domingo, 9 de junho de 2013

Um pouco de tudo

A clareza invade também os olhos fechados
Afugentar os pássaros é uma maneira ridícula
De não aceitar a liberdade que começa pelas mãos
O sol maior do violão ao fim da tarde da tchau ao sol menor do horizonte
Das janelas nascem os sonhos mais distantes
Que por um instante podem começar com objetivos
Ou acabar num papel em rabiscos letrados chamado poemas
Fantasiar a vida é se fantasiar dela
Porém mascara-lá já é falta de coragem de não encarar a realidade
Eu tenho medo de borboletas, mas nem por isso eu deixo de ser homem
Eu tenho raiva de canetas ruins, mas nem por isso eu deixo de ser poeta
Eu tenho amor por quem me ama, mas nem por isso eu deixo de ser solitário
As praias me encantam de tal forma que viro borboleta
Sejam elas cores que voam ou eu o preto e branco que pinto o céu de nublado.
E que venha a chuva, pois ai eu e as demais borboletas viramos arco-íris nos jardins
O espinho aqui não é razão, o tamanho da nossa importância
Que espeta e fere nossos sentimentos. 
Eu falar de espinhos? Pra quê?
Quem julga o perfume da rosa incrimina toda sedução
A vida é musica e a morte o silêncio
Mas o silêncio começa apenas quando a musica acaba
Está esperando o que? Dance e faça os outros dançarem
A noite é uma musica quase silêncio
Eu escrevo para virar a madrugada antes que a madrugada me vire
O segredo é manter a calma, mais segredo ainda é manter a alma
Não confundir carência com sentir falta já um mérito dos solitários
Tenho a ousadia de entregar um ramo de flores à minha mulher
Com uma flor de plástico camuflada às verdadeiras
E dizer à ela que só pararei de amá-la até a ultima morrer
Mas o que nunca teve vida não pode morrer
Já disseram que a medida do amor é amar sem medida
Eu tenho fé no que eu escrevo e escrevo porque tenho fé... no amor.

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