.

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Nada é por acaso, observe os sinais

De uma coisa podemos ter certeza: de nada adianta querer apressar as coisas. Tudo vem ao seu tempo, dentro do prazo que lhe foi previsto. Mas a natureza humana não é muito paciente. Temos pressa em tudo! Aí acontecem os atropelos do destino, aquela situação que você mesmo provoca, por pura ansiedade de não aguardar o tempo certo. Mas alguém poderia dizer: Mas qual é esse tempo certo? Bom, basta observar os sinais. Geralmente, quando alguma coisa está para acontecer ou chegar até sua vida, pequenas manifestações do cotidiano enviarão sinais que podem ser a palavra de um amigo, um texto lido, uma observação qualquer. Mas, com certeza, o sincronismo se encarregará de colocar você no lugar certo, na hora certa, no momento certo, diante da situação ou da pessoa certa! Basta você acreditar que nada acontece por acaso! E talvez seja por isso que você esteja agora lendo estas linhas… Observe melhor o que está à sua volta. Com certeza alguns desses sinais já estão por perto e você nem os notou ainda. Lembre-se que o universo sempre conspira a seu favor quando você possui um objetivo claro e uma disponibilidade de crescimento

O que é saudade ?

Essas coisas matam sim, você não sabe porque não te ensinaram. Essas coisas, essas mesmo, em conjunto perfeito, assustadoramente harmoniosas, matam qualquer um, com consentimento da vítima ou não. Mas que coisas? Esse silêncio e essa confusão que mora aí, entre esses espaços de tempo que não percebemos passar por nós. Passando. Passando porque ainda passa; e se não passasse, não haveria porquê escrever – já que o meu ato de escrever depende da noção do movimento, do dinamismo, da velocidade com que as coisas vão ou ficam. A lentidão com que se esvazia em dias de poucas palavras é só um prelúdio do que virá depois, em noites que não são tão noites; em madrugadas que não são madrugadas; em dias que não parecem esses mesmos dias que se vê com os olhos, mas sim com o eterno ontem que nunca ousou e nunca ousará passar. Esse silêncio e essa confusão que paira sobre os cantos do quarto e do mundo – meu mundo, talvez nosso – não precisariam de explicação, isso se não passassem aqui, agora, enquanto olho para essa alma morta, jogada por sobre as palavras escritas que só são escritas devido a minha ânsia de explicar o que nem eu mesmo entendo. Me embaraço, porque isso tudo é paradoxal demais para minha consciência. Me calo, porque não sei o que fazer, mesmo sabendo que as palavras não ditas pela boca me matarão. Esse silêncio mata. Essa confusão mata também, rapaz. Só que ninguém vê essas duas coisas juntas matando alguém por aí, porque elas também passam. E se não passassem, isso tudo não seria assassinato; seria suicídio, esse que a gente já conhece e realiza o tempo todo, em vida, nessa vida que só se chama vida e é vivida porque também passa.
Mas, o que é saudade ? um amor que passou pela sua vida ? uma dorzinha que dá quando alguém que você tanto ama está a quilometros de você ? ou até então uma dor muito forte que mata aos poucos por dentro de alguém que está do outro lado do mundo ? NÃO.
Saudades é isso que vou te falar agora, sei que você aparenta ser forte assim por fora, mas sei que por dentro existe um ser tão frágil quanto um algodão, que também chora escondido sem ninguém ver, então vamos lá.
 Eu com os meus 10 anos de idade, você com os seus 7, duas crianças mimadas que viviam correndo pra lá e pra cá no quintal de casa, passávamos o dia todo brigando, e no finalzinho da tarde voltávamos a nos falar normalmente, porque criança é assim mesmo, eu pegava todos os meus brinquedos do street fighter, e alguns geloucos, batia na sua porta e o seu pai abria a porta e me mandava entrar, e ai se deixasse virávamos a noite brincando, naquela época não tínhamos ideia do quanto isso era legal.
 Nos dias de semana, teu pai me chamava pra ir com vocês de bicicleta na casa da sua irmã, e eu todo alegre pegava minha bicicleta e ia, caralho como isso faz falta.
 Falando um pouco de mim também, todos os sábados minha mãe esperava eu acordar, ia para a ginástica dela, que ela tanto gostava, e quando chegava, vinha até mim, me dava um beijo de bom dia, e perguntava se eu queria ia para o shopping, e eu todo alegre levantava da cama e me arrumava para ir, era só pegar o tremzinho e chegava lá rapidinho, ela me levava direto para o mc'donalds, gastava o dinheirinho que ela lutava pra ganhar comigo, coitada..... as vezes ela não tinha dinheiro, mas ainda sim me levava, e eu ficava admirando as vitrines, aquelas coisas caras que eu sabia que não eram pra mim, meus deus, quanta falta isso faz...
 O seu pai, sempre dando o que você pedia, como aquele Playstation 1 lembra ? você insistiu tanto, mais tanto, que um dia ele te chamou e foi lá comprar ele pra você, tudo pra te ver feliz, era sempre assim, mesmo brigando com você, falando coisas que fazia você chorar, ele sempre acabava cedendo, porque te amava mais do que tudo, você era tudo pra ele.
 Quanta coisa não ? isso sem contar as idas ao mercado, quando voltávamos de pirua lembra ? e também quando alugávamos vários filmes para assistir juntos, ou ir para a casa do piscinão, onde pagávamos 2 reais para entrar, as lutinhas com os bonecos, as queimadas na rua, alerta, esconde-esconde, ou aquelas brincadeiras que fazíamos no papel, para ver com quem iríamos namorar, lembra ?
 É prima, essa é a definição da saudade, saudade é a minha mãe, saudade é o seu pai, saudade é tudo aquilo que fazíamos antes e era chato, mas que agora..... como faz falta...
Não temos mais eles presentes aqui conosco, nossa semana se define agora em ficar dentro de casa para mim, ou se dedicar aos estudos como você, meus sábados agora não tem mais shopping, muito menos beijinho da mãe ao acordar, nem se quer a presença dela, as brincadeiras com os bonecos e a correria pra lá e pra cá, foram substituídas por ir para a casa do namorado, pra você, e pra mim, foi substituída por escrever em um blog super parado, chorar mais do que tudo longe de todos, por cortes no braço por me achar mais inútil do que tudo, não tem mais filme reunido, muito menos família reunida, não restou quase nada para chamarmos de familia.. Temos um ao outro, temos sim muita coisa para fazer, inúmeras na verdade, mas cara....... jamais teremos aqueles tempos de volta, nossa vida nunca mais será tão feliz igual antes, porque sabemos, que metade da nossa vida foi enterrada em um caixão a 7 palmos do chão, juntamente com a saudade, que fica aqui, e dói a cada dia mais..

