quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

O diferencial

Conheci uma garota chamada Larrisa. Ela tinha marcas pelo corpo, sinais que demonstravam seu sofrimento. Quando perguntei a ela se não havia outro modo de exprimir sua tristeza, ela apenas deu de ombros.

Conheci uma garota chamada Joana. Ela tinha olhos extremamente vermelhos, daqueles que se destacavam de longe. Quando perguntei a ela se não havia outro modo de expulsar a dor, ela apenas fez uma careta.

Conheci uma garota chamada Olívia. Ela sorria como se houvesse algum fio esticando os cantos da sua boca. Quando perguntei a ela se não havia outro jeito de ser feliz, ela apenas continuou a sorrir.

Conheci uma garota chamada Nina. Ela vivia em bares como se eles fossem algum tipo de salvação. Quando perguntei a ela se não havia outro modo de esquecer as infelicidades, ela apenas pediu uma dose para mim.

Até que em um belo dia conheci uma garota chamada isis. Ela, de longe, era a mais quieta de todas. Não se auto-mutilava, não chorava, não sorria falsamente e não bebia. Apenas permanecia na sua, com grandes olhos abertos e um nariz empinado. Quando perguntei se ela não tinha nenhum problema, ela apenas balançou a cabeça incrédula e respondeu: “Moço, todos temos problemas. O diferencial está em como lidamos com tais fatos”.

Larissa era rejeitada por uma boa parte das pessoas ao seu redor.

Joana estava em uma crise de baixa auto-estima.

Olívia era infeliz com um marido que a traía descaradamente.

Nina havia levado um pé na bunda do namorado.

Já a minha pequena isis… Ah, pequena grande isis. Isis tinha uma doença terminal e, por incrível que pareça, foi a que mais me ensinou a viver.
Todos temos problemas, o diferencial está em como lidamos com tais fatos.

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