segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Minh'alma

Eu não sei mais o que fazer com essas situações. As chances de algo acontecer comigo nunca foram expressivas, a porcentagem dessa fração que ainda acredita em algo não passa do mínimo, e isso não é suficiente para me manter vivo enquanto ando por aí com minhas horríveis olheiras - consequência de dias e dias indo dormir sempre as três ou quatro da manhã. O café não queima mais minha língua de tão frio que o meu corpo se tornou, e com meus diálogos matutinos também não foi diferente. Não sei mais o que é receber um bom dia - no termo amplo da expressão - e as boas tardes não passam de horas consecutivas no quarto, relendo alguma porcaria de livro de romance que minha irmã compra nessas revistas. Se alguma coisa nesse mundo ainda irá me apresentar alegria, espero que venha antes que o meu instinto de desistência se manifeste, pois o meu talento para terminar algo antes mesmo de começar é inteligentemente reconhecido pelos meus hormônios que não se cansam de me mandar ir à merda. É o que eu sempre digo: Não deixe alguém ter controle da sua vida, se você mesmo não tem controle sobre ela. Pare de tentar colocar sua vida na mão de terceiros, o mundo é grande e pequeno demais ao mesmo tempo para tal responsabilidade, se não consegue lidar com isso sozinho, não lide. Não deixe nascer o que já irá vir morto.

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