domingo, 31 de agosto de 2014

Tudo do mesmo

Eu saio de mais um dia exaustivo, rodeado de um publico chato, menininhas semi-menstruadas, funkeiros fazendo rolezinhos, parceiros de trabalho invejosos e narizinho empinado, pego meu ônibus, coloco meu fone de ouvido, vou naquela música do metallica, e entro no meu mudinho paralelo.
 Cheio de latex pelo corpo, gosto de morango na boca, louco para chegar em casa e tomar um banho, ai finalmente chego, jogo minhas coisas na cama, vou pro chuveiro, ligo, me sento no chão, e fico pensando, ''Mas rafael, tanta falta de água e você desperdiçando?'' vai se lascar, eu sei disso, mas caso falte água, minhas lágrimas repõe depois, me pego pensando em como consigo sair de casa, alegrar o dia de centenas de pessoas, fazer tudo direitinho, mesmo sem ter alegria alguma dentro de mim, mesmo depois de tudo que aconteceu comigo, pois é, sempre fui assim, não é atoa que escolhi a profissão de ator, mesmo morrendo por dentro, sei disfarçar muito bem por fora, que nem parece que estou sofrendo, mas ouse olhar fundo nos meus olhos para ver, ai quem vai chorar vai ser você.
 Mas convenhamos, perder o amor daquela pessoa que você já planejava um futuro junto, não é nada bom, não digo que perdi o amor dela, pois ele ainda deve estar presente em algum canto ali, entre o orgulho e a marra dela, eu nunca entendi direito essa garota, mas posso passar a vida toda tentando fazer isso, afinal, qual a graça de outras mulheres, se foi essa que tomou conta de mim ?

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