domingo, 2 de junho de 2013

Amar é ser inteiro, completo

Chega de romantismo mofado
Feito de conceitos vencidos
Já há muito ultrapassado
Que agrada aos deprimidos
Que não soa bem aos ouvidos
Exceto dos que amam o engano
Dos que por baixo do pano
Dizem que amam, que muito amam
Mas que mais que tudo,
Se enganam...
E querem viver enganados.

Eis que o Amor é uno, está posto
Amor nasce conosco, e sozinho
Nos transparece, ilumina o rosto
E se torna o fio condutor
De todo o nosso caminho

E sozinhos, equilibrados
Aprendemos que amar (ou ser amados)
É muito mais que mandar recado
Que enviar um powerpoint purpurinado
É amar antes de tudo, a si primeiro
A si em segundo, e a si terceiro
Amar de verdade é estar inteiro.

Eis que não admito ser tampa
Muito menos panela
Nem metade de laranja
Nem a metade de uma cara
Não quero ser vagabundo
Nem depositário da caridade
De um modelo de mundo
Que já se vai tarde...

Quero ter sim, a alegria rara
De ser companhia de viagem
De alguém com sensibilidade para
Comigo sentar e olhar a paisagem

Amar com plenitude é andar ereto
Pois o amor que trazemos guardado
Já deixou pra mim o precioso legado
De me reconhecer completo

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