domingo, 19 de abril de 2015

Atualizando pensamentos

elef
Dia desses, não faz muito tempo, li um texto, crônica ou sei lá o quê, que era enfático ao pedir: “Poupe quem você ama!”. Não sei porque cargas d’água eu não salvei este texto em minhas pastas para uma leitura constante. A crônica era enfática: Amigos, amores, não são nossos “anexos”, são nossos suportes, são para eles que corremos quando o mundo desaba, a relação acaba, o salário aperta, a decepção bate à porta, mas, como para tudo na vida há uma dose, que saibamos dosar.
Sou um cara franco, que aprendeu a ser prático e independente logo aos 16 anos e que além disso, descobriu que sim, sou (somos) só(s). Tudo isso pode parecer um papo de autossuficiente, mas não é, é apenas a conversa de alguém que já se decepcionou muito com a vida e não pretende se tornar um ser insensível, mas sim, com um alto poder de seleção e autonomia para decidir como eu quero que meu dia seja.
E, o mais importante: Decidi que quero dias leves, sempre. Reconheço a dificuldade que é viver 24h sem se chatear com algo, mas aprendi a selecionar aquilo que não quero dar atenção e desvio do caminho por várias vezes ao longo do dia. Tudo isso é meio que um jogo de cintura constante, mas me proporciona ao deitar na cama a noite uma leveza incontestável. Decidi também que quero encontrar com amigos de verdade e ouvi-los na hora que lhes for conveniente, sem que antes de tudo, isso para mim seja um fardo. Decidi que quero fazer feliz o dia de alguém, sem contar meus desabafos e enumerar meus desafetos.
Que quando eu ligue para quem quer que seja a minha voz vibre em sons de alegria e boas notícias, porque é somente assim que a vida deve ser tocada. Chega de lamentações e dramas, na vida do outro.
O fato de que eu tenho um problema, não implica dizer que terei que compartilhar com você, ou, vice-versa. Amigos quando amigos, se poupam e vivem unicamente o bem, penso.

E se por um acaso, algum parente seu falecer, eu estarei prontamente ao seu lado;
Se seu amor for embora, amor de verdade, não aquele de 15 dias, eu vou te levar para jantar, prometo.
Se seus dias estiverem tristes, eu limpo a janela, tiro a poeira e faço você enxergar o azul do céu, mas, não me venha com lamentações, murmúrios e choros o tempo inteiro.
Talvez, o que para mim seja seletividade, para muitos é egoísmo, e se pensarem assim, eu não contesto. Aprendi a baixar à cabeça aquilo que é tido pelo outro como certo, isto é, a minha opinião sempre irá até onde você me permitir que ela vá, nem mais, nem menos.
E assim, a cada dia eu torço para que possamos ser recíprocos e atentos, um com a vida do outro, sabendo a hora exata de partilhar.
Que as lamentações acabem;
Que o oportunismo, não surja;
Que a inveja não nos ronde;
Que a inconstância do humor alheio não nos afete;
E que saibamos poupar quem nós amamos, da melhor forma possível: Amando.

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