quinta-feira, 20 de agosto de 2015

CORAGEM para o amor COVARDE

covarde
Quantas pessoas você conhece que tem medo de amar? Muitas, não é? Talvez você até seja uma delas. Sempre com o mesmo discurso: elas foram machucadas no passado e agora não conseguem mais se abrir para ninguém.
Ah, pobrezinhas. Os outros a machucaram. Os outros não a entendem. Os outros não mereciam seu amor. Os outros. Os outros. A culpa é sempre dos outros. Nunca é delas.
Porque deixar experiências do passado interferirem no presente?
Pessoas inteligentes transformam experiências ruins em aprendizado. Nunca em trauma.
Na verdade isso de trauma não existe.
Trauma é a falta de boa vontade em seguir em frente e tentar de novo.
Trauma é a desculpa para sofrer pela mesma dor dia após dia.
Trauma é a palavra que inventamos para legitimar nossa covardia.
Se há tanta gente querendo amor, porque ninguém está disposto a amar?

Amar é um ato de coragem. Não foi feito para os covardes. Não há garantias, não há certezas.
É se jogar de um penhasco e torcer para que haja alguém lá embaixo que te segure.
Às vezes há. Outras vezes não. E tudo bem se não houver.
Nem todas as tentativas da vida tem que terminar em vitórias.
Se somos plenamente capacitados a levantar, porque temos tanto medo de cair? 
Damos mais importância a dor do que deveríamos.
Temos todos os recursos, a sabedoria e a saúde para superar qualquer dor sentimental, mas antes mesmo que a dor bata em nossas portas já estamos sofrendo por ela. Já estamos nos trancando dentro de casa e chorando pelas desgraças que ainda nem aconteceram. Já estamos nos privando de correr pelas ruas da vida com medo de possíveis joelhos ralados.
Possuímos o terrível hábito de sofrer por meras possibilidades.
E isso não parece muito inteligente.
Porque tratamos o amor como um prêmio para o outro?
Superestimamos o nosso amor. Acreditamos que ele seja mais especial, mais bonito, mais verdadeiro e mais importante do que o amor do outro.
Com isso caímos no erro de acreditar que a outra pessoa precisa merecê-lo antes que o entreguemos.
Caímos no erro de acreditar que a outra pessoa precisa abaixar os muros antes que abaixemos os nossos.
Caímos no erro de não enxergar que a outra pessoa é tão pessoa quanto nós. E o amor dela é tão amor quanto o nosso.
E caímos no maior dos erros: acreditamos que o nosso amor é um presente para o outro, quando na verdade é um presente para nós mesmos.
Não receber amor é triste, mas não conseguir amar é ainda mais.
Se sabemos que é preciso arriscar, porque hesitamos?
Esperamos um sinal que nunca virá. Esperamos uma certeza que nunca teremos. Esperamos muito do que deveria ser simples.
Complicamos o amor com dúvidas e medos que não cabem a ele.
Exigimos respostas que não existem para perguntas que não importam.
E com o medo de ter e algum dia não ter mais, escolher não ter nunca.
Somos covardes.

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