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Ecos do amor

Não tenho medo de quase nada, eu acho. Tenho medo de perdê-la , na verdade, eu sou um fraco. Sabe, cara, eu convivo diariamente com essa sensação de querer cuidar dela. dar todo meu amor e carinho, fazer com que ela se sinta em um conto de fadas, só que real, mas ela não me permite fazer, talvez por medo, talvez por não me achar tão atraente o suficiente, ou até porque sabe o que prometeu, e não está cumprindo, não sei.. Ela jamais ouvirá da minha boca, que eu não me acho suficiente. É isso. Acho que tenho medo mesmo é dela inteira, mais do que, sei lá, de assalto ou de avião. O que é estranho, porque ela é tão pequenina, e ao mesmo tempo tão grande, aquela franjinha de menina inocente, aqueles olhos verdes lindos, ela é tão delicada e inofensiva. Ela tem uma família maravilhosa. Mas, sério. Eu gosto quando ela adormece na sua cama e me esquece no whatsapp, e depois faz manha . Aí eu digo a ela alguma coisa que vem do coração, ela se derrete toda, eu faço isso para vê-la feliz mesmo. Não sei, eu me sinto poderoso e acolhedor por isso. Então ela pede que eu a beije, porém está longe. Cara, eu odeio não estar perto… Mas adoro o cheiro que ela tem na nuca e ficar do lado dela é o que existe de mais perfeito. Não sei como resolver isso. E se nesse tempo ela conhecer outro? Azar, que se foda. Eu vou até lá. Sei que estou sendo contraditório, mas como não ser? Eu amo ela. É a minha garota e pronto. Não tem como fugir disso. Ela disse que precisava de espaço, ganhou o espaço, e uma hora ela ouvirá os ecos da minha própria voz gritando o nome dela. Bonito isso que eu disse, né? Tem papel e caneta? Quero anotar pra ter o que dizer quando chegar lá.
Criei a minha dor à imagem e semelhança de nosso amor. É a cara de nosso amor, o temperamento de nosso amor, a loucura de nosso amor. É o nosso amor, igualzinho. Quando sofro, penso que é você me abraçando. Quando soluço, penso que é você me beijando. A dor tem sua vacilação, demora a definir o que deseja pela ânsia de ter tudo. A dor tem sua passionalidade, sua vontade de morrer beijando. A dor é quase você e eu, mas é, na verdade, minha saudade de você. Estaria impressionada com a coincidência. Minha dor tem sua curiosidade, tem seu charme, tem seu desespero, tem seu modo de pedir desculpa, tem seu modo de me xingar. Minha dor tem seu sotaque, tem sua paixão por adventure time, tem sua nostalgia. Minha dor é você inteira, é você fielmente descrita, é você perfeitamente narrada. Até minha dor puxou por você, até minha dor me abandonou para ser você, até minha dor me largou para lhe dar razão. Eu me mato chorando e não derramo seus olhos para fora dos meus olhos. Eu me afogo em mágoas e não tiro o cheiro de seus cabelos de meu rosto. A dor me seduz, a dor me engana, a dor mente que é você, eu fico com mais vontade de sofrer do que viver. É o nosso amor, idêntico, tem que ver, não tem como não acompanhar, não tem como não ceder ao encanto, apenas quem conhece o nosso amor descobrirá a diferença entre os dois. É o que vivemos juntos sem futuro, é o que vivemos juntos parado no tempo, é o que vivemos juntos desfalcado de esperança. Se houvesse amanhã, minha dor seria o nosso amor. Mas como não há, nosso amor de ontem é minha dor. Precisa acreditar, minha dor é muito parecida com o nosso amor, nem um filho seria tão leal aos traços. É a mesma estatura de nosso amor, o mesmo peso de nosso amor, o mesmo volume de nosso amor, longe de você para dividir. Sou capaz de pedir em namoro minha dor. Sou capaz de noivar com minha dor. Sou capaz de casar com minha dor. E só me separo dela se você voltar.

terça-feira, 24 de junho de 2014

Minha BRISA de cada dia.

E você poderia vir e me olhar com essa mesma feição de menininha quietinha, meio pequena meio gigante, e eu te diria tantas e tantas coisas, dessas que a gente nem mesmo sabe como se diz direito, mas diz porque há uma necessidade de dizê-las assim, mesmo sem saber como, também com essa feição de menininho quietinho, meio grande demais pra ser chamado de meio pequeno. Você poderia vir sem pensar em voltar, como tem sempre pensado, seus problemas invadem sua cabeça, e você prefere não vir, mas como você diz;  no fundo, que não é tão fundo o bastante, sua vontade é de ceder e vir devagar caminhando ao meu encontro, com predestinação divina ou não, na pontinha dos pés e com os braços abertos, quase murmurando um “não dá para te olhar e não sentir um amor enorme por você, e o quanto me faz bem.” rindo com a alegria tatuada no rosto, se divertindo com a sorte de ouvir as mesmas palavras ditas por mim também, que seriam ditas, se você viesse mesmo inteira, sem essas sombras de outras vidas e outros amores atrás de você, te puxando pelo braço o tempo todo e dizendo que não, não podemos ser o que queremos ser, e que tudo isso é um sonho alto demais para ser sonhado assim, por nós que não sabemos direito como sonhar com as coisas sem ficarmos pensando vinte e quatro horas no que seriam esses sonhos se não fossem apenas sonhos de uma menininha e um menininho meio pequenos demais diante do medo de amar errado, mesmo que esse errado seja deliciosamente certo. Você poderia vir e a gente poderia ir por aí, para algum lugar ou para lugar algum, desde que fôssemos assim, juntos como sonhamos às vezes – ou quase sempre – em plena luz de vários dias, diante da BRISA quase espiritual de várias tardes, e é claro, submissos ainda ao sereno sentimental de várias noites, dessas com céu estrelado que precedem as madrugadas que servem também para sonhar, dormindo ou acordado, com olhos abertos ou fechados, com o coração chorando para mostrar aos olhos que eles não estão sós.

Você é isso tudo

E você ainda é a mulher mais linda do mundo. No canto da foto dos amigos, e você é a mulher mais linda do mundo. Com gorro, no meio da confusão do frio. Escondida embaixo de tanta roupa. No fundo do mar. No escuro. De costas naquela festa chata. Meu Deus, como você é linda. Não sei direito o que é aurora boreal, mas acho que deve ser algo lindo que se formava enquanto você era feita. Não sei direito o que é isso que eu sinto por você, é maior do que amor. Mas como é maravilhoso ''fumar'' você, cheirar você, tomar você, injetar você. Calar a boca. Me pergunta uma daquelas coisas para eu dar uma daquelas respostas que você morre de rir. Me deixa pirar no seu céu da boca escancarado. Você se joga pra trás. E só porque você e o mundo inteiro têm certeza do quanto você é linda, você faz questão de sempre se largar no mundo. É a liberdade que só tem quem é infinitamente linda ou infinitamente feia. Eu sou mais ou menos, mas nesse segundo, já que comprei sua beleza, sou o homem mais lindo do mundo. Me deixa ser lindo vestindo você. Outro dia me peguei pensando um absurdo que me fez feliz. É triste, mas me fez feliz. Pensei se isso que você fazia, de ficar horas conversando comigo depois de ter ficado horas puxando assunto comigo. Se isso é algum tipo de caridade sua. Porque, veja bem. Somos plantas e pássaros diferentes. Eu sou o bonitinho que lê uns livros, escreve, e vê uns filmes. Você é essa força absoluta e avassaladora que jamais precisará abrir a boca para impor sua vitória. Você coloca aquele moletom cheio de raios e eu experimento um guarda-roupas inteiro pra ficar à sua altura. Você é essa força da natureza que deu certo. E como eu não sou homem de correr da dor, deixo ela entrar aos pouquinhos, esbugalhar meus sentidos, enfraquecer meu orgulho. Quando vejo, estou calado novamente, ouvindo o que você não diz e vendo o que você não faz . Não existe não morrer um pouco quando você chega

A história que não teve um final feliz

Sem data para não ficar no passado e para não se lembrar no futuro dessa triste história. História essa em que seu personagem principal, infelizmente, não teve um início, meio ou final tão feliz...

