domingo, 9 de junho de 2013

A minha realidade

Prefiro ser só do que ser livre
Pois, acredito que existem solitários libertos, 
mas não libertos solitários. 
Não me insultem como pólvora
E não estourarei meus versos 
à quem quer roubar minha atenção.
Poesia são fogos de artifício de dentro, meu caro.
E há quem ouse dizer que o mar 
é palco de ano novo, se de um mar velho, 
apenas as ondas são novas.
Eu sou um oceano de 60% de água,
Chovo não conforme as nuvens,
E nem me seco conforme o maior pecado do sol
que vai embora na hora que é mais observado.
E horizontes? E horizontes? 
São feitos para sonhadores ou solitários livres?
Ah... Não sei dos que os sonhos são capazes
nem do que eu sou capaz.
Me perco para não me achar
e me acho antes que achem que estou perdido.
Quem quer saber o que escondo
que me ache antes do nascer do sol, pois nessas horas
segredos são leves como penas que caem dos vales mais profundos.
Tudo tem seu tempo e o tempo tem seu tudo, amigo.
Não esclareço-me ao meu inimigo
já que existir é mais do que ser
e querer existir é fazer o que gosta sem se 
preocupar com o tempo, que é o maior inimigo de todos.
Eu escrevo poesias, mas o tempo não gosta de mim.
Destino é falar sobre o tempo sabendo que se é um ser mortal.
Eu amo os outros porque sou condenado. Livre eu sou solitário.
Mas... eu disse MAS... não preciso me esforçar para acreditar 
naquilo que sinto e não no que penso.
E chegará o dia, de felicidade e tristeza
ao mesmo tempo, em que minha poesia se tornará
rica e eu pobre. Ela escrita ao mármore, e eu sugado
pela terra virando poesia para ser lida apenas pelas moscas.

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