domingo, 9 de junho de 2013

Pai tenta matar o filho com a poesia

Um pai tentou matar seu filho
com poesia hoje em São Paulo.
Preso em flagrante de inspiração,
com mais de 50 poemas escondidos no coração, alguns sonetos
na mente e vários versos na alma, 
foi enquadrado no art. s2 do Código Razão 
por apologia à sensibilidade.
Os vizinhos disseram que ouviram
palavras bonitas sendo recitadas
muito alto e logo chamaram a polícia.
O filho, em depoimento ao 11º Sarau da Zona Leste,
disse que o pai a um tempo já vinha o ameaçando com canetas
macias que escrevem histórias pesadas.
O pai retrucou o filho diante de todos ali,
dizendo que o filho tinha brigado com sua
namorada e os dois não estavam se falando.
Algemado pela liberdade, 
o pai tinha o direito de ficar calado,
mas quis fechar a boca e dizer com o coração:
— No amor, a competição deve ser para
quem faz mais o outro feliz, não para saber quem é 
mais orgulhoso. Devemos agir pelo coração sempre,
devemos ser sensíveis às palavras. Não ter certas atitudes,
mas atitudes certas.
O pai complementou dizendo que pediu ao seu filho que segurasse
aquelas canetas macias que tinha guardado durante sua vida toda,
de uma época que ele escrevia poesias para conquistar
sua eterna esposa de hoje. 
Disse que recitou um poema para ele sentir
o que a poesia pode transmitir, e logo depois
já chegaram os policiais.
Os Poetas se reuniram numa sala para dar o veredito
do fato, mas vieram com o ver e dito, dizendo:
O pai está mais do que certo,
o filho deverá escrever uma poesia
para sua namorada imediatamente,
para ser entregue até amanhã à ela.
Todos em volta sorriram, e o filho,
aceitou a ideia. Ali mesmo 
escreveu tudo o que veio em sua mente,
no dia seguinte entregou a poesia
nas mãos dela. 
2 meses depois,
o filho estava tentando matar
a razão dos seus amigos.
E o pai foi condenado a ser livre
por ter conseguido prender
seu filho e sua namorada pelo amor.

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