Estou falando de Adalberto. Afro-descendente, sem pai desde os dois anos de idade quando foi obrigado a fugir de casa com sua mãe. Essa que, por sua vez, era de um mundo obscuro: o das drogas e da bebida. Ele nunca citou o nome dela; deve ter seus motivos...

Aos sete anos de idade, Adalberto morava em uma favela de São Paulo e estava em seus primeiros anos na escola. O Bullying era seu parceiro há tempos. Isso é fato! Cor, classe social, “família”... Por isso tudo e mais um pouco ele era zoado na escola. Certa vez, as brincadeiras passaram dos limites e ele acabou reagindo: na hora do intervalo ele e seu agressor saíram rolando no chão. A galera, como já é de se esperar nessas ocasiões, formou uma rodinha em volta e começou a gritar: “Briga, briga, briga!”. Conclusão de tudo isso: ele foi expulso da escola. O diretor argumentou que ele tinha agredido o “moleque”, que saiu bem machucado da briga.

Morando em um barraco e com uma vida completamente infeliz, Adalberto queria mudar essa situação. Quando ele tinha seus treze anos, sua mãe o deixou. Mas ela não iria voltar nunca mais; havia morrido de cirrose em decorrência das altas doses de álcool que consumia diariamente.

E agora, o que seria dele? Para onde iria? O que faria da sua vida dali para frente? A única solução que ele encontrava era a de procurar a ajuda da avó, que morava na mesma cidade. Os dois foram separados pela mãe logo quando ele era pequeno. O motivo: ninguém sabia e jamais saberia! Ela nunca contou.

Sem ter para onde ir, achou um cantinho na casa da avó, que o recebeu com maior carinho. Ela morava num bairro nobre, onde ele não era mais zoado pelos vizinhos ou por qualquer um que passava na rua. Agora era uma nova vida, um novo começo.

Chegou a idade e o que era de se esperar, aconteceu. Adalberto arrumou uma namorada (muito bonita, por sinal) e, aos dezenove, principiava na faculdade cursando Medicina. Havia conseguido um bom emprego, ia bem nos estudos, mas algo mudou totalmente a trajetória da sua vida: um tiro nas costas durante um assalto enquanto ele voltava de uma festa com a namorada o deixou quase sem vida. Quinze dias na U.T.I., quando os médicos já não tinham mais esperança, ele abre o olho... seus batimentos cardíacos voltam ao normal e, como numa mágica, ele volta à vida. Porém, havia algo errado: suas pernas. Ele não sentia suas pernas, não conseguia movê-las. Estava paraplégico! Ficou muito abatido ao saber da notícia, mas a avó e a namorada (que eram sua família) deram aquela força e o reanimaram.

Com seus movimentos reduzidos à parte de cima do corpo, ele descobriu que tinha um dom: o dom da escrita. E se pôs a escrever. Escrevia sem parar: contos, crônicas, livros... Fazia daquilo o seu passatempo. A essa altura sua agora noiva já havia se mudado e, juntamente com a avó, faziam uma família feliz.

Mas, como eu disse no início, o final não é feliz e não tem data, nem idade para que a tragédia não seja lembrada no futuro.

À noite, quando todos dormiam, houve um vazamento no botijão de gás. O odor tomou conta da casa e invadiu o andar de cima, onde eles dormiam. O gás entrou nas suas narinas e matou todos asfixiados sem nenhuma chance de lutar para se salvar. Adalberto ainda acordou com o cheiro, já sufocado... Não conseguia falar, tentava gritar, mas a voz não saía. Nessa hora as pernas lhe fizeram muita falta. Foi uma morte ainda mais trágica que as outras duas, pois ele morreu agonizando. Sofreu até a hora em que não aguentou mais e seu pulmão encheu de gás. Trágico fim de uma família feliz.

Esse relato é para provar que nem todas as histórias têm um final feliz e que a vida não é um mar de rosas como queremos acreditar que ela é. Temos que encarar a realidade e sermos fortes, corajosos e perseverantes. Peguemos o exemplo de Adalberto, que não abaixou a cabeça em nenhum de seus obstáculos.

segunda-feira, 23 de junho de 2014

A amizade

Eu descobri ontem um provérbio perfeito, se quer ser amigo feche um olho, se quer manter uma amizade feche os dois olhos. Faz muito sentido. Amigo é não se meter, por mais que tenhamos intimidade, é respeitar a decisão mesmo que não seja o que você pensa. Se ele procura namorar alguém que você não gosta, é dar apoio igual. Se ele pretende permanecer num emprego que você não acha justo, é dar apoio igual. Se ele busca manter uma vida que você não considera ideal, é dar apoio igual. É estar junto apenas, para qualquer dos lados. Amizade é dança. Acompanhar o ritmo da música. É opinar, expor sua crítica, mas não viver pelo outro. É não intervir, não pesar a mão, não exagerar. Amigo não é ser pai, não é ser mãe, não é educar. É aceitar o que ele é, é reconhecer o que ele deseja, ainda que seja muito diferente de suas crenças. É entender o momento de falar e entender também o momento de silenciar. Análise demais estraga a amizade. Você estará sendo terapeuta, não amigo. É discordar e seguir adiante. Não é discordar e fazer oposição, boicote, greve. Até que nosso amigo mude de ideia. Amigo é oferecer conselho, não um sermão. É alertar, jamais insistir. Amizade é fugir do julgamento, é compreender a alternância, os altos e baixos, os desabafos. Amigo não cobra coerência, não fica em cima cutucando feridas. É saber tudo e agir como se não soubesse de nada. É não ficar apontando o que é certo ou errado. Amizade é difícil. Amizade é um estranho equilíbrio. Mas amizade não é cegueira. É a arte de enxergar com os ouvidos.

Mistérios da vida

Ela me esquecerá. Deixará sem resposta minhas mensagens.... Eu lhe mandarei poemas, talvez ela responda com uma carinha feliz. Mas é por isso que a amo. Proporei um encontro – debaixo de uma praça, ou numa encruzilhada que seja; esperarei, e ela não virá. É por isso que a amo. Ela se afastará da minha vida, esquecida, quase inteiramente ignorante do que foi para mim. Um dia partirei, e, por incrível que pareça, um dia não estarei mais aqui, entrarei em outras vidas; talvez não seja mais que uma escapada, um simples prelúdio. […] Continuarei a deslizar para trás das cortinas, para o seio da intimidade, em busca de palavras sussurradas a sós. Por isso partirei, hesitante mas altivo; sentindo uma dor intolerável, mas seguro de que vou triunfar nessa aventura após tanto sofrimento, seguro – quero crer – de que no fim descobrirei o objeto do meu desejo, e que amei com o sentimento mais lindo que alguém poderia amar uma pessoa.

