terça-feira, 8 de outubro de 2013

Eternidade




 
Ele deu-lhe a mão, apoiando-a e ajudou-a a subir ao topo da grande pedra. Depois, lado a lado, olharam para a paisagem, que de fato tirava o folego, de tão surpreendente era. O lago e a vegetação captavam múltiplas cores, tornando as imagens quase surreais.
"Gostavas de viver aqui? Ter aqui uma cabana de fim de semana?"
"Sim, porque não? Sempre amei o contato com a natureza." - exclamou, emocionado.
Ela olhou-o de soslaio, ele fixou os seus olhos verdes nos dela, que eram castanho escuros. Foi-lhe impossível resistir, tocou de novo nos seus dedos e sentiu o calor e a macieza da mão dela. Bem como uma suave pressão, correspondendo ao seu toque.
Aproximou o seu rosto do dela até que os lábios se tocaram, a boca dela entreaberta, os lábios húmidos, recetivos. O seu calor inebriou-o e a respiração acelerou. A língua, atrevida, insinuou-se e dançou dentro da boca dela, salivas humedecendo aquele doce contato.
Incapaz de se controlar, as suas mãos percorreram o corpo feminino, fremente, muito próximo do seu, afloraram os seios, os bicos espetados de desejo como que o saudaram. As pernas de ambos fraquejaram e deitaram-se um pouco à toa na relva fresca, sem se separar.
Agora era ela que lhe acariciava o peito robusto e peludo, deslizando os dedos por baixo da camisa.
Despiram-se desajeitadamente e estando ela sobre ele fizeram-se num só corpo, num só ser. Gemeram no arrebatamento da paixão...
Passados largos minutos e sossegado o ímpeto do desejo, beijou docemente aquele rosto junto ao seu, sentindo o respirar agora calmo. Ela de olhos fechados, ele olhando o céu...
"Amo-te! " .
"Eu também te amo. Muito! " .
Abraçaram-se mais fortemente e ficaram assim, indiferentes ao correr dos segundos, dos minutos, das horas... Como se tivessem começado a viver naquele instante... Então ele teve a certeza que naquele ambiente natural, meio selvagem, tinha descoberto a verdadeira razão de existir. O céu, toda a natureza que os cercava tinha agora outras matizes, oscilando de cor como se fosse um arco-íris. Aquela mulher lindíssima, doce e ternurenta, havia parado a sua demanda. Não mais teria necessidade de procurar: ela seria a mulher da sua vida. Para toda a eternidade.

Um comentário:

  1. Príncipe Dilacerado, boa noite.
    Pode fazer a gentileza de deixar eu saber quem é o autor?
    Grata.
    pode responder em pjmadeiras@yahoo.com.br
    Felicidades.

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