domingo, 16 de junho de 2013

Serial killers


Euforicamente descrevo sobre uma série de assassinatos macabros que a polícia ainda não conseguiu desvendar. Minha agitação não é porque estou tentando criar uma história bem elaborada muito menos admirável, mas o motivo é que enquanto eu imagino meu personagem, pasmem, fico com uma reserva de inveja por tais atos! É semelhante quando vejo um filme de guerra e tenho desejo de voar num helicóptero com uma metralhadora ponto 50, ou assistir um filme policial e me imagino atirando com uma Magno 45.

Você já deve saber que é muito difícil desvendar um crime no Brasil, principalmente quando as mortes aparentemente não mostram sinais de lesões traumáticas, perfurantes ou armas de fogo. As vitimas não acionavam a polícia, não abriam boletim de ocorrência. Sei lá, será que existia realmente um serial killer? Foi isto que os investigadores do DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa) questionaram, pois nunca houve um padrão. Como ele selecionava as pessoas? Elas apenas desfaleciam doentes.

Poderiam ser velhos, mulheres solteiras, adolescentes, professores, homens divorciados, qualquer um. Está vendo, não havia um padrão para deduzir que era um assassino em série.

A primeira morte, que fez ligação com as demais, foi a de um morador de rua. Ele chegou de ambulância no posto de atendimento médico numa madrugada chuvosa. O mendigo tinha uma febre muito alta, além de expelir muito sangue pelos seus orifícios naturais. O diagnostico veio só depois do podre homem ser enterrado como indigente, ele estava contaminado por hantavírus. Mais tarde uma prostituta deu entrada no mesmo pronto socorro com sintomas tardios de leptospirose. O médico então associou o dois casos: “Enchentes em bairros podres sempre causam problemas!”

Outro fato que o médico do pronto socorro não detectou, muito menos o legista do IML era que existia uma pequena incisão infeccionada nos pescoços das vítimas, como se elas tivessem sido perfuradas por um prego enferrujado. Sei lá... Mais tarde outras cinco pessoas morreram sofrivelmente com as mesmas características.

Depois que a oitava suposta vítima alertou a polícia, antes de morre de Tifo Murino, que as investigações se concentraram em encontrar um monstro homicida. A oitava morte era a de uma aposentada que morava sozinha, ela denunciou que a porta de sua casa tinha sido arrombada e que foi abordada por uma pessoa que a fez desmaiar com uma toalha embebedada por um produto químico forte. Na sua garganta havia um pequeno furo avermelhado próximo da artéria que depois infeccionou. Os antibióticos ministrados no hospital apenas prolongaram seu sofrimento e, como sua morte era inevitável, os médicos resolveram não torturar mais a aposentada e aceleraram o desfalecimento de seus órgãos.

Todos os outros sete cadáveres foram exumados. Agora as peças começavam a se encaixar, pois estava lá a causa da morte. Os peritos do DHPP também entraram na casa da última defunta para fazer a reconstituição do crime e, segundo os noticiários dos jornais, a cena era esta:

O maníaco da agulha – assim ele era chamado – chegava sempre pela madrugada, aproveitando o momento que as ruas estavam vazias e as pessoas descansando; era fato que ele carregava uma mochila ou sacola com certos assessórios. De forma soturna e silenciosa ele invadia as casas onde verificava todas as janelas para saber se não haveria alguma aberta. Provavelmente ele deva utilizar de uma chave mixa porque não havia sinais de arrombamento; aquele animalesco psicopata aproximava-se dos dorminhocos que jaziam vulneráveis na cama, com uma toalha embebedada por Éter ele fazia a pessoa apagar de vez, em seguida injetava com uma pequena seringa urina de rato na jugular do seu alvo. A fadada hospedeira das bactérias dos roedores acordava atordoada, como a sensação de estar saindo de um tenso pesadelo. Sem saberem, os indivíduos seguiam pela trilha de um sofrível óbito. Era suposto que a primeira morte (a do morador de rua) e a segunda (da prostituta) fosse um treinamento para o maníaco testar sua capacidade de ação; já a oitava vítima (a aposentada), ele não tenha conseguido abrir a porta e forçou a fechadura com um pé-de-cabra. Porém a peça fundamental que revelaria quem era o assassino ainda faltava.

Como ele escolhia as pessoas? Qual era o critério de seleção?

Os investigadores visitaram todas as residências dos defuntos que morreram contaminados e constataram que eles tinham rotinas de vida diferentes. Umas eram caseiras, outras baladeiras e a aposentada só vivia para seus gatos. Os policiais olhavam cuidadosamente os objetos nas casas das vítimas e nada! Eu vi pelo telejornal aquele pobre delegado, que estava sofrendo muita pressão da mídia, ele retirou das habitações apenas o computador, além disso, só existia em comum um acumulo de livros na sala... O agente da lei sabia que teria de agir rápido senão outra pessoa morreria, ou o maníaco da agulha desapareceria na obscuridade do anonimato e nunca mais seria encontrado.

– Não se preocupe doutor, o senhor terá muito tempo para encontrar este lixo humano. Porque ele até tenta parar de matar, mas não consegue! – dizia um psiquiatra forense que estudava mentes criminosas para o delegado.

No entanto os computadores apreendidos também não mostravam relação em comum com os crimes: Skype, E-mail, Facebook, Blogs, nada em comum. Nada mesmo?

Quem sabe esta história nunca tenha um final e meu personagem jamais seja encontrado para pagar pelos seus crimes, ou talvez eu possa lhe mostrar um desfecho exclusivamente voltado para você que me lê agora! Por favor leitor, me mande seu endereço que eu irei à noite na sua residência levar pessoalmente o término desta história. Talvez você não goste muito e arderá um pouco seu pescoço, mas lhe garanto que ela será mortalmente surpreendente para você!!!

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