Complicada e Perfeitinha

Ela é uma menina estranha, do sorriso torto e imperfeito, cheia de erros mas também não deixa de fora seus acertos, sonhadora, perfeccionista, estúpida e apaixonada. É avoada, não nego, mas sai do seu mundinho de fantasias num piscar de olhos. Às vezes é invocada, muitas vezes perde a cabeça e se irrita fácil, mas é defensora da velha teoria de que se você não suporta o pior, com certeza não merece o seu melhor. Com isso, quero dizer que aqueles que suportarem seus defeitos terão o melhor das qualidades dela, porém os que há julgarem antes de saber quem ela realmente é, acabarão descobrindo isso da pior forma. Ela é  sensível, é maldosa, é uma mistura de sentimentos, é ela mesma. Se ela chorar, há console. Se ela se irritar, vá para longe. Viver de acordo com seu temperamento pode ser difícil, mas é a melhor forma de ganhar ela. Tenha cuidado, ela é  traiçoeira, não é das mais fáceis de convencer, muito menos de dar o braço a torcer. Com ela  é na base de “se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”, então é melhor se acostumar. E lhe garanto, se um dia você ver ela sorrir para ti, é porque conseguiu solucionar o maior dos seus enigmas...
Viu só ? sei muita coisa sobre a minha princesa, e ao mesmo tempo também não sei de nada, as vezes tento te entender, e posso passar a vida toda tentando fazer isso, meu amor.

domingo, 22 de junho de 2014

Você gosta de músicas ? peguei algumas por ai e criei um poema pra você

A 93 milhões de milhas do sol (Jason Mraz - 93 Million Miles)
Eu estou com você (Jenifer Lopez ft. Lil Wayne - I'm Into You)
Eu e você... (Lady Gaga - You And I)
Na beira do mar (The Kooks - Seaside)
Você foi a melhor coisa que me aconteceu (Taylor Swift - Mine)
E não é difícil para mim amar você (Jason Mraz - The World As I See It)
Eu sempre lembrarei de você, minha querida garota (Mr. Big - Wild Word)
Sempre! (Bon Jovi - Always)
Baby, eu sou seu para sempre (Jason Mraz ft. Lil Wayne e Jah Cure - I'm Yours Remix)
Eu estou retrocedendo com você (Jason Mraz - Kicking With You)
Com você... (Chris Brown - With You)
Como um nerd cor de rosa (Jason Mraz - Geek in the Pink)
Domingo de manhã (Marron 5 - Sunday Morning)
E eu oro. (4 Non Blondes - What's Up)
Oh meu Deus, como eu oro! (4 Non Blondes - What's Up)
Minha doce criança (Guns N' Roses - Sweet Child O' Mine)
É isso que você procura em um homem? (Justin Timberlake - What Goes Around)
Mais do que palavras... (Extreme - More Than Words)
Meu coração agora é seu (Justin Bieber - One Time)
E eu irei aonde você for. (The Calling - Wherever Will You Go)

Amo amar você

É isso, sei lá, mas eu amo você. Amo de todas as maneiras possíveis. Sem pressa, como se só saber que você existe já me bastasse. Sem peito, como se só existisse você no mundo e eu pudesse morrer sem o seu ar. Sem idade, porque a mesma vontade que eu tenho de te morder no banheiro eu tenho de passear de mãos dadas com você empurrando nossos bisnetos. E por fim te amo até sem amor, como se isso tudo fosse tão grande, tão grande, tão absurdo, que quase não é. Eu te amo de um jeito tão impossível que é como se eu nem te amasse. E aí eu desencano desse amor, de tanto que eu encano. Ninguém acredita na gente: nenhum cartomante, nenhum pai-de-santo, nenhuma terapeuta, nenhum parente, nenhum amigo, nenhum e-mail, nenhuma mensagem de texto, nenhum rastro, nenhuma reza, nenhuma fofoca... Mas eu te amo também do jeito mais óbvio de todos: eu te amo burra. Estúpida. Cega. E eu acredito na gente. Eu acredito que ainda vou voltar a te encontrar em uma noite num lugar qualquer, naquelas sobras da sua rua, naquele cheiro de família bacana e limpinha da sua rua. Como eu queria dobrar aquela esquininha com você, de mãos dadas com você. Outro dia me peguei pensando que entre dobrar aquela esquininha da sua rua e ganhar na mega-sena acumulada, eu preferia a esquininha. A esquininha que você dobrou quando saiu da casa dos seus pais para ir para escola, a esquininha que você dobrou triste as vezes, porque é mesmo o cúmulo alguém não te amar. A esquininha que você dobrou a vida inteira, indo para o seu trabalho, para a casa dos seus amigos, para a igreja sei lá. Eu amo a sua esquininha, eu amo a sua vida e eu amo tudo o que é seu. Amo você, até mesmo sem você me amar. Amo seus rompantes em me devorar com os olhos e amo o nada que sempre vem depois disso. Amo seu nada, apenas porque o seu nada também é seu. Amo tanto, tanto, tanto, que te deixo em paz. Deixo você se virando sozinha, se dobrando sozinho. Virando e dobrando a sua esquininha. Afinal, por ela você também passou quando não me quis mais, quando não quis mais a minha mão querendo ser embalsamada eternamente ao seu lado.

sábado, 21 de junho de 2014

Oi, tudo bem ? lembra de mim ? sou aquele cara que você disse que nunca se esqueceria, tá lembrada ? aquele que é mais babaca do que tudo, que ama escrever coisas inspiradas em você, aquele que abre mão da sua noite de sono, pra te fazer companhia, ou também aquele cara que te fez ser muito melosa, mesmo sabendo que não era muito a sua praia, é, aquele cara mesmo, que foi do lixo ao luxo depois que te conheceu, que quis te fazer a pessoa mais feliz desse nosso mundinho estranho, e que ama cantar e deixar sua alma ser transportada para um outro lugar mais calmo e tranquilo.
Ainda não se lembra ? sou eu, o branquelo chato, o idiota que te faz rir, o bobão que te faz ficar sem graça, aquele que te xinga, e logo depois te elogia, só pra tirar um sorriso bobo, ou vários dele, porque isso é o que o motiva, o Príncipe Dilacerado....
Bem, um dia você me disse, que não importava o que acontecesse, o que tinham me feito, que você iria sempre estar comigo, e que me faria esquecer toda a dor que existia dentro de mim, que assim como os seus avós, nós dois também seriamos felizes até depois do fim.
 Sabe como era delicioso ? acordar todas as manhãs, e a primeira coisa que eu notava era que tinha uma mensagem sua, desejando um ''Bom dia meu amor'' ? Então, me sentia amado novamente, e sentia também que você tinha algo que me fazia acreditar, que realmente seria pra sempre.
Eu acho que o papel tem mais paciência do que as pessoas. Pensei nesse ditado num daqueles dias em que me sentia meio deprimido e estava em casa, sentado com o queixo apoiado nas mãos, chateada e inquieto, pensando se ficaria ou se sairia. Finalmente fiquei onde estava, matutando. É, o papel tem mais paciência, e como estou planejando que ninguém mais leia esse blog, que alguns chamam de diário, isso provavelmente não vai fazer a menor diferença. Agora estou de volta ao ponto que me levou a escrever um blog: não tenho uma vida.
 Porque metade de mim é o que eu grito, mas a outra metade é silêncio. Porque metade de mim é partida, mas a outra metade é saudade. Porque metade de mim é o que ouço, mas a outra metade é o que calo. Porque metade de mim é o que eu penso, mas a outra metade é um vulcão. Que o medo da solidão se afaste, e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável. Porque metade de mim é a lembrança do que fui, a outra metade eu não sei. Porque metade de mim é abrigo, mas a outra metade é cansaço. Porque metade de mim é amor e a outra metade também....
Pensa consigo mesma, me diz se alguma vez algum homem chorou por medo de não te ter ?
Ou então um homem que mesmo as vezes tendo a razão em uma discussão , vai lá e pede desculpas ? Ou até mesmo uma vez em que um homem te disse com a maior certeza do mundo um ''Eu amo você'' ?
Pois é meu amor, dói muito ver que já não liga tanto assim para o seu Príncipe dilacerado, dói muito acordar pela manhã, e não mais ter uma mensagem sua, o máximo que ganho é uma ignorada matinal, lembra quando disse que não aguentaria mais sofrer ? que não suportaria ver mais ninguém partindo assim sem mais ? então, minha princesa caroço, essas dores me fazem se sentir mal, vazio... Ontem quando recebi uma mensagem sua dizendo que uma coisa boa iria acontecer entra a gente, e que me chamou de ''Meu Príncipe dilacerado'' eu me senti vivo novamente, fui dormir tão feliz...... Eu não sei o que houve, pra você ter me deixado esperando 3 horas, e você não ter aparecido, ou se quer ter mandado uma mensagem avisando que não daria pra ser hoje, mas aquilo me fez ficar pior novamente, ficar andando sem rumo pela rua, cheguei a ir até perto de onde você mora, mas voltei, todos na rua que me notavam, sentia que eu não estava bem, mas só eu sei o que de fato sinto aqui dentro desse reciclo de lixo.
As laminas são minha única companhia, mas você se engana se pensa que isso é a maior dor que eu possa sentir, a maior dor está aqui, dentro do meu pedacinho de coração, é... aquele mesmo que te ofereci com maios prazer, e que agora..... está prestes a morrer.
Sinto-me distante, estou nesse mundo, porém não pertenço a ele, você não deveria ter me prometido nada, talvez se você tivesse me deixado sofrer naquele tempo em que me ajudou, nada disso estaria acontecendo agora, você não precisaria se importar em ser a minha pequena, a minha prinn, e o motivo de eu ainda acreditar em ser feliz, eu sei que vai ler isso, então, eu fico tranquilo, pois não fiquei bravo com você, por não ter ido me ver, porque você ainda tem muito tempo para fazer isso, porque ainda acredito nas promessas que me fez, em todas elas, e só em ti posso ver o meu final feliz, ou a minha continuação perfeita.

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Será que alguma vez você parou pra pensar que enquanto você sofria e perdia tanto tempo dando o seu melhor a uma pessoa que não te fazia bem, você pode ser o motivo das lágrimas de ALGUÉM AQUI que faria tudo por você? Já parou pra pensar que enquanto você criava planos intermináveis de fuga alimentando sua vontade insaciável de sumir, pra fazer quem não se importava te notar, você poderia ser todo dia o motivo da saudade de ALGUÉM AQUI? Alguma vez você parou pra refletir que enquanto você se destruía por alguém não ter respondido suas palavras mais sinceras, você mudaria o dia de ALGUÉM AQUI com um simplório bom dia? Já parou pra pensar que você pode ter ido dormir chorando por alguém, enquanto outra pessoa AQUI se estremeceria com um decorado boa noite? Já pensou que enquanto você continuava indo atrás de quem não te esperava, ALGUÉM AQUI correria por você mesmo que tu estivesse indo na direção errada só pra te trazer de volta? Será que é muito difícil perceber que algumas pessoas querem te empurrar a culpa enquanto ALGUÉM AQUI te pediria perdão mesmo que a razão não fosse sua só pra te ver bem? Talvez seja a hora de usar os pontos, e começar a valorizar quem te coloca na mesinha do centro, não no fundo da gaveta.
E eu quero muito. Muito. Porque você tem a voz mansinha e só fala coisa inteligente, as vezes meio burrinha, confesso. E você é cínica sem ser maldosa. Mas não, não. Estou morrendo de vontade de ser eu, mas ser eu só tem me feito perder e perder. E eu quero ganhar. Só dessa vez. Chega. E eu quero me dar de bandeja pra você. Chega de fazer tudo errado. Eu te vejo indo embora,  e quero berrar o quanto amo você. E te pedir em casamento se for preciso. E rasgar sua roupa. E dormir enroscado no seu cabelo . . . . .
Sei que nada que eu disser aqui vai mudar alguma coisa, mas você é minha menina singular, capaz de transformar, meu desenho em arte final ♪...
Nada que fiz foi por mal, o mal não é o que eu faço, ainda mais pra você, a única pessoa que eu tinha até então, eu sabia que esse dia chegaria, e que mais uma vez sozinho eu estaria, outro alguém deve ter aparecido, ou não, mas caso você queira correr para algum lugar, e nenhuma pessoa souber te acolher, você sempre terá meu canto, aquele no qual a gente ficaria juntos até a morte, e depois pela eternidade toda, junto com nossos 3 filhos.
Eu amo você, fique bem tá bom ? :'(

The end.

Muito obrigado a quem acompanhou o blog, e muito obrigado a você por ter sido minha inspiração maior, de vir aqui todos os dias escrever com alegria, o blog sempre estará aqui, a sua disposição, para relembrar tudo que foi dito, e o que poderia ser realizado e acabou não sendo, o blog vai terminar, mas sempre que quiser lembrar de algo bom, do como você poderia ser feliz do meu lado, venha aqui e leia, pense em mim como uma recordação boa.
E se um dia estiveres triste, pensando em mim, e de repente sentires lágrimas rolarem de teus olhos, não as seque, pense em todo sentimento que está contido em duas simples gotas que brotam em teus lindos olhos verdes e banham sua face princesa.
A, e penses também, que nesse mesmo silêncio, em um lugar não tão distante,eu  possa estar pensando em você, e também esteja chorando, mas somente porque não tenho mais você comigo....

 :'( Bye, Bye

sábado, 14 de junho de 2014

Suícidio/Mulher em um bar

Suicídio é que nem uma mulher bonita num bar, duvida? então vamos tirar a prova...
Você olha ela e algo dentro de você cresce e diz ‘eu preciso dessa mulher pra mim’. Aí você pede um whisky e começa a pensar no que falar pra ela. Eu pergunto o nome dela? Ou eu chego me apresentando? Eu pergunto o que ela gosta de fazer ou tento encantar ela com as coisas que eu gosto? Você vai ficando nervoso, pede mais uma bebida e se questiona: por que eu quero essa mulher tanto? Mas você não consegue responder. É algo maior que você. Quando você finalmente toma coragem e se levanta, o caminho entre o balcão e ela parece uma eternidade. Você chega perto dela e trava. Fica com medo. Você desiste e volta pra casa agoniado por não ter conseguido falar com aquela mulher. Chega em casa pensando naquela mulher. Você não consegue entender o conflito entre existir algo dentro de você dizendo que você quer; e, quando você tenta fazer, outra coisa dentro de você diz que não é pra fazer. Suicídio é que nem uma mulher bonita num bar.

I'm Sorry My Girl

Desculpa por ser assim. Desculpa se a vida não se faz bonita para mim quando abro a janela do quarto, do mundo, da alma. Desculpa pelas minhas urgências sentimentais que me cercam a todo momento. Me sento para raciocinar e acabo pensando nas alegrias pulverizadas que não me deixam seguir um momento duradouro sequer, pois em nenhuma fase da vida eu fui realmente feliz por completo. Não sei se você vai me entender, e não é esse o meu objetivo aqui. Eu só quero pedir desculpas pelas falhas e descompassos causados pela minha ânsia de acertar tudo, sendo que na maior parte das vezes eu só consiga fazer o que há de mais errado. Não é por mal, nunca foi por mal, nunca será por mal, o mal não é o que eu faço. O mal é um defeito de fábrica que me pegou desprevenido quando nasci, mesmo sem saber de tal posse. Eu não tive escolha. E hoje, quando tenho escolha, não sei escolher o que é certo. Me desculpe se eu não sei ser alguém interessante, os bens motivacionais mais preciosos que eu tinha se perderam em uma via alternativa de ilusões e rancor, e na hora de assumir uma posição corajosa, o máximo que consegui foi ter medo e me esconder. Esse infinito receio de buscar um caminho diferente me perseguiu tanto, que acabei cedendo as minhas fragilidades ao mundo e desisti de me ajustar. Minha vida seguiu para vários lugares e levou uma parcela das minhas qualidades para cada um deles, sem ter chance nenhuma de recuperação. Sei que você não merece aguentar minhas loucuras e a cadeia de desastres que criei, mas se não for pedir muito, me desculpa pela minha incapacidade de ser eu.

Amor, Amor, Amor....

Amor não é paixão. Fazer sexo não é fazer amor. Ódio não é amor. Amor não é fogo, não é chama, não é amizade, não é casamento, nem compromisso. Amor não é namorar, não é chorar, não é beijar, não é desejar, não é saudade. Amar não é estar-se preso por vontade. Não é servir quem vence o vencedor. Amor não vai. Amor é o que fica. Amor é resto. Amor é o que sobra do que foi supracitado. Amor não é onda, é o mar. É o companheiro que não abandona depois que todas as fervorosas sensações se foram. Paixão, ódio, saudade, sexo, casamento, desejo são como trens. Amor é estação

O medo maior

Meu maior medo é viver sozinho e não ter fé para receber um mundo diferente e não ter paz para se despedir. Meu maior medo é almoçar sozinho, jantar sozinho e me esforçar em me manter ocupado para não provocar compaixão dos garçons. Meu maior medo é ajudar as pessoas porque não sei me ajudar. Meu maior medo é desperdiçar espaço em uma cama de casal, sem acordar durante a chuva mais revolta, sem adormecer diante da chuva mais branda. Meu maior medo é a necessidade de ligar a tevê enquanto tomo banho. Meu maior medo é conversar com o rádio em engarrafamento. Meu maior medo é enfrentar um final de semana sozinho depois de ouvir os programas de meus colegas de trabalho. Meu maior medo é a segunda-feira e me calar para não parecer estranho e anti-social. Meu maior medo é escavar a noite para encontrar um par e voltar mais solteiro do que antes. Meu maior medo é não conseguir acabar uma cerveja sozinho. Meu maior medo é a indecisão ao escolher um presente para mim. Meu maior medo é a expectativa de dar certo na família, que não me deixa ao menos dar errado. Meu maior medo é escutar uma música, entender a letra e faltar uma companhia para concordar comigo.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Eu falhei em tudo. Falhei em tudo na minha vida. Mas principalmente falhei comigo mesmo. Veja a que ponto eu cheguei. Estou desistindo de tudo. Estou aqui escrevendo uma espécie de ''despedida'', pelo fato de que não posso dizer a todos que eu desisti. Talvez alguém tentaria impedir, e eu não quero. E eu rezo pra que ninguém sinta culpa, pra que ninguém sofra por mim assim como eu estou sofrendo e venho sofrendo a cerca de 7 anos. Eu não mereço nenhuma lágrima. A culpa é minha. Eu fiz isso comigo. Eu que deixei as coisas chegarem a esse nível. Eu que me caminhei até a beira de um abismo, e eu, sozinho, decidi que é melhor pular. Eu já estava cansado de tudo. Cansado de fingir tudo sempre. De carregar tanta dor. Cansado de me maltratar. Como eu já disse, eu falhei comigo mesmo. Eu acabei me importando demais com os outros e esqueci de mim mesmo, eu tentei me importar com quem eu amava, mas de uma forma ou de outra elas arrumavam alguma coisa para me fazer sentir culpado de algo que não fiz. Eu fui tentando ser melhor pros outros e esqueci de me sentir bem. Fui querendo ser bom o bastante pra todos, e acabei não sendo nada pra mim mesmo. E quando eu percebi já era tarde. Eu me perdi. Eu deixei meu antigo eu desaparecer. E comecei a odiar o que havia me tornado. Só Deus sabe o quanto eu me odiava. Não gostava de nada em mim. Tinha nojo de quem eu era agora. E essa raiva foi virando dor. E, mesmo depois de eu ter feito tudo por elas, as pessoas que disseram que estariam sempre ali comigo, de repente sumiram. Eu estava sozinho. E estava me odiando. Comecei a descontar toda a raiva e a dor em mim mesmo. Eu excedi os limites. Agora minhas únicas companheiras eras as lâminas, mas mesmo assim eu temia das marcas, não queria chamar atenção de ninguém. As lágrimas foram substituídas por gotas de sangue. Mas eu não me importava. Escondi de todos. Ninguém precisava ficar sabendo. O tempo foi passando, e as coisas foram piorando. Estava difícil não me importar com o que estava havendo. Eu não consegui controlar. Passei as madrugadas molhando o travesseiro com lágrimas, mas ninguém via. Cada vez mais sozinho, me sentindo pior e me odiando cada dia mais por ser tão fraco, tão estúpido. Conheci pessoas novas, mas fui machucado novamente. Me tornei frio. No final só sobraram duas pessoas que realmente se importavam. Meus verdadeiros amigos. Meus anjos. Eles tentaram me ajudar. Mesmo distantes. Mas eu via que isso estava acabando com eles. A cada corte que eu fazia sabia que também estava ferindo a eles. Tentei parar. Mas eu fui fraco. Não consegui suportar a vontade de sentir o sangue escorrer. E lá estava eu me maltratando novamente. Fui me afastando. Era melhor pra eles ficarem sem mim. Só que eles não entendiam isso. Eu não queria mais magoá-los. Então percebi que desistir era a melhor solução. Tudo ia morrer comigo. E aqueles que se importavam logo iriam esquecer. Eu iria me tornar só mais uma lembrança, as vezes boas, outras vezes ruins. Desistir não foi uma decisão fácil. Mas foi a que me pareceu ser melhor pra eles, e principalmente pra mim, você minha princesa, que pode estar lendo isso agora, me desculpa, por tudo, tudo mesmo, eu queria muito ser tudo na sua vida, mas como sempre falhei em tentar. Então, desculpe mas eu estou desistindo. Adeus.
Adoro te ver assim, fico todo orgulhoso de fazer você rir, foi pra isso que eu vim ao mundo. Terminando de enxaguar esses pratos a gente vai até o sofá dar um jeito nessa sua dor, talvez eu tire algum som do Creed ou escove seus cabelos, pinte suas unhas, ou as minhas se for para te ver feliz, ou faça uma massagem profissional nos seus pés, vamos tirar esse joanete da sua alma. Se nada funcionar, a gente cata uma navalha e faz uns cortes sequenciais no seu braço pra liberar endorfina e trapacear a dor, como fez o dr. House em um episódio, já viu? ou eu vi sozinho, sei lá, deve ter sido em uma daquelas noites em que eu conversava com você por WhatsApp, e você deve ter embarcado no sono, como sempre. Como pode? É só puxar um assunto, falar algumas melosidades, contar até dez e pronto: você dormiu. E eu fico me sentindo o cara-todo-poderoso que está lá pra te proteger. Amanhã, de rosto novo, a gente pinta uma carinha feliz e circense, e eu te levo pra ver o mar. Ninguém vai perceber seu riso postiço, o mundo inteiro vai estar ocupado sorrindo com você. Confia em mim, às vezes quem está de fora enxerga melhor. E daqui vejo seu sorriso, sei bem do que ele é capaz de fazer

O que é escrever ?

Tem gente que pensa que escrever é juntar letras. Outros acham que é só ter um blog e, pimba, virou escritor. Os desavisados acreditam que é dom. Discordo. Escrever é não ter medo de se expor, remexer no fundo, sacudir os avessos, deixar de lado preconceitos, abandonar os pré-conceitos, não ter medo do que as pessoas vão pensar, é dar a cara a tapa, abraçar as palavras e ir até depois do fim. Muitas vezes é doloroso, pois no meio do caminho nos deparamos com nossas falhas e nossos defeitos mais empoeirados. Escrever é sacudir a poeira, espirrar, limpar tudo e tentar ficar bem.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Relação

Por bem, decidiram então pelo fim. Depois de ininterruptos cinco anos. O primeiro foi de tremedeira nas pernas. No segundo, atingiram o nirvana sexual. Com o terceiro veio junto o apartamento. No quarto, desejo mútuo por terceiros. Finalmente, o quinto mostrou que haviam se tornado dois. Definitivamente, duas novas perspectivas de vida. Ela não pediu que ele ficasse. Ele chorou porque sempre foi o pilar sentimental do casal, e só por isso. Ela ficou com o apartamento. Ele com o labrador, com nome de ex-craque do Internacional. A última coisa que ele fez foi catar seus discos da Legião Urbana. Ela deu uma última olhada em volta. Ele entregou a chave. Ela deixou escapar que nunca vai esquecê-lo, de alguma forma. Ambos relembraram o plano de provar pra todo mundo que dava para coabitar romanticamente. A porta se fechou dando fim ao que não tinha fim. Ela decidiu rever tudo. Jurou que seria eternamente fiel à liberdade. Agora, madruga suas noites em discotecas, na companhia de estranhos e envolta em novos braços peludos. Aos sábados, dorme até meio dia para esquecer a antiga rotina de acordar cedo, fazer jogging no Parcão e almoçar os bifes maravilhosos da mãe dele. Não assiste mais novela, passou a usar mais vestido, começou a ouvir Bossa Nova e cogita tatuar o pé. Ele planejou uma revolução. Decidiu conhecer alguém novo, ligou para uma garota de programa. Hoje, não fica um dia sem compartilhar o violão com velhos amigos no Bar dos Podres. Invariavelmente, passa os domingos de chuva na cama, na companhia do Falcão, uma garrafa de Merlot e A Montanha Mágica, de Thomas Mann. Perdeu seis quilos no último mês, deixa roupas penduradas, trocou de emprego e cogita passar o feriadão em Ilha Bela. E suas vidas continuam, sob nova direção. Outro mês se foi, e eles não tem notícias e nem previsão de reprise. Ele é grato a si mesmo pela implosão das grades. Ela sente um mundo de possibilidades inflando ao seu redor. Ele pede aos amigos que digam a ela que até está bem, levando, obrigado. Ela não oculta uma certa tristeza no olhar na frente deles. Ele espera que ela esteja feliz e bem acompanhada, com alguém decente, que tenha ao menos o carinho que ela merece. Ela torce secretamente para que tão cedo ele não encontre uma garota “melhor”. Querendo ou não, ele pensa nela de quando em quando. Toda noite, se aproxima do velho apartamento com o labrador Falcão, e questiona as luzes apagadas já na tarde-noite. Fica imaginando se aquela dor crônica no pescoço curou, se tem comido beterraba e controlado direitinho a tireoide, conforme prometeu que faria. Agora, desconfia que as novas garotas da sua vida serão meros passatempos. Sente falta de ouvir aquela voz meio gasguita. Chega a pegar o telefone. Não telefona. Bem ou mal, ela sente sua ausência. Toda noite, evita estar em casa lembrando que o espaço do apartamento triplicou por um milhão. Sente falta de camisetas espalhadas aleatoriamente. Fica lembrando ele cozinhando espaguete al pesto, ou quando ele sentava na janela dedilhando “Tears In Heaven”, ou assistia o colorado comportadinho, roendo as unhas sem parar, os pés no sofá. Hoje, coleciona casos com cafajestes fajutos. Sente falta dos sermões que levava por andar descalça no chão frio. Verifica o funcionamento do telefone: tu-tu-tu. Presos pela liberdade, prosseguem cada um na sua, conectados por um fio invisível que não conduz mais eletricidade. Um fio de saudade dissonante e a certeza de que, amor como aquele deles, não acontece no tocar de uma varinha de condão.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Não tenha medo de amar

Não tente ocultar seus sentimentos por medo de se machucar em uma relação, crie coragem e apenas vá, pegue seu carro, sua bicicleta, seu skate, ou com suas pernas mesmo e vá sem "mas", sem "desculpas",sem "porquês", sem "medos", apenas vá atrás daquela pessoa que você tanto ama e admira.

Não tente colocar desculpas no seu passado só porque a outra pessoa que um dia você tanto amou lhe machucou, nesse mundo somos todos pessoas imperfeitas achando apenas uma que se encaixe perfeitamente em nossas imperfeições.

Tente deixar essa coisa de destino de lado, construa você mesmo o seu destino, construa a sua estrada até a pessoa amada, Se você não fizer isso, outra pessoa irá fazer, e vai ser doloroso você perder aquela garota que tem o sorriso lindo, com dentes tão branco quanto flocos de neve, aquela risada doce que faz você delirar por alguns segundos, com olhos claros e leves que se parece com a imensidão dos mares e tão leves como das nuvens, dando risada e olhando para outro homem com olhar apaixonada.

Então es aqui meu pequeno e grande conselho, NÃO TENHA MEDO DE AMAR, pois algumas horas sem ela pode ser dolorido, mais a eternidade sem ela é massacrante.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

É o que eu quero pra nós

É medo. Sempre é. Algumas vezes sem motivo, outras por puro reflexo do que a vida já fez comigo. De tudo o que o mundo e as outras pessoas aprontaram. É reflexo dos tombos, das quedas, dos “eu-te-amo” sem respostas, das entregas, das cartas rasgadas, das promessas não cumpridas, das vezes em que tive pouco cuidado com o meu coração. É tudo medo. E eu queria segurar sua mão e dizer pra você ainda sim não desistir, cara. O amor ferra a gente, mas ele salva também. E você tem esses muros construídos com tanto esmero ao seu redor que eu fico com vontade de derrubá-los. Queria chegar com o pé na porta e dizer, ó, vim amar com você. Porque eu sei que cê amou sozinho meia dúzia de vezes e eu sei o impacto que isso faz na vida de uma pessoa. Eu sei que houve outras conversas, outras pessoas, outros finais imaginados e não realizados, outras brigas, pratos quebrados, ois, tchaus, portas batidas e perdões não pedidos. E eu sei que, depois de tudo isso, cê quer mais é distância de relacionamentos. Mas, me escuta, eu vim amar com você. Eu vim tentar e ver no que pode dar. Eu espero um tempo antes de levar minha escova e invadir suas gavetas. A gente pode tentar conversar sobre seus filmes cults, esbarrar no assunto das músicas clássicas da sua playlist e marcar um rolê lá naquele bar alternativo da Augusta. Eu juro que não apareço logo de cara com o assunto de você conhecer meu pai e ter que ser aprovado pelos meus amigos e dividir as prestações do apartamento. Eu sei que contigo não é assim. Sei que eu, logo eu, sempre tão intenso e entregue, vou precisar ir aos poucos e entender que a vida nos faz mais cautelosos. Então eu seguro essa minha onda de querer tudo pra agora, pra ontem e pra sempre. E a gente brinca de ir com calma e, quem sabe, a gente acaba conseguindo ir em frente. Serei sutil pra ver se o amor cresce mais nas sutilezas do que nos gestos efusivos e românticos que, até aqui, não me levaram a lugar nenhum. Ou me levaram a lugares que doíam demais. Por você, eu posso tentar prender o “eu te amo” entre os dentes enquanto a gente toma um bom vinho e fala sobre a semana de trabalho e eu te conto da menina que deu em cima de mim. Ou talvez eu não te conte dela, porque joguinhos de ciúmes não se encaixam bem com essa história de querer um amor calmo e tranquilo e leve e feliz. Diferente de antes, eu vou me impedir de imaginar um futuro ao seu lado. Eu não vou sonhar com as nossas comemorações de namoro, nem vou pensar nas festas que a gente vai frequentar, nem vou surtar pensando no almoço em que vou te apresentar pra minha família toda e meu tio vai montar aquele questionário gigantesco que ele sempre faz para as minhas  namoradas. Não vou imaginar nossas brigas, nem a frase que você vai dizer antes de arrumar suas coisas e sair pela porta pronto pra encarar o mundo sem mim. Vai ser dia a dia, minuto a minuto, e eu rezando pra gente não matar o amor com a rotina. Eu vou te amar baixinho. Em sussurros, em gestos calculados, em pernas entrelaçadas e manhãs, você com a minha camisa. Eu posso te amar sem gritar, com calma, com pressa, com cuidado, com intensidade, com entrega, com o amor preso na garganta, com minhas mãos empurrando seu medo pra longe e puxando sua mão pra bem perto de mim. Eu te amo do jeito que você quiser e precisar. Eu só tô pedindo pra você deixar eu te amar, do jeito que eu sou. Cê deixa?

Besta fera

Eu sei que não sou nada comparado a você, sei que mesmo ouvindo de você um '' Eu te aceito exatamente da forma como és'' não me deixa mais aliviado, pois sei que hoje em dia, toda garota sonha com um príncipe encantado, aquele de olhos claros, rostinho bonito e todas essas coisas, e em relação a mim, a única coisa que ouço dos outros é '' Ela é uma menina responsa'' '' Muitos caras dão em cima dela'' '' Você é sem atitude''. Eu sei disso tudo, sei que você é linda, sei que muitos caras dão em cima de você, e não poderia ser diferente, diante dessas circustâncias, não tenho como concorrer com ninguém, sendo que a única coisa valiosa que tenho é o meu coração, que já não é lá grandes coisas, se for pensar bem. Nunca tive problemas com atitudes, muito pelo contrário, sempre tive, porém não me favoreceram, por tudo isso que acabei de falar, as vezes acho que tenho que me contentar, fui feito desse jeito, e isso me impede de muita coisa..

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Se sentindo vivo, após já ter morrido

É isso, então. Acabei ficando mais quieto que o normal nessas últimas duas semanas porque queria pensar, já que as tentativas de não pensar não funcionam muito bem comigo. Resolvi fazer o inverso, brincar com o contrário, mexer um pouco os pensamentos, mas também não deu e nem tem dado muito resultado. Dar uma de durão comigo mesmo tem me causado uma puta dor de cabeça, mas é por uma causa nobre – causa possuidora de um sorrisinho maravilhoso e uma carinha que me deixa assim, me sentindo muito mais do que um mero imbecil à procura de entender que porra está acontecendo. Não sei bem quando foi que perdi a capacidade de raciocinar normalmente, mas algo me diz que tem a ver com o dia que vi ela olhando pra mim, rindo pela primeira vez, como se eu ainda fosse alguém, me fazendo relembrar da sensação de estar vivo. Tinha esquecido como isso funcionava. Se sentir vivo é uma coisa que a gente esquece com bastante frequência, sabe? Constantemente vemos pessoas que não conseguem, de jeito nenhum, se lembrar da tão intensa sensação. É só olhar nos rostos mortos que andam em círculos nas ruas, pra lá e pra cá, vislumbrando o nada, correndo contra o tempo que os mata antes mesmo da principal morte – aquela que se apresenta depois dos outros falecimentos, cujo os olhos já não presenciam. Mas há quem tem a sorte de encontrar alguém que ensine tudo isso de novo, direta ou indiretamente, por acaso ou por qualquer conspiração que seja. E, sem saber que está sendo instruído e se reabilitando pra vida, começa a se pegar sorrindo pro vento, como se ele tivesse rosto; aquele rosto, o único que faz a vida voltar a ter algum sentido.

Morrendo na folha

Não sei se é por não conseguir dizer isso sem tropeçar na própria língua ou se é apenas medo de ultrapassar os limites dos meus sentidos outra vez. Olha, eu gosto de você. Não sei bem como, mas gosto. De um jeito desgraçadamente ávido e absurdo. Você me lembra os sonhos que não realizei na pretensão de ter sonhos demais e me lembra os sonhos que ficaram perdidos em meio a outros rostos que não eram o seu. Enquanto você se sente no direito de amar o mundo e me deixar aqui discutindo comigo mesmo, finjo não saber o que quero e me sinto estagnado, tão inútil quanto tomar dipirona pra dor na alma. Tudo isso só pra não parecer mais mentecapto que aquele outro cara que gerencia pessimamente a sua empresa de sentimentos generosos, que são tão bonitinhos quanto quem os sente. Talvez eu não seja um bom gerente também, mas sei lá, as coisas seriam mais fáceis se somente eu recebesse o apoio da dona da firma.
Claro que me dá um medo de estar me transformando numa criatura intoxicada de palavras escritas.
tenho visões futuras onde me vejo fechado num lugar com as paredes cobertas de livros, quem sabe gatos, um som e mais nada. Meu coração tá ferido de amar errado, você me